Um web log estritamente sobre o campeonato brasileiro mais longo de toda a hist?ria, que durar? nove meses, e onde o campe?o ser? aquele que fizer mais pontos.
22 técnicos, ops, foi mal, 23 na verdade Uso o mesmo post para atualizar: Nelsinho, que chegou ao São Caetano elogiando a estrutura do clube azul, exaltando o fato de ser "melhor que a do Flamengo", já fez as malas para ir ao Japão - quem sabe em busca de mais estrutura.
Eu, aliás, ando sentindo falta de estrutura na minha conta bancária, e posso sentir mais falta ainda, se tiver que tirar licença médica no INSS por causa da hérnia de disco. Mas tudo bem, então é isso: 23 técnicos já saíram.
Continuam sete clubes (Cruzeiro, Santos, Internacional, Corinthians, Atlético Paranaense, Coritiba e Ponte Preta) sem trocar de técnico. Mas minha aposta anterior, que era Geninho, muda para Oswaldo Alvarez, o Vadão. Acho que ele cai antes do corintiano. Segue a lista atualizada.
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense
pela Copa do Brasil, mas já de volta ao Fortaleza)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair do Fortaleza)
11 - Vágner Benazzi (Figueirense)
12- Marinho Peres (Juventude)
13- Joel Santana (Vitória)
14- José "Pepe" Macia (Guarani)
15- Renato Gaúcho (Fluminense)
16- Antônio Lopes (Vasco)
17- Adílson Batista (Paraná Clube)
18- Nelsinho Baptista (Flamengo)
19- Celso Roth (Atlético Mineiro)
20- Mário Sérgio (São Caetano)
21- Daryo Pereira (Grêmio)
22- Edinho (Vitória)
23- Nelsinho Baptista (São Caetano)
Nove meses em licença médica Calma, o título saiu meio confuso. Mas o Nove Meses deve ficar até semana que vem sem atualização, devido às fortes dores que se tornaram insuportáveis. A sorte é que as coisas não devem mudar muito - o Flamengo, por exemplo, deve faturar um em seis pontos, o Vasco vai apanhar domingo e ganhar quarta, o Fluminense vai continuar uma zona e o Cruzeiro vai seguir na batalha contra o São Paulo - que só não vai aproveitar a derrota dos mineiros para o Paysandu (estou apostando nisso) porque não vai passar direito pela Ponte Preta na quinta-feira.
Até mais ver, ou até quando a dor melhorar.
Desculpe o transtorno Peço que os erros de digitação e de sentido sejam desculpados - levei mais de uma hora para escrever os textos abaixo, já que tenho de fazer isso em pé.
Os caras vão acabar fazendo a tríplice coroa esse ano, se mantiverem o ritmo
Alex, da meia-esquerda dá um passe lateral perfeito, que encontra Augusto Recife entrando pela meia-direita. O volante, de primeira, lança Maurinho, lateral, em profundidade, deixando toda a defesa do Paraná atrasada no lance. Com um toque preciso, sutil, por cobertura, superando a zaga, Maurinho “encontra” Aristizábal na área. O colombiano recebe um passe tão bom que tem tempo para pensar como vai fazer o gol.
Com um giro de corpo perfeito, dá uma bicicleta espetacular. O goleiro do Paraná, Flávio, ainda defende, mas já dentro do gol - onde foi parar, confuso, com a jogada fulminante do timaço do Cruzeiro.
Um gol espetacular, desse time do Cruzeiro que, sempre repeti, não é de maneira nenhuma um supertime ou esquadrão a la Santos de 63 ou Flamengo de 81. O problema é que esqueci de colocar o ainda. Afinal, se até times razoáveis como o do Criciúma conseguem crescer durante a competição – como é normal em qualquer time, com exceção dos cariocas – por que isso não aconteceria com o ótimo time do Cruzeiro?
Fizeram um, dois, três, quatro, cinco. Poderiam ter feito seis, sete, oito. Não pararam um minuto sequer de buscar o gol, principalmente com os dois laterais, Maurinho e Leandro, com atuações excelentes.
O Cruzeiro é um verdadeiro time de futebol.
***
Vasco salva o Rio do vexame absoluto
"Calma, um de cada vez, estão pensando que eu sou a Silvia Saints?
- Este é o Vasco sem estrelismo e sem vaidade – disse Marcelinho na saída do campo, após a vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio. É um retrato do ambiente nos clubes cariocas, com exceção talvez do Fluminense – nas Laranjeiras, o problema é entre alguns conselheiros e a diretoria, não entre os jogadores.
No Vasco, basta Edmundo não jogar que todos rendem muito mais, o entrosamento reaparece – principalmente com a saída também de Léo Lima. Ele e Edmundo andavam meio à parte do grupo.
No Flamengo, é nítido que algo está errado. Edílson gritar com Luciano Baiano, mandando ele “acertar um cruzamento”, é apenas mais um sinal disso. Luciano nem jogou tão mal assim, até acertou cruzamentos, mas não havia para quem passar. Quando teve Andrezinho, acabou sendo gol. Andrezinho tem entrado bem no time, deve-se admitir.
Continuo achando Jean um péssimo atacante, apesar dos dois gols de ontem. Mas pior do que ele estava Fernando Baiano, que se fosse um profissional decente deveria ir a público hoje dizer que não veste mais a camisa do Flamengo, por ter sido um dos três responsáveis diretos pela derrota.
O maior responsável é o técnico Marcos Paquetá, que escalou um time horrendo no primeiro tempo, com o péssimo zagueiro Renan. Me causa espanto pensar que o Flamengo peneira mais ou menos 5 mil jovens por ano e dessa seleção conseguem tirar um Renan. Enquanto isso, o Inter tira um Nilmar, um Daniel Carvalho, um Diego. E nem tenho coragem de falar no Santos.
E só para acrescentar: muito ruim, como sempre ofensiva ao Flamengo a arbitragem do sr. Carlos Eugênio Simon,. O péssimo árbitro ignorou um jogo perigoso a favor do Flamengo, um pênalti a favor do Criciúma e um impedimento claríssimo no primeiro gol catarinense. No último toque na bola antes do chute de Luciano, o jogador vinha da posição de impedimento, algo claríssimo, mas que ninguém quis falar, talvez por preferirem exaltar a má fase do Flamengo.
O São Paulo, esse eterno candidato ao título Mesmo sem Luis Fabiano, o São Paulo atropelou o Vitória, time que sem Allann Delon (vendido a um clube de nome estranho do México) e sem Nadson (vendido ao Samsung, da Coréia) tende a descer escada abaixo aos trancos e barrancos. Daqui para a frente, quando alguém perguntar “o que é preto, branco, vermelho, preto, branco, vermelho” ninguém mais vai dizer que é uma freira rolando escada a baixo. Será o Vitória.
Destaque do 2 a 0 foi o gol de Rico, um atacante que me chamou muito a atenção quando estava (emprestado pelo São Paulo) na Portuguesa Santista.
Ameaças para os cariocas A sorte temporária dos cariocas é que o lanterníssimo Goiás vai à Vila Belmiro na quarta-feira apanhar do Santos. Senão, o time de Dimba, um dos artilheiros do campeonato, ao lado de Luis Fabiano e Deivid, com 15 gols bem que poderia chegar aos 21 pontos até o fim de semana e sonhar em sair da zona de rebaixamento – onde está desde a quinta ou sexta rodada.
Afinal, encaram o Atlético Mineiro, no Serra Dourada. Se não fosse o Santos, fariam seis pontos.
De quebra, o Goiás ainda fez Mário Sérgio - o maior estrategista do futebol brasileiro, segundo alguns jornalistas esportivos que se dizem gabaritados- pedir o boné e ir embora. Quero ver quem vai topar dirigir o São Caetano, time que a rigor não trouxe absolutamente nada de novo para o futebol brasileiro. O que seria esse novo, agora que temos Dagoberto, Diegos, Nilmar, Jean (Ponte), Carlos Alberto? O Anailson?
O Juventude, ao vencer o Paysandu, também deu uma respirada. Vai ao Mineirão e pode até ganhar do Atlético Mineiro em crise. E domingo joga uma partida de seis pontos contra o Fluminense lá na gelada Caxias do Sul.
Também é craque Dagoberto contou com a ajuda do Bahia montado por Evaristo de Macedo, mas não dá para negar que seu gol, que deu a vitória ao Atlético Paranaense, foi uma pintura. Veio de seu campo, da lateral, entrou pelo meio, passou como quis e tocou com categoria no canto.
Sei que serei acusado de usar a palavra “craque” em vão. Mas digo que Dagoberto é ou vai ser craque.
Assim como Diego, Kaká, Nilmar, Carlos Alberto, Robinho, Rico, Jerry, enfim, não faltam nomes de jovens. Podemos formar uma porrada de seleções.
Dureza para a Ponte A Ponte deveria ter aproveitado a oportunidade em casa. Deveria ter vencido o Coritiba para poder pensar em dois empates, sim, mas nos próximos dois jogos, contra São Paulo, uma pedreira no Morumbi, e contra o Fortaleza, que está em ascensão, lá no Castelão. Mas a zaga deu mole e o Coritiba empatou. É um time bem montado, esse do Coritiba. É bom ficar de olho. E Lima, que esqueci de mencionar, compõe bem com Marcel, Tcheco e Edu Salles.
Bem melhor do que o Paraná, um engodo no qual cheguei a cair no início – ontem deu para ver que o Paraná Clube não passa de um time de carniceiros. E que só ganham mesmo é do Flamengo – mas isso não é vantagem. Todo mundo ganha do Flamengo.
21 técnicos Somente sete clubes (Cruzeiro, Santos, Internacional, Corinthians, Atlético Paranaense, Coritiba e Ponte Preta) ainda não trocaram de técnico neste Brasileirão. Destes, o Corinthians continua sendo o mais propenso a estrear na lista abaixo. E apostaria que, desses que restam, será o único a trocar - o resto vai até o fim com quem já está lá. Valendo quanto a aposta?
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense
pela Copa do Brasil, mas já de volta ao Fortaleza)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair do Fortaleza)
11 - Vágner Benazzi (Figueirense)
12- Marinho Peres (Juventude)
13- Joel Santana (Vitória)
14- José "Pepe" Macia (Guarani)
15- Renato Gaúcho (Fluminense)
16- Antônio Lopes (Vasco)
17- Adílson Batista (Paraná Clube)
18- Nelsinho Baptista (Flamengo)
19- Celso Roth (Atlético Mineiro)
20- Mário Sérgio (São Caetano)
21- Daryo Pereira (Grêmio)
Valdir, Donizete, Romário, Edílson... Eu achava remota a possibilidade de o Vasco perder para esse lamentável time do Grêmio em São Januário. Mas depois que soube qual é o ataque – Valdir e Donizete – passei a cogitar mais seriamente. Para piorar, Russo, que mal ou bem é um lateral que ajuda ofensivamente, não vai jogar.
É trágica a situação do futebol carioca. Só com muita raça o Vasco pode evitar que todos do Rio sejam derrotados na rodada mais uma vez.
Como foi mal o Fluminense no sábado, contra o Santos. Aposto como todos pensaram, na hora do gol de Romário na pequena área – “uau, Romário resolve mesmo dentro da área, poucos têm esse talento para colocar a bola na rede, etc”. Pena que o Santos colocou quatro.
***
Domingo, pernas para o alto (estou com suspeita de hérnia de disco, por isso tenho que ficar deitado ou em pé – o que explica o fato de eu escrever muito pouco), macarronada, jornal, e o velho programa de sempre: ver o Flamengo perder na TV Globo.
Se for 3-5-2, entra Renan (fraquíssimo zagueiro). Se for 4-4-2, entra Andrezinho.
O Tigre venceu sete dos últimos nove jogos que disputou. O Criciúma pode no máximo sentir falta do zagueiro Cametá. Mas o tal Paulo Baier, que andou por Botafogo e Fluminense como Paulo César, tem resolvido tudo pela lateral direita.
Um domingo como todos os outros –assistindo a comemorações alheias.
***
Jogo interessante é esse Ponte Preta e Coritiba, com os dois times meio que embalando - a Ponte perdeu para o Santos mas antes tinha enfiado no Fluminense o mesmo placar que o Coritiba enfiou quarta passada. O fato do jogo ser no Moisés Lucarelli conta ponto a favor da Ponte – o time continua com o desfalque de Vaguinho, com problemas na virilha.
O Coritiba pode beliscar lá dentro, amparado novamente no trio Marcel-Tcheco-Edu Salles.
***
O Furacão se despede de Kleberson, o Cruzeiro se despede de Deivid (nem isso, pois ele já embarcou para se apresentar ao Bordeaux), mas os dois devem vencer Bahia e Paraná. O Cruzeiro, por incrível que pareça, muito menos favorito. Desconfio que o Paraná vai aprontar – agora treinado por um ídolo deles, o ex-atacante Saulo. A dupla Maurílio e Renaldo pode resolver encher o saco cruzeirense – o problema é que realmente não dá para confiar em Cristiano Ávalos e Ageu no 3-5-2 paranista.
***
A irregularidade é um traço do Vitória pós-Joel Santana. Mas isso vai acabar – o rubro-negro baiano agora vai perder sempre. E Luís Fabiano ganha.
***
O Goiás precisa sair da zona de rebaixamento. E não teria hora melhor do que agora, contra o São Caetano, no Serra Dourada. Só que o time paulista entra completinho como há muitas rodadas. Vai complicar. De todo modo, eu colocaria coluna 1.
***
Peço desculpas à galera que debate por aqui, pela minha ausência. Mas no meu outro blog, no texto, Magnetismo Ressonante, vocês entenderão melhor.
***
Voltou o rap: “Uh, terror, Clodoaldo é o terror!!!” . Caiu o jejum da fera!
Kaká, Diego e....Nilmar Os três foram os donos do jogo na vitória do Brasil por 2 a 0 sobre a Colômbia. Nilmar foi fundamental, jogando meio de pivô, abrindo espaços e permitindo a Kaká jogar mais em sua posição original, de meia pelos dois lados. Diego mandou no jogo como um craque consolidado.
Robinho me pareceu meio perdido, errando chutes incríveis. Mas é cedo para dizer que ele é fraco. Só acho que Diego é incomparavelmente mais jogador.
Agora, olho em Nilmar. O que joga esse atacante é brincadeira. Diferenciado. Por isso que eu acho que esse time do Inter não vai ganhar o Brasileiro, mas vai fazer um bom papel e preparar terreno.
Se o Inter for cavalo paraguaio, que cavalos seremos nós, Flamengo, Vasco e Fluminense?
18 técnicos Somente nove clubes (Cruzeiro, Santos, Internacional, Corinthians, São Caetano, Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Coritiba e Ponte Preta) ainda não trocaram de técnico neste Brasileirão. Destes, o Corinthians parece ser o mais propenso a estrear na lista abaixo.
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense
pela Copa do Brasil, mas já de volta ao Fortaleza)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair do Fortaleza)
11 - Vágner Benazzi (Figueirense)
12- Marinho Peres (Juventude)
13- Joel Santana (Vitória)
14- José "Pepe" Macia (Guarani)
15- Renato Gaúcho (Fluminense)
16- Antônio Lopes (Vasco)
17- Adílson Batista (Paraná Clube)
18- Nelsinho Baptista (Flamengo)
Oswaldo: só pode ter vindo para o Flamengo já pensando no Carnaval do Rio (terra natal dele, aliás) A minha inflamação (sinovite) no músculo adutor da virilha aumentou, e eu estou completamente cheio de dores, por isso não pude escrever nada sobre a rodada passada (e talvez não possa escrever nada sobre a próxima, pois cansa ficar escrevendo em pé). Mas também, nada de surpreendente aconteceu, não é? Os clubes do Rio apanharam, o Cruzeiro, o Santos e o São Paulo venceram, e isso é a tônica do campeonato.
Não fossem os placares dilatados (para times dessa tradição) e eu classificaria como normais as derrotas de Fluminense e Vasco, previsíveis, até. São dois times desorganizados, sem referencial, contra um Cruzeiro cada vez mais consciente de como tocar a bola e um Coritiba que se não prevalece pela técnica vai somando pontos principalmente no potencial ofensivo do quarteto Tcheco, Marcel, Edu Salles e Jackson.
O Vasco? Ora, tem seus méritos. O vascaíno pode encher o peito com orgulho e dizer que pelo menos não levou três gols do Cruzeiro em trinta minutos, como o Flamengo. Levou quatro, mas foi em noventa. E disso vive o futebol carioca. De restos, de alegrias temporárias, como por exemplo um gol esquisito de Jônatas contra o time reserva do Cruzeiro, ou mesmo um pênalti bem cobrado por Carlos Alberto contra o Bahia.
De resto, são 36 pontos disputados e apenas seis conquistados, nas últimas quatro rodadas.
O sr. Hélio Ferraz, presidente do Flamengo, foi na noite de quinta-feira ao Jornal da Globo apresentar seu novo treinador. E disse para Renato Maurício Prado: “contratamos o treinador dos sonhos”.
Me espanta essa ilusão, esse delírio completo. Esse cidadão deveria receber tratamento psiquiátrico. Nenhum treinador pode ser dos sonhos em um time de pesadelos como Jean (o pior atacante que eu já vi com a camisa do Flamengo), Cássio, Fernando (o zagueiro que mais fez faltas na entrada da área neste campeonato), Fernando Baiano, nenhum time pode ser digno de sonhar se seus jogadores obrigam um bom treinador a pedir demissão, como foi com Nelsinho Baptista. Não, não acho que Nelsinho seja absolutamente isento de culpa. Ele fez diversas alterações erradas em vários jogos – seu desespero ficou evidente ao tirar Fábio Baiano contra o Fortaleza e colocar Jean. O Flamengo ficou sem ninguém na armação e com uns quatro atacantes (?).
E assim vai seguindo esse futebol carioca. Ainda sequer temos certeza de que o Botafogo vai subir da Série B e garanto que não há um torcedor do Rio sequer que tenha certeza absoluta de que não cai mais um.
O “título” que os três cariocas disputam é esse: permanência na série A. Nada mais.
O último a sair apaga a luz Dificilmente conseguirei me recuperar da sinovite (uma inflamação na membrana que reveste os ossos) na bacia, que me obriga a suportar dores lancinantes, até esta quarta-feira. Estou em tratamento fisioterápico há uma semana, por isso as atualizações do Nove Meses andam tão fracas, e as participações nos comments-pancadarias cada vez mais bissextas.
Mas não resisto a registrar meu espanto com a saída de Nadson, do Vitória, para o futebol coreano – uma transação que curiosamente conseguiu ser fechada mesmo com o jogador estando no México com a seleção sub-23.
Com Nádson estão saindo também do Campeonato Brasileiro o zagueiro Fábio Luciano, o meia Léo Lima, do Vasco (que vai para a Bulgária) e o atacante Liédson, como já comentamos. Nenhum deles vai para algum grande centro do futebol, apenas Coréia, Rússia, Ucrânia, Bulgária.
Nádson não existia em 2002. Revelado nas (ótimas) divisões de base do Vitória S.A., o atacante surgiu em fevereiro deste ano. O Vitória perdia o Ba-Vi por 2 a 0, quando Joel Santana colocou Nadson aos cinco minutos do segundo tempo. Lá pelos 15, ele diminuiu, por volta dos 25 empatou e no finzinho do jogo fez o gol da vitória. Três gols em um clássico, de virada, logo em seu primeiro confronto contra o principal adversário.
Mesmo assim, Nádson continuou na reserva, principalmente porque Joel gostava de improvisar Zé Roberto como atacante – e o Vitória ainda tinha contratado Jefferson, atacante que não deu muito certo no Guarani e no Corinthians há uns cinco anos.
Mas não deu. Nádson ganhou a vaga com o voto popular – a torcida não o deixaria no banco por muito tempo. Dali para se tornar o artilheiro do Vitória (10 gols) e um dos principais do Campeonato Brasileiro, aos 21 anos, foi um pulo.
O presidente do Vitória S. A., Paulo Carneiro, disse que a saída de Nádson foi precipitada, pois ele poderia perfeitamente ir mais tarde para Espanha, França ou Itália. Concordo. E aproveito para questionar, levantar a polêmica: será que o futebol brasileiro não tem a mínima condição de manter seus jogadores pelo menos até o fim de seu principal campeonato? Vale lembrar que Léo Lima e Nádson ainda têm idade para pensar em evoluir, em conseguir vaga na Seleção Brasileira (como rubro-negro então, lamento ainda mais a saída de Léo Lima do Vasco). Mas preferiram sumir da vitrine para ganhar uma grana a mais.
Fábio Luciano terá o melhor contrato de todos, pois vai ganhar 3 milhões de dólares em três anos. Ele até tem razão de ir embora, pois dificilmente ganharia isso aqui no Brasil. Mas os outros poderiam esperar e ir para um mercado melhor, ganhar muito mais.
Enfim, está acontecendo o que quase todo mundo que vem aqui no Nove Meses cansou de escrever aqui nos comments: o segundo semestre que vai mudar a cara da maioria dos clubes e quiçá do Campeonato Brasileiro.
Frases marcantes do futebol MTV Rockgol de domingo, mesa-redonda com Marco Bianchi e Paulo Bonfá. Convidado da noite: Humberto Gessinger, do Engenheiros do Hawaii (nunca suportei a banda, mesmo sem saber do que acabei sabendo nesse programa).
Gessinger está na mesa com uma camisa do Grêmio. Quando provocado, dispara a pérola.
- Sou um Danrlei cover.
Senti náusea. Não podia imaginar que alguém no mundo se orgulhasse disso.
Para não perder as contas Antônio Lopes - coordenador da seleção que conquistou o penta, deve-se lembrar - confirmou sua saída do Vasco. Mauro Galvão vai assumir o comando, muito provavelmente com Alcir Portela como auxiliar.
Eu ainda aposto que o número 17 da lista abaixo está entre Daryo Pereira e Geninho.
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense
pela Copa do Brasil, mas já de volta ao Fortaleza)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair do Fortaleza)
11 - Vágner Benazzi (Figueirense)
12- Marinho Peres (Juventude)
13- Joel Santana (Vitória)
14- José "Pepe" Macia (Guarani)
15- Renato Gaúcho (Fluminense)
16- Antônio Lopes (Vasco)
Tchau, Cruzeiro Como rubro-negro, estou me despedindo do Cruzeiro, time que só devo ver no Mineirão, meio de passagem, no dia 8 de outubro, quando o Flamengo deverá estar entre a 15a e a 20a posição e o time mineiro disputando o título brasileiro, o segundo de seu estado, o primeiro de sua história.
A vitória - prevista pelo Nove Meses (desculpem, depois de tanto palpite furado, tenho que capitalizar para não demitir a mim mesmo) - do Cruzeiro fora de casa contra o Grêmio mostrou quem está no Campeonato Brasileiro para disputar título, mostrou quem é candidato de verdade a erguer a taça.
O Nove Meses acertou também que poderíamos ter surpresa em Salvador e São Paulo - o Vitória detonou o Peixe e o Coritiba venceu o Corinthians. Coritiba, Criciúma, Atlético Mineiro (para variar, ressuscitado pelo Flamengo) e Inter estão na mesma linha, a dos trinta pontos. São sete clubes apenas, o Grupo dos Trinta - os quatro citados e mais os líderes Cruzeiro, São Paulo e Santos.
É ainda muito cedo para fazer análises definitivas, mas dá para fazer um exercício de imaginação e imaginar que o campeonato vai afunilar em Cruzeiro e São Paulo.
Foto: Reuters
Diego Tardelli comemora seu golaço de bicicleta com o craque Luís Fabiano e o mais-ou-menos Fábio Simplício: o São Paulo em crise está em segundo, pertinho do Cruzeiro. Quando passar a crise, nem quero ver
****
Próximos a dançar: Daryo Pereira, do Grêmio, e Antônio Lopes, no Vasco - esse já até entregou carta de demissão jogando a toalha.
Agora, você não jogaria se lesse a nota abaixo sobre um jogador de um time treinado por você?
Já o volante Henrique, que estava negociando com o empresário Josep Lee desde a última segunda-feira, acertou com o futebol chinês até o dezembro. O jogador vai atuar no Beijing Guoan, ao lado de Reginaldo Cachorrão.
Pelo menos Léo Lima também foi embora.
****
O futebol catarinense está melhor que o do Rio de Janeiro. O "melhor" (ha!) do Rio é o Flamengo, em 14o lugar. O Figueirense, pior de SC, está em 13o. O Criciúma? Em quinto está o Tigre.
Se você fosse jogador do Flamengo, do Fluminense e do Vasco, os três cariocas que levaram ferro no fim de semana, você estaria com vergonha ou iria de Audi para uma boate tentar pegar umas mulezinha? Ah, tá.
Orgulho do Rio é o Botafogo, que faz campanha digna na série B e detonou o odioso Sport no fim de semana.
****
Abre o olho, Corinthians. As principais jogadas do primeiro semestre tendem a desaparecer no segundo - não tem mais aquele lançamento pelo meio para Liédson entrar, e não tem mais o chuveirinho de Rogério para o mesmo Liédson ou Fábio Luciano. A derrota para o Coritiba deve servir de alerta - se não fosse Doni, seria de mais.
Afinal, o que quer a diretoria do Corinthians que só faz enfraquecer o time no meio do campeonato? Quer mesmo deixar Gil reinando sozinho? Não, não, não acho que Gil consiga levar o time nas costas. É uma promessa de craque, mas ainda não carrega um time sozinho.
****
O Paraná Clube fez besteiras aos montes, inclusive o goleiro Flávio, frangando em cobranças de falta, e permitiu ao Figueirense trucidar. O técnico Adílson Batista, que tinha virado estrela quando goleou o Flamengo por 6 a 2, já começa a ser questionado.
****
Acertei também que a Ponte continuaria vencendo. Vale lembrar que o time campineiro tem um jogo a menos. Se conseguir vencer o Santos sem Diego, Robinho e Paulo Almeida (na Copa Ouro) vai conseguir uma belíssima seqüencia e uma recuperação invejável.
****
Quebrei a cara com o Bugre - não levei fé em vitória no Anacleto Campanella e acabou que Vágner fez a diferença, com um belo gol. Alex, o lateral-esquerdo, também acertou um petardo no ângulo cobrando falta que Silvio Luiz nem viu por onde passou.
****
Previsível a vitória do São Paulo sobre o Fluminense, assim como é previsível que no dia 27 de julho o São Paulo vai ganhar do Flamengo, assim como foi fácil dizer que o São Paulo ganharia do Vasco - como ganhou. Claro, o São Paulo tem Luis Fabiano, o melhor atacante do Brasil. E quem tem isso pode até se dar ao luxo de ter crise ou de tentar acertar o time no meio do campeonato.
Agora, quem tem Jean, Zé Carlos, Fernando Baiano, por exemplo, não pode pensar em nada disso.
E nem o Fluminense, com uma diretoria dessas - foi muita falta de coerência fazer essa troca de técnico às vésperas de um jogo pauleira como esse. Que se desse um ultimato a Renato, mas não abalar o elenco assim de sexta para sábado.
Essa derrota foi da diretoria tricolor. E agora, que tratem de contratar um técnico para fazer um trabalho a longo prazo, e não para queimar, como fizeram com Robertinho.
****
O Vitória passou bem pelo Santos e faz um jogo interessante contra o Bugre lá no Brinco de Ouro em Campinas. Os baianos têm 25 pontos, o Bugre 24, e vamos dizer que nesta quarta-feira há uma decisão para ver quem começa a subir no campeonato. Os dois têm chances, claro. Lutam por uma vaga em Sul-Americana, por que não? Ainda mais se Nadson voltar logo - a Seleção Brasileira sub-23 já começou levando 1 a 0 do México, talvez não vá tão longe.
****
Já ia esquecendo: Geninho pode correr por fora e ser demitido antes de Lopes e Daryo Pereira. Renato Gaúcho, Tite e Oswaldo de Oliveira podem voltar à ativa muito em breve, pelo jeito.
****
Voltei a escrever sobre assuntos menos importantes que o futebol. O link é esse aqui, ó: http://gustones.blogspot.com.
****
Peço PAZ nos estádios e PAZ no sistema de comments do Nove Meses. Pessoal, não há necessidade de xingamentos a torcedores e clubes. Todos os clubes merecem respeito por sua história. É isso.
Mais um hábito de domingo Varia de pessoa para pessoa, o domingo. A maioria gosta de acordar, ler o jornal, depois caminha na orla, almoçar em algum bom restaurante, de preferência massas, dar uma cochilada. Alguns deixam para ler o que sobrou do jornal depois do almoço. Mas um hábito vai se tornando universal no Rio de Janeiro: depois de tudo, ligar a televisão para ver o Flamengo perder.
É incrível como os domingos têm sido monótonos há quase dois meses: 4 a 1 para o Atlético Paranaense, 6 a 2 para o Paraná Clube, 2 a 0 para o time baba do Grêmio, 1 a 0 para um time horroroso como o do Atlético Mineiro.
Sim, um time que no mesmo jogo utilizou Alex Alves, Fábio Júnior e Guilherme como atacantes.
Só que um dos nossos supera os três em se tratando de ruindade: Jean, o rei das canetas fracassadas e dos passes de contra-ataque.
E assim o Flamengo vai dando adeus à disputa do título, antes mesmo do fim do primeiro turno, e assim vão passando os times que hoje rivalizam com o clube da Gávea: Paraná, Criciúma, Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Figueirense.
Falta vergonha na Gávea: se houvesse vergonha, jogadores como Fernando, Jean, Cássio, jamais poderiam entrar em campo.
Enfim, mais um hábito. O próximo a fazer o Flamengo de saco de pancada, o próximo a humilhar é o Criciúma, lá no Heriberto Hulse – já considero três pontos perdidos. Domingo, contra time do Sul, e fora de casa? O Flamengo, ganhar? Impossível.
Pode tentar no máximo vencer o Fortaleza no Maracanã, mas vai ser bem difícil, podem apostar.
Análises precipitadas Apostei na derrota dos três lanternas (o Paysandu nem tão lanterna quanto os outros dois, Goiás e Fortaleza) na tarde de sábado e quebrei a cara feio. O Nove Meses vai perdendo a credibilidade, vai perdendo totalmente sua razão de ser. Fosse uma empresa normal, e certamente já teria uma onda de demissões - já que nossos empresários geralmente pensam dessa forma. Fosse o Nove Meses um site de esportes e, com essas previsões furadíssimas, já teria perdido metade de seu staff. Como sou eu o staff e como não estou a fim de virar homem-tronco, tento me explicar e diminuir o desastre.
Definitivamente, eu até cogitaria que o Fortaleza ganhasse do Internacional no Presidente Vargas, com todo apoio da torcida. Mas não no momento atual, em que Erandir e Ronaldo Angelim, os zagueirões, atravessam fase meio irregular e em que Wendell, Alysson e Clodoaldo também oscilam.
O Inter estava sem Daniel Carvalho e Nilmar - me esqueci disso. Mesmo assim, 3 a 0 me surpreenderam.
O pau quebrou aí nos comments por causa do Internacional. Eu fiquei meio de fora, por ter uma opinião diferente: esse Inter não é nem de longe aquele do ano passado que quase foi rebaixado, esse Internacional não é nem de longe o Inter de 1975/76/79, mas é um time que pode retomar o caminho de glórias do Colorado. Depois de realmente atravessar uma década, a de 90, vendo o hediondo Grêmio ganhar títulos internacionais, o torcedor do Inter pode acreditar em grandes conquistas.
Eu não acho que o Internacional de Porto Alegre vá ser o campeão brasileiro de 2003. Mas vejo o Inter no caminho certo, de renovação, de manutenção de uma comissão técnica, de contratação equilibrada de reforços.
***
O Vasco perdeu para o Paysandu, um resultado que eu até esperava. Escrevi abaixo que era um jogo perigosíssimo. Mas como eu não vi, prefiro não tentar me aprofundar, menos pelo fato de eu não ter visto o jogo e muito mais pelo fato de o jogo ter sido apitado (?) pelo sr. Giuliano Bozzano.
Como a diretoria do Vasco coloca o time em campo tendo este senhor no apito, após um assalto sofrido no Beira-Rio com um pênalti mal marcado e dois impedimentos mal assinalados (o primeiro gol do Inter, na minha opinião, foi legal)?
De cara, eu já soube que o sr. Giuliano Bozzano continuou o jogo mesmo com as condições de iluminação mais propícias à prática de bacanais do que ao futebol.
***
Talvez o resultado menos esperado da rodada (já que o Inter estava desfalcado e o Vasco está em profunda crise) tenha sido mesmo o empate sem gols de Atlético Paranaense e Goiás. O time goiano chegou aos 11 pontos. É difícil a situação do Goiás.
Surge o primeiro candidato ao rebaixamento?
Rapidinho Devido a fortes dores na coluna, vou em tópicos para os comentários do Nove Meses sobre a rodada. Segunda-feira seremos mais específicos, inclusive com o retorno da Seleção Polêmica da Rodada.
* Antes de mais nada, faço um pedido de paz, de trégua. A porrada está comendo demais nos comentários, entre torcedores de Vasco, Fluminense, Ponte e Inter. Vamos dar uma chance à paz...
*Fluminense estréia Gilson Gênio como técnico, em mais uma pixotada da diretoria. Já foi errado contratar Renato Gaúcho, já foi errado demiti-lo agora, no meio do campeonato, e sinceramente, apesar de ter sido grande jogador, Gilson Gênio não é o técnico para um time do porte do Fluminense. Antes, deveria ostentar algo no currículo. E ele ainda estréia contra o São Paulo em ascensão, sem Carlos Alberto e Romário. Seu atenuante é que o tricolor paulista está perturbado por diversas propostas feitas a Kaká e Luis Fabiano – e ainda joga sem o primeiro. Acho que pelo um empate o Fluminense consegue. Mas não ganha.
* Neste sábado, os lanternas entram em campo para perder: o Fortaleza deve perder do Internacional mesmo no Castelão (será que agora vai, Clodoaldo?), o Goiás deve ser triturado pelo Furacão lá na Bombonera paranaense (a Arena da Baixada, a seis quadras da casa do rubro-negro Juan Saavedra), e o Paysandu deve reabilitar o Vasco em São Januário. Quanto a este último, é um palpite mais temeroso, ainda mais depois de sábado passado, quando o Vasco levou chocolate do Paraná em seu estádio.
* O péssimo time do Grêmio recebe o Cruzeiro no Olímpico e tem a seu favor apenas o frio em Porto Alegre. O Cruzeiro deve seguir mantendo a liderança, ainda que eu ache que pode pintar um empate aí.
* A Ponte continuará sua “corrida de recuperação” vencendo o Bahia lá no Majestoso. Roger deve voltar, mas se eu fosse Abelão, manteria Jean, que fez um gol de habilidade contra o Fluminense, na paulada que derrubou Renato Gaúcho.
* O Peixe vai a Salvador encarar o Vitória – que acabou de assinar com o “Paolo Rossi” das finais do Brasileiro de 2001, o atacante Alex Mineiro, que estava no Tigres, do México. O time baiano também deve lutar apenas por um empate. Esse time do Santos não tem problemas com mando de campo – se bem que pode ter o desfalque de Fábio Costa (pode sair sentença ou não para ele?). Jogo interessante, aparentemente de palpite fácil (Santos, claro) mas que pode ter surpresa.
* O Corinthians já deve enfrentar o Coritiba sem Fábio Luciano (que vai para o Fenerbahce) e Liédson. Marcel e Tcheco retornam ao Coxa. Com uma zaga formada por Anderson e César, o Corinthians pode perder pontos em casa facilmente.
* O Tigre estréia finalmente Lori Sandri, que estava em complicações contratuais no Japão, já resolvidas sem necessidade de intervenção da FIFA. Teve sorte, o Sandri, que pegará o enfraquecido Juventude (Raul está cheio de problemas de suspensão e contusão para escalar o time) dentro do Heriberto Hulse – e vindo de boa vitória sobre o Atlético Mineiro.
* Já o Galo encara o Flamengo sem Felipe. Seria um adversário fácil, afinal, o Flamengo é um time sem atacantes – Edílson é, como diria Paulo César Vasconcellos, da ESPN, ex-jogador em atividade, e Fernando Baiano é Fernando Baiano.
O pior de tudo: Fernando Baiano é cem vezes melhor que o horrendo Jean e que o péssimo Zé Carlos.
O Galo só perde para ele mesmo – a crise não pára de rondar as Alterosas. Desta vez é Guilherme, o Marechal da Derrota, que briga com o técnico Celso Roth por causa da reserva.
Se Fernando tiver algum problema de contusão e não puder voltar, o Flamengo até tem chances. E se ganhar, fica entre os oito primeiros fácil, fácil. Com chances de disputar uma vaga na Sul-Americana de 2004. Mas não de ser campeão.
* O Figueirense deve dar trabalho ao Paraná no Orlando Scarpelli, pois o técnico Artur Neto tem montado retrancas eficientes. Evair está fora, por suspensão e também porque pediu licença para cuidar do pai, que está muito doente. É jogo para empate chato, sonolento. Ou vitória do Paraná com golzinho no final.
* Lúcio Bala deve ir embora do Guarani. Nem sei para onde. Mas o Bugre, que anda descendo a ladeira aos trancos e barrancos com uma campanha para lá de irregular, deve ir para local bem conhecido neste domingo: para o brejo. Afinal, derrotar o São Caetano naquele estádio com o bizarro nome de Anacleto Campanella é tarefa dura. Dá Azulão.
* Zico rompeu com Hélio Ferraz e com Radamés. Sim, depois daquela foto de Helinho com caneca de chope ao lado de Ricardo Teixeira, estava na hora. Agora só falta todos os 27 presidentes de Federação e os 24 clubes da série A romperem com Teixeira.
Liédson: o Corinthians pode ser mais um time que esse mascate do futebol vai usar e jogar fora
No ano passado e em parte desse ano fui obrigado a ouvir a expressão “Liedshow” várias vezes, sem contar as ocasiões em que eu tinha de ouvir alguém dizer que Liédson era o grande destaque do Flamengo na temporada, um artilheiro nato, um fenômeno, etc. Quando ele saiu para o Corinthians para ganhar menos do que ganharia no Flamengo, apenas com o intuito de disputar a Libertadores, torcedores rubro-negros atacaram o clube – erradamente – de todas as maneiras, dizendo que “o Flamengo tinha trocado Liédson por Fernando Baiano. Vale repetir: Liédson saiu porque quis.
Para início de conversa, vale frisar que até o considero bom atacante, cabeceador, ágil, e com boa visão de jogo. Mas daí a tratar como fenômeno um atacante que seria banco fácil do Marciano ou do Luisinho Tombo vai uma enorme distância.
Agora, enquanto escrevo, não sei como terminou a transação corintiana, mas é possível que Liédson esteja a caminha da Ucrânia, já que o Dínamo de Kiev comprou seu passe junto ao “famoso mundialmente” Prudentópolis.
É incrível. Liédson, em dois semestres, jogou nas dois clubes de maior torcida do Brasil e não fez a menor questão de marcar sua história em nenhum deles, não quis ser ídolo, não quis entrar para a galeria de craques (não conseguiria), nada. Só quis, em um caso, ganhar projeção, e no outro, ganhar dinheiro.
Que todos esses jogadores, como Liédson, que simplesmente abandonam seus clubes no meio de um campeonato, ganhem muito dinheiro logo, porque ao pararem de jogar, não terão um clube para lhes apoiar, uma torcida para lhes eleger a cargo político ou dar força ou comprar suas biografias. Não terão patrimônio moral. Ou então ganharão um busto na entrada do Prudentópolis.
A lista dos demitidos - atualização: Renato Gaúcho é o número 15 Sempre lembrando que a lista é de técnicos que deixaram seus clubes, o que inclui, por exemplo, o Cuca, que foi para o Goiás por vontade própria.
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense
pela Copa do Brasil, mas já de volta ao Fortaleza)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair)
11 - Vágner Benazzi (Figueirense)
12- Marinho Peres (Juventude)
13- Joel Santana (Vitória)
14- José "Pepe" Macia (Guarani)
15- Renato Gaúcho (Fluminense)
Armando Marques, diretor de Arbitragem da CBF: o que será que ele dirá da noite desta quarta-feira, verdadeira onda de assaltos?
Costumo cultivar duas doenças como se fossem coisas boas. Reconheço. As duas? A paranóia e o pessimismo. Por ser paranóico, acho logo que bode não sobe em árvore e que se ele está lá em cima alguém o colocou lá. Por ser pessimista, tenho sempre a mais absoluta convicção de que a luz no fim do túnel é um trem vindo em sentido contrário.
Esta quarta-feira, dia 9 de julho (feriado da revolução constitucionalista em São Paulo), está marcada, na minha opinião, por ter sido o dia da mais triste comédia de erros de arbitragem de que se tem notícia nos últimos tempos.
A comédia-tragédia começou à tarde, com mais uma atuação lamentável, ridícula, do sr. Sálvio Spindola, que desde o início estava disposto a acabar com o clássico entre Corinthians x Santos. O sr. Sálvio conseguiu encerrar o jogo sem expulsar nenhum jogador - pasmem, um jogo que terminou com denúncias em delegacia e jogadores se chamando de babaca ou moleque. E o sr. Sálvio não expulsou ninguém.
Não por acaso, o sr. Sálvio é o palhaço que humilhou Oscar diante de milhares de pessoas no Maracanã, impedindo-o de dar um pontapé inicial, não por acaso é o juiz que expulsou Fabinho, do Flamengo, por ter dado dois puxõezinhos de camisa, enquanto permitiu que Anderson Lima continuasse em liberdade após uma tentativa de homicídio em cima de Igor (jogo Grêmio 2 x 0 Flamengo).
A comédia seguiu tristemente, com o sr. Heber Roberto Lopes, propagado por certos setores da imprensa como "o nosso Colina". Risos e mais risos.
O sr. Heber expulsou Daniel Carvalho, do Inter, de uma maneira inédita, ridícula, bisonha, demonstrando seu descontrole emocional, deixando claro que a partida poderia acabar em uma batalha campal que o sr. Heber iria se limitar a colocar na súmula.
Depois, para compensar, deu um pênalti para o Inter que faria corar até mesmo o sr. Giuliano Bozzano (toc, toc, toc).
Teve mais garfos: impedimentos errados de lado a lado em Flamengo x Juventude, gol legítimo de Clodoaldo (porra, logo de um jogador que não marca há 18 jogos?) contra o Cruzeiro, outro no mínimo estranho do Coritiba, enfim, uma noite terrível para o futebol brasileiro.
Minha paranóia: acho que os árbitros estão fazendo um movimento velado, discreto, para tentar derrubar - com a possível pressão dos clubes - o artigo do Estatuto do Torcedor que determina sorteio da arbitragem.
Seria cômodo. Assim, sem sorteio, na base da indicação do sr. Armando Marques, várias conveniências para os clubes e para os próprios árbitros (que não correriam risco de vida) poderiam ser engendradas: o sr. Márcio Resende de Freitas não apitaria jogos do Santos na Vila Belmiro, o sr. Heber Roberto Lopes jamais pisaria em São Januário, o sr. Sálvio Spindola não apitaria em hipótese alguma no Maracanã e o sr. Giuliano Bozzano não garfaria mais o Flamengo e o Fluminense (aconteceu em Flu 0 x 0 Paraná).
Os fins, porém, não justificam e muito menos dão legalidade aos meios. É triste o lock out de arbitragem brasileiro, triste e repugnante.
A escrita contra o tempo presente A principal arma deste (oh, que novidade) desfalcado Fluminense que enfrenta a Ponte nesta quinta no Móisés Lucarelli, sem dúvida, é a escrita. Somente o bom e velho “tabu” (nunca entendi o porquê do uso dessa palavra) pode levar o tricolor a uma vitória que provavelmente recolocaria o clube carioca entre os dez primeiros. E sinceramente, bem que o futebol carioca está precisando. São seis vitórias tricolores, um empate e uma vitória da Ponte (em amistoso).
Mas a missão do Fluminense é pesada, árdua, porque inclui superar a crise interna, aumentada por causa das dispensas no elenco – esta semana dançaram Ademílson e Leonardo Inácio. Quem trabalha em Jornalismo – setor profissional que sofre cortes no mínimo uma vez por ano, no trimestre agosto/setembro/outubro – sabe como é difícil recomeçar depois que a barca passa, tanto pela despedida dos companheiros quanto pela insegurança de não se saber direito quem será o próximo.
Sem Romário e sem Carlos Alberto (este último na Seleção da Copa Ouro), o Flu vai de Sorato lá na frente, com Lopes de meia ofensivo. O ex-palmeirense festejou na quarta, segundo divulgado pela Lancepress, o fato de ter conseguido emplacar cinco jogos inteiros seguidos. Nenhum deles com boa atuação, é verdade, mas é inegável que com alguns lampejos que me levaram a concluir que não se pode dizer ainda que Lopes é perna-de-pau.
Ouvi no rádio a fala de um dos dirigentes tricolores (não sei de quem foi):
-Não há intenção nenhuma de mudar (o técnico), mas se a gente perder em Campinas, não sei o que pode acontecer.
Ou seja, como se costuma dizer em futebol, Renato está “prestigiado”.
Na Ponte Preta, o bom atacante Jean fica no banco, porque Nenê vai para o ataque ao ataque ao lado de Fabrício Carvalho. Outro bom jogador da Ponte, Roger, está em uma Seleção Brasileira, acho que a Sub-20, por isso entra Nenê.
O bom goleiro Alexandre Negri é mais um desfalque proporcionado pela Copa Ouro.
Confesso que me distraí e acabei me perdendo, pois não sei se, no final das contas, Sérgio Alves realmente pediu o boné depois daquele episódio do Derby (em que saiu do estádio antes do fim do jogo, revoltado). Alguém sabe por que Sérgio Alves não tem aparecido?
Será um jogo interessante e de difícil prognóstico. Tanto a escrita quanto o momento pesam muito. Mas que o Fluminense fique de olhos abertos, pois a Ponte Preta está em uma posição enganosa no Campeonato – tem time para estar mais à frente.
Três jogos que já foram decisão em uma só rodada Uma rodada no meio de semana – com feriado constitucionalista em São Paulo – com status de rodada de domingo. Para início de conversa, três dos jogos já foram decisão do Campeonato Brasileiro: Vasco x Internacional (1979), São Caetano x Atlético-PR (2001) e Corinthians x Santos. Os três jogos acontecem nos locais onde aconteceram como decisão, ou seja, no Beira-Rio, no Anacleto Campanella e no Morumbi.
A pergunta natural que todo leitor-torcedor deve fazer ao fim de um parágrafo como esse: e o quico?
Minha resposta: sei lá, pô.
O que interessa é que este Santos x Corinthians será o jogo mais interessante e cheio de atrativos da rodada.
O roto contra o esfarrapado
Liédson x Ricardo Oliveira: os dois querem se levantar, um na tabela de classificação, outro na de artilheiros
Antes de mais nada, Corinthians x Santos é a continuação de outros dois jogos: Corinthians x River Plate e Santos x Boca Juniors. Não tem aquela teoria espiritista de que os pilotos de Fórmula 1 morrem mas continuam correndo? Pois é por aí: torcedores dos dois times ainda estão com a cabeça e, acima de tudo, o coração, na Libertadores, quando um secou o outro com a voracidade de uma Wal-Mart trusteando pequenos armazéns de bairros proletários.
As secadas deram certo. Ficaram rancores, ressentimentos, em meio a lágrimas.
Por não terem ainda uma Libertadores para se gabarem (sim, eles têm aquele torneio Mundial da FIFA, como se bastasse uma competição ser homologada por gente como o sr. João Havelange ou o sr. Joseph Blatter para ser “válido” – francamente), os corintianos sofreram muito com a eliminação da Libertadores. E sofreram ainda mais porque o Santos continuou.
Ao verem o Santos se fuder – doce delírio – veio o troco, a forra, a dívida paga com juros altíssimos. Prova disso é o blog de dois amigos meus, duas grandes figuras, ele santista e ela corintiana. Cliquem no Notas Toscas e vejam a briga toda. O bom é que terminou com os dois continuando amicíssimos, numa demonstração inequívoca de fairplay.
Agora, neste jogaço de hoje, vem o tira-teima definitivo. Se um golear o outro, pode ter guerra civil em São Paulo em pleno 9 de julho.
Motivação não falta: a maior delas, a meu ver, é o duelo de artilheiros, um em alta e o outro em baixa. Liédson está em um Corinthians que vive a 9ª colocação, mas tem 10 gols no campeonato e segue como um atacante badalado. Os boatos de que iria para o Dínamo de Kiev cessaram, e ele pode agora jogar onde quis jogar desde o ano passado. Sim, ao contrário do que muita gente pensa, não foi por falta de competência ou má vontade ou desleixo ou qualquer outro tipo de culpa do Flamengo que o atacante Liédson hoje está no Corinthians.
Houve várias idas e vindas com exigências e pedidos de Liédson – todos atendidos. Até que ele pediu uma garantia bancária de pagamentos, procedimento que havia sido feito ainda na época do lamentável Edmundo Santos Silva com o meia Juninho Paulista.
O presidente Hélio Ferraz negou garantia do clube, mas ofereceu, me disseram, garantia do patrimônio pessoal dele. Vendo que não havia mais motivo nenhum para recusar, inclusive ganhando mais do que ganha hoje no Corinthians, não restou a Liédson dizer: “Não quero não. Vou pro Corinthians, quero jogar a Libertadores”.
Ricardo Oliveira, porém, foi mais longe que Liédson, se tornando artilheiro da Libertadores ao lado de Delgado, com nove gols. Mas o problema no joelho o deixou de fora dos gramados por 40 dias – e depois de voltar ele não estofou as redes. Jogou cinco partidas e nada. Segundo a Lancepress, são 63 dias sem ver a cor da rede. Para um artilheiro nato como ele, deve ser dose.
No conjunto, sou mais o Peixe. Está mais mordido. Mas na comparação do estado em que se encontram os dois atacantes, ligeira vantagem para o Corinthians. Vamos aguardar.
Clodoaldo: ele é o terror – fico aterrorizado quando lembro que ele quase veio para o Flamengo
O Fortaleza é um time que sempre contou com a minha simpatia. Afinal, foi um dos times em que jogou Beijoca, um ídolo de infância – Beijoca era um atacante que veio para o Flamengo e só fez duas coisas: um gol de cabeça contra o Náutico e uma porrada na cara do Baroninho quando o Flamengo tomou de 4 a 1 do Palmeiras.
Jogo perdido, goleada, esculacho do time de Telê em pleno Maracanã, e Beijoca mostrava todo seu inconformismo chamando jogadores, comissão técnica, torcedores, ambulantes e flanelinhas palmeirenses para a porrada. E fez jorrar o melado do nariz de Baroninho.
Enfim, dessas coisas que a gente tem saudade, que é jogador que não suporta perder de goleada. Hoje, o time do Flamengo toma de 6 do Paraná e um mês depois um regiamente pago supervisor diz que o clube não está no campeonato para tentar o título Enfim, saí da porra do assunto.
Queria dizer que, apesar dessa simpatia que tenho pelo Fortaleza, o time cearense me proporcionou um momento desagradável. Em fevereiro, circularam rumores de que o Flamengo iria trazer o atacante Clodoaldo.
Se encaixaria muito bem ali com o Fernando Baiano e o Igor, vocês não acham?
Só que um diretor do Fortaleza reagiu com uma arrogância inacreditável, dizendo que o Clodoaldo valia muito mais do que o Roma, que o Flamengo tentava oferecer, com mais uma grana. E ainda disse que não era qualquer time que iria levar Clodoaldo.
Hoje, com Clodoaldo completando amanhã seu 19º jogo sem marcar, queria ver quem o Flamengo poderia oferecer. André Gomes, quem sabe?
Claro, só porque eu falei agora, o Clodoaldo vai quebrar o jejum logo contra o mistão do Cruzeiro que tem cinco desfalques, sendo dois por suspensão (o lateral-direito Maurinho e o atacante Aristizábal) e três por conta da Seleção Brasileira sub-23 na Copa Ouro (o goleiro Gomes, o lateral-direito reserva Maicon e o zagueiro Luisão), que vai jogar no 4-4-2.
Mas o Cruzeiro deve chegar perto do recorde de gols em uma só partida, que por enquanto pertence ao Goiás, último colocado do campeonato, que deu de 7 a 0 no Juventude.
O time da ressurreição – dos outros A frase inesquecível do Zico – “Ressuscitamos um morto” – parece ter virado maldição na Gávea. Zico disse isso ao sair do Flamengo 3 x 3 Botafogo, jogo que estava praticamente perdido para os alvinegros mas que acabou marcando a arrancada deles para o título com um gol contra de Gonçalves (na época, jogador do Flamengo).
Hoje, o Flamengo vive de ressuscitar mortos. Esse ano já reviveu o Paraná, o Atlético Paranaense (que até a bela vitória de 4 a 1 estava aos trancos e barrancos no campeonato), o Guarani, o Grêmio....agora vai tentar reviver o Juventude, que está em seu terceiro técnico, o recém-efetivado Raul Plasmann, respeitável ex-goleiro do Mengo. E, como sói acontecer, com gols de renegados, como Hugo.
São tantos os que saem da Gávea e fazem gols no Flamengo que a gente até esquece. Marquinhos, do Paraná, foi o último. Rogers, aquele do América-RN, Renato Carioca, Caio, é infindável a lista de perebas que são dispensados da Gávea e “se vingam”.
É claro que com Hugo não vai ser diferente.
Mesmo com tudo contra, acho que o Flamengo “arranca um empate”.
Bom duelo no sul
Bonamigo deve gastar uma caixa inteira de aspirinas
O Coritiba recebe o São Paulo lá no Couto Pereira em mais um daqueles jogos de seis pontos – quem ganhar, sobe três e não deixa o concorrente subir três. São dois times com chances de colar ali no míni-bloco formado por Santos e Cruzeiro, os paulistas com 29 pontos e os paranaenses com 27.
Considerando que o Cruzeiro já está com certeza com 34 pontos, pois vai ganhar do Fortaleza, esse jogo se torna uma decisão para o ascendente time do São Paulo. A dupla de ataque será formada por Luis Fabiano – sempre bom – e Rico, aquele sarará talentoso que apareceu este ano emprestado à Portuguesa Santista. Júlio Baptista é mais um que desfalca time por causa da sub-23 e da Copa Ouro.
Do lado do Coxa, cinco desfalques – o primeiro é entre aspas: Odvan, contundido na coxa direita. Os outros quatro pesam mesmo, o lateral-esquerdo Adriano, convocado para a Seleção Brasileira Sub-23, os volantes Willians e Reginaldo Nascimento e o meia Tcheco, todos suspensos.
Acho que sem os dois últimos, Reginaldo e Tcheco, o Coritiba perde de uma só tacada o poder de marcação e armação de jogadas.
Acho que vai dar São Paulo, principalmente por causa da dor de cabeça que Bonamigo vai ter para armar o time.
Joel Santana está desempregado e andando pelo Rio, e pode aproveitar a cavada que Edmundo deu ao puxar o tapete de Lopes
Edmundo é fogo. Bastou o primeiro sacode levado dentro de São Januário para desandar a detonar o pobre do Antônio Lopes, dizendo ao mundo que Léo Lima não pode ficar no banco. Para mim, é algo no mesmo nível que “Bigu e mais 10”.
Agora, o Vasco vai ao Beira-Rio e dificilmente sai de lá com pontos. Como já conhecemos o futebol brasileiro e, principalmente, conhecemos o Vasco, podemos entender duas coisas:
1 – Se o Inter sapecar uns três ou quatro, cai Lopes e o técnico escolhido pode até ser Tite
2- Edmundo mostrará que dificilmente jogador tem mais conceito em um clube no futebol brasileiro do que ele no Vasco. E seu novo-amigo Romário vai colocar Joel Santana no Vasco.
Bom, tudo isso é chute. Na verdade, nem estou tão convicto assim da vitória do Inter. Mas acredito que é difícil se recuperar de um 4 a 1 sofrido em casa logo em um estádio como o Beira-Rio.
Outro bom jogo
Vadão pode ser suspenso e não ficar nem no banco
Furacão e São Caetano protagonizam outro bom duelo da rodada. Os dois clubes já têm até rivalidade: paulistas e paranaenses se enfrentaram cinco vezes, com duas vitórias para cada lado e um empate. Na noite desta quarta é o tira-teima, no qual o favoritismo é azul. O São Caetano só perdeu uma partida nos últimos oito jogos, e somou dez pontos dos quinze últimos disputados. Além de tudo isso, está invicto dentro do seu estádio. Dos sete jogos disputados até agora no Anacleto, o chatérrimo time de Mário Sérgio cinco e empatou dois, um aproveitamento de 80%. Para complicar, o Furacão jogou oito partidas fora de casa – seis derrotas e dois empates. O Atlético Paranaense ainda tem alguns desfalques: os zagueiros Capone, suspenso, e Rogério Corrêa, em tratamento médico, e o meia Adriano, sem contrato.
Kleberson está meio gripado e pode não jogar. Ou seja, desta vez, o maior favorito da rodada é o Azulão.
Bom, mas vocês viram o que aconteceu quando eu escrevi a mesma coisa sobre o Vasco semana passada.
Edinho e a praga do Joel Edinho assumiu o Vitória e logo tomou um cacete da Ponte dentro de casa. Nesta quarta, ainda sob o efeito da praga do Joel Santana, ele vai ajudar a reabilitar o Goiás. 4 a 0, com dois de Araújo, um de Dimba e outro de Fabão.
O Vitória é mais um que a Copa Ouro desfalcou – Nadson, só isso.
Jogos para os quais eu estou com muito sono para comentar Paysandu x Figueirense (dá empate), Paraná x Grêmio (Paraná, fácil), Bahia x Guarani (vitória fora de casa do Bugre), Criciúma x Atlético Mineiro (dá Criciúma).
Ponte Preta x Fluminense é um jogo que interessa muito, vou comentar na noite de quarta.
Enfim O Rio ganhou de São Paulo. Quer saber? Prefiro a Copa.
Deus, repetindo Jesus Cristo e Michael Jackson: vinde a mim as criancinhas
Noite de segunda-feira, na Argumento, livraria no Leblon. Eu, minha senhora, meu irmão e Sérgio Maggi estamos lá, para um compromisso que seguramente vale as quase duas horas na gigantesca fila que dava voltas dentro do estabelecimento.
Não é preciso pensar muito para descobrir que uma fila dessas só podia ser para a noite de autógrafos da sensacional biografia do ídolo Zico, de autoria de Roberto Assaf e Roger Garcia.
Uma noite em que, pode-se dizer, nós pudemos entender o que é a grandeza de um verdadeiro ídolo. Mais de mil pessoas passaram pela mesa do Zicão, todas pacientemente aguardando até mais que duas horas na fila descomunal. E ninguém, absolutamente ninguém aparentava mau humor na fila. Todos sabiam que para estar dois minutos ao lado daquele que deu duas décadas de felicidade a milhões de brasileiros, valia qualquer esforço.
Estavam lá até gente que não é Flamengo: Roberto Dinamite, por exemplo, foi lá dar um abraço no ex-rival e hoje parceiro. Ao ver os dois no mesmo ambiente, fiquei pensando no quanto isso está desaparecido: a rivalidade cordial, e verdadeira, com dois jogadores de talento alternando vitórias. Alguém ainda disse, na fila: “Porra, o futuro presidente do Vasco veio aqui cumprimentar o Zico”. Verdade.
E veio a galeria toda: Nélio, Adílio, Júnior, só faltou o Rondinelli e o Nunes – eu não os vi.
O alvinegro Roberto Falcão, ex-editor do Lance, estava lá para prestigiar seu amigo Assaf, mas certamente também de olho em um autógrafo do Zicão. Ex-presidentes, dirigentes atuais, jornalistas, torcedores, enfim, gente que não acabava mais. Os livros esgotaram às 22h (o evento começou às 20h).
O que ainda me espanta é a paciência e a grandeza do Zicão, ao atender um por um, e sem se limitar a dar um autógrafo e despachar. Perguntava o nome, fazia uma brincadeira gentil, tinha a paciência de levantar para fazer algumas fotos e até, como no caso de minha senhora, levantar e abraçar o fã. Sem problemas. Desde que sem saliências, o Zicão pode abraçar minha namorada tranqüilamente.
Errou o nome dela, escrevendo, distraidamente, antes de nos ver, “Marcelo”, ao invés de “Marcele”. Depois viu que tinha errado e pediu desculpas. Fiquei pensando, caceta, o Zico está nos pedindo desculpas por alguma coisa.
Inacreditável. Depois de tudo que ele fez por mim, por nós, por milhões de torcedores, o Zicão acha que tem que nos pedir desculpas por um errinho de grafia.
Saí da Argumento refletindo sobre o que é o verdadeiro ídolo, e no quanto ele faz falta em vários clubes que não têm alguém do porte do Zico. Fico pensando nos “ídolos” de hoje, que escolhem dias para falar ou não com a imprensa, que chegam e saem dos lugares dentro de carros quase blindados ou furgões, que trocam de clube como quem troca de calças, que criam falsas polêmicas, ou mesmo que dizem “jamais vou jogar no Vasco” e um ano depois estão com a camisa do clube de São Januário.
Fiquei pensando em quantos desses ídolos de hoje, desses Vampetas, Romários, Edmundos, teria a paciência de assinar um livro e dialogar ainda que brevemente com mais de mil pessoas em uma noite - mesmo sabendo que se ele mandasse só um carimbo com o nome dele e pedisse para alguém ficar carimbando, ninguém iria se chatear.
Acho que não muitos.
Foi uma boa noite. Depois de uns bons chopes no Devassa, voltei para casa e pude até esquecer por alguns instantes que a “melhor notícia” do Flamengo era a volta de Fernando Baiano ao ataque contra o Juventude.
Obrigado por tudo, Arthur Antunes Coimbra.
A triste sina carioca Um gol de honra e outro de pênalti – foi tudo o que o futebol carioca conseguiu na primeira divisão do Campeonato Brasileiro na rodada deste fim de semana.
Foi tudo o que o futebol de Hélio Ferraz, Eurico Miranda e Davi Fischel conseguiram, tudo o que obteve esse futebol que mais uma vez apóia o Caixa D’Água, mesmo com o tal Rubens, candidato a vice, desqualificando completamente o Conselho que em tese daria mais poder de veto e voto aos clubes.
Tudo balela.
O Botafogo de Bebeto de Freitas está sendo o único carioca a dar alegrias – mas dá alegria na segunda divisão, o que equivale a dizer que o clube está atrás do Goiás.
De resto, o Flamengo perde como sempre, como é previsível , afinal, é um time que hoje só joga para tentar empatar ou – inutilmente – para não perder.
O Vasco passa por um vexame sem precedentes, levando uma surra humilhante do Paraná Clube dentro de São Januário – e a gente aqui dizendo que o Vasco é o maior favorito da rodada.
Fluminense, a salvação carioca da rodada: mesmo assim, rolou um certo apito amigo
E o Fluminense salvou mais uma vez a honra carioca conquistando três pontos. Mas que três pontos mais complicados, esses. Com gol baiano mal anulado logo aos três minutos de jogo, com uma atuação burocrática, chata, morosa. Lopes, que vinha melhorando (em termos), conseguindo até boas jogadas, sumiu. Marcelo, ex-junior que veio para o ataque, não pode ser jogador do Fluminense. Marciel e Marcão não existiram. Restou o brilho do Tuiú para salvar o tricolor e o único momento do jogo em que ser craque fez Carlos Alberto ajudar o Fluminense: na hora de bater um pênalti. Mesmo tendo perdido um no domingo anterior, mesmo tendo só 19 anos, CarlosAlberto foi lá e garantiu.
E certamente o futebol carioca só conquistou esses três pontos por causa do goleiro Kleber, que fez defesa milagrosa aos 48 do segundo tempo, em cabeçada de Danilo. Não fosse isso e era apenas quase.
O problema do Fluminense agora é ter que pegar uma Ponte Preta embalada por uma excelente vitória fora de casa, com uma atuação ótima do garoto Jean (quanta diferença, desse Jean da Ponte Preta para o Jean que temos no Flamengo).
Uma Ponte longe demais O problema da Ponte é estar longe demais do primeiro bloco. Pelo que vejo do time, principalmente dos jogadores ofensivos, não merecia estar em 22º lugar. Tudo bem, se não fossem os seis pontos perdidos no tapetão para Inter e Juventude, a Ponte estaria somente um pouco mais à frente, ao lado do Furacão.
A Ponte detonando o Vitória no Barradão: garotada que começa a ganhar moral
Mas um acerto a mais ali e outro aqui, a Ponte Preta poderia estar lá entre os oito. O que aconteceu com a Ponte, na minha opinião, é exatamente aquilo que não aconteceu – mas poderia acontecer – com o Internacional.
Os dois clubes têm times de garotos, ambos comandados por ex-jogadores. No caso da Ponte, a pressão pode ter pesado muito – perderam, por exemplo, o Derby, que é um dos dois clássicos mais bélicos do futebol brasileiro (o outro é justamente Inter x Grêmio). Não deve ser fácil para um jovem de 19 anos ter que dar satisfações a milhares de torcedores dispostos à guerra.
Mas acho que começaram a recuperar terreno perdido. A paulada de 4 a 1 que deram no Vitória em pleno Barradão mostrou isso. Até o amaldiçoado Fabrício Carvalho começou a espantar a uruca e jogou certinho, pelo pouco que consegui ver do jogo no PPV lá do meu trabalho. Jean, como já disse, mandou muito bem, e Adrianinho comandou o time.
E a Ponte ainda tem o bom goleiro Alexandre Negri, convocado para a Seleção sub-23 que disputará a Copa Ouro.
Tarefa, portanto, dura para o Fluminense no Moisés Lucarelli no meio da semana.
O Peixe é que é o líder O Santos mandou a ressaca para escanteio e as minhas previsões urubulinas para a PQP. Atropelaram o Coritiba, com gol de Jérri novamente. É um reserva para o ataque infinitamente melhor que o caneleiro Willian, jogador que irrita tal a quantidade de chutes baratinados que dá por jogo.
Lá vai o Peixe, garantir vaga de novo na Libertadores do ano que vem
Enfim, o Santos vale a frase: isso é que é time. Perdem a Libertadores no meio da semana mas terminam o domingo a um ponto do líder Cruzeiro mas com um jogo a menos.
Pena que no meio da semana – quarta é feriado em Sampa, por isso o jogaço será às 16h - o Santos pega o Corinthians e o Cruzeiro tritura o Fortaleza no Mineirão.
Um jogo para não se perder, esse Santos x Corinthians, principalmente porque o time de Gil perdeu o jogo de pólo aquático que disputou com o Atlético Paranaense.
Da fama à lama Era o confronto de duas forças do futebol brasileiro, o campeão de 2001 contra o bicampeão 98/99. O palco era o melhor possível, a Arena da Baixada. De um lado, do Furacão, Capone, que esteve no Corinthians mas quase (se é que não totalmente) não jogou. De outro, Cocito, ex-açougueiro do Furacão, agora no Timão.
E as feras: Gil, Liédson, Rogério (que perdeu pênalti), Fábio Luciano, Kléberson, Dagoberto e o grande nome de todos, Ilan, que enfiou três e desabafou contra todas as críticas após a eliminação da Seleção Brasileira.
Não defendo a convocação de Ilan para a Seleção. Acho que tem muito atacante melhor. Mas sou contra a Seleção perder e na volta todo mundo dizer que foi ‘por culpa do Ilan`.
Tanto é que ele ensacou três no Corinthians, mesmo na lama. Que era a mesma para todo mundo, famosos ou não. Mesmo na lama, Ilan e Gil fizeram golaços.
O que me espantou mesmo nesse jogo aconteceu mais tarde: o jornalista Milton Neves (não entendo porque ainda vejo seu programa) dizendo que o Corinthians é que foi o grande prejudicado pelo gramado encharcado. E dizendo mais: que o jogo deveria ter sido cancelado.
Bobagem maior, difícil imaginar. Ora, em 2001, o Santa Cruz venceu o Flamengo em um gramado normalmente muito pior do que a Arena da Baixada , só que mil vezes mais encharcado, e o sr. Milton Neves provavelmente se limitou a secar o rubro-negro. Agora, vem querer colocar deméritos na justa vitória do Furacão?
Mas, claro, o que esperar de um programa em que beócios, criaturas de passado nebuloso como o sr. Oscar Godói pronunciam a inacreditável frase ”Gente, a mulher fazer uma arbitragem de futebol melhor do que o homem é uma grande vergonha para o homem”? O que esperar de um programa desses?
Campineiros reagem Quase ia me esquecendo novamente do Bugre. O time, de técnico novo (mas interino), seu ex-meia Barbieri, empurrou o Goiás – volto a dizer: que não tem time para estar em último – lá para baixo. O Guarani chegou aos 21 pontos graças a dois gols do zagueiro Paulão (aquele, ex-São Paulo, lembram, que desmaiou durante uma entrevista por estar sem comer...) e um do lateral-esquerdo Alex, que cumpriu suspensão e voltou com tudo.
Lúcio Bala, ex-Flamengo e Goiás, entrou no meio do jogo e, pelo que me disseram, fez pixotadas que quase atrasaram o lado do Bugre.
O Guarani agora vai enfrentar e ganhar do Bahia, ex-clube de seu goleiro Jean. E assim o time de Campinas deve conseguir se manter na faixa dos esperançosos, que é aquela entre o nono e o décimo-quinto lugar.
Para mim, neste momento do campeonato, acima dessa faixa estão os clubes que estão realmente disputando o título e abaixo dela estão os que já podem fazer planos para se livrar do rebaixamento. Sim, isso mesmo, é o caso do Flamengo, que deve disputar (e, claro, perder) um jogo de seis pontos contra o Juventude (que está atrás, com três pontos a menos) no Maracanã.
Boicote ao futebol Perder para o Grande Inimigo é sempre desagradável. Agora, o jeito com que o bisonho time (?) do Flamengo perdeu ontem é algo que não merece nem mesmo ser lamentado.
Flamengo ontem: jogou mal como sempre, perdeu como sempre
Torna-se óbvio, neste momento, que os problemas com Váldson e Fábio Baiano provocaram desgaste em Nelsinho. Um desgaste que já havia começado com a lista de dispensas logo no início, que incluiu Felipe Mello e André Paraná (que sábado passado fez suas cagadas na defesa do Paysandu). Logo, torna-se óbvio que os jogadores estão trabalhando para derrubar o treinador. Simples assim.
Os leitores-adversários hão de argumentar, “que boicote o quê, o time é ruim mesmo”. Sim, têm razão. Mas o boicote existe. Há outros times ruins como o Flamengo neste campeonato – o Bahia, o Figueirense, o Paraná, o próprio Grêmio – mas que tentam atuar com um mínimo de esforço.
Enquanto o presidente Hélio Ferraz está fora do país e completamente ausente, o Flamengo afunda com um ataque que hoje não seria titular em nenhum time da primeira ou da segunda divisão do campeonato: Jean e Zé Carlos, ambos péssimos.
Fábio Baiano, Fernando (sempre consegue fazer suas faltinhas perto da área), André Bahia (zagueiro de seleção que tropeçou e caiu por causa da bola), Luciano Baiano (no primeiro gol, foi driblado como um menininho de oito anos brincando de “bobinho” com o pai em uma quadra qualquer da AABB) , Cássio (errou tudo), Jônatas, Diego (lento demais), Fabinho, todos lamentáveis. O único que parecia não estar participando do boicote a Nelsinho (que na verdade foi um boicote ao futebol) era o pequeno Igor.
Na minha opinião, chegou o momento em que o treinador não deve ser demitido. Que se tragam todos os juniores, que se contratem pés-de-boi apenas para o time não cair (ora, mas não é isso que o Flamengo almeja em todos os campeonatos brasileiros? Então vamos nessa), e que se mandem todos embora.
Enquanto isso, Felipe e Edílson seguem, desde o dia 12 de junho, se recuperando. A volta deles adiantará algo? Não sei.
Tremendo papelão Não, não acho que o ainda líder Cruzeiro e o Vasco fizeram um tremendo papelão ao perderem para Figueirense e Paraná Clube, respectivamente.
Cruzeiro cai feio em Floripa - aposto como Alexotan entrou naquele estado já conhecido de novo. Mas não vou falar mais porque não vi o jogo
O papelão de verdade quem fez fui eu e o Nove Meses. Como bem apontou Felipe Pires no comentário aí embaixo (no post "só entende quem namora"), eu achava que só a escalação do Cruzeiro sozinha já conseguiria superar o Figueirense.
Me enganei redondamente.
Já o Vasco, bom, vi parte do jogo e achei que seria goleada. De certa forma, acertei.
Só não digo que Joel Santana vem aí porque ao que parece ele já se acertou com o Juventude. Mas não apostaria um tostão em Antônio Lopes emplacando agosto. Não sei nem se emplaca essa semana.
Alguém falou em Tite? Alguém falou em reconciliação Oswaldo de Oliveira-Eurico?
Se alguém falou (boatos não faltam) é bom que fale também de onde viria o dinheiro.
Quanto ao Paraná Clube, deu uma boa subida. E Maurílio desencantou.
Sport x América: ordens da patroa me impediram de ver o gol de empate dos diabos do nordeste
Minha senhora gosta de futebol, e até escreve (muito bem) sobre o assunto - não é dessas mulheres que são contra o esporte a ponto de ficar com rancor e ódio até em desfile de seleção brasileira campeã do mundo (ocasião que em dramaticidade só comparo à recepção de 'Bring the boys back home' do filme 'The Wall'), não é nem de longe essas mulheres que dizem não ter time ou 'ser Fluminense' porque mora perto do clube.
Só que nós -como todo casal - temos um momento de tensão no relacionamento, desde o início do Campeonato Brasileiro - um drama vivido também pelo mestre Tinhorão: o momento em que, findo o jogo das 16h de domingo, pegamos o controle remoto e tentamos tirar da Globo para o SporTv com o objetivo de ver o jogo das 18h.
Normalmente, cedo às pressões e aos esporros dados pela patroa.
Nesta sexta-feira, porém, chegamos na minha casa, liguei a TV enquanto ela ia na cozinha e estava lá: Portuguesa 2 x 0 Paulista de Jundiaí, pela série B. Jogaço. E ainda viria Sport x América de Natal. O Sport vencia por 1 a 0.
Não sei porquê, mas as mulheres não toleram nosso interesse pela série B. E depois de levar um belo esporro, acabei trocando de canal e perdi o terceiro gol da Lusa e, pior, não vi o Sport sifu - o América de Natal empatou no finalzinho.
Enfim, aposto que todos nós passamos por problemas parecidos. Se você acha que não, tente convencer sua amada a ver o Campeonato Alemão nas manhãs de sábado pela ESPN Brasil. Eu ainda não tentei...
Os méritos do Santos e os méritos do Boca Leio a declaração do vice de Futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini, sujeito que passa por "folclórico" e "figuraça" (e é mesmo) mas conhece mais seu "metier" do que aparenta. Citadini diz que sonha em ter um técnico argentino como Carlos Bianchi para o seu Corinthians, e diz que os técnicos de lá são melhores que os daqui.
Carlos Bianchi provou com essa conquistar ser um super-técnico. Arma o time para tocar bem a bola, orienta os jogadores em coisas básicas como aguardar o colega sair do impedimento para fazer o passe, e acima de tudo ensina a matar a jogada com classe - o time bate certo, sem deixar marcas para a perícia.
E o Boca ainda tem bons jogadores como Delgado, Schellotto, Cagna e Tevez, jogadores especialistas no que fazem.
Agora, o que me espantou um pouco foi o surgimento de profetas das águas passadas a lembrar essas coisas todas, como se o otimismo em torno do Santos fosse algo absurdo, infantil, da minha parte e de parte dos profissionais de texto no futebol. Ora, valeria até dizer que o Boca era favorito. Mas me espantam declarações pós-hecatombe como a de Roque Citadini, declarações que esperam o melhor momento para serem levadas mais a sério. Ora, no caso, Citadini não precisava esperar o Santos perder - já podia elogiar Bianchi pelas outras conquistas de Libertadores no Morumbi, já podia elogiar Bianchi por ter chegado à final.
O Boca é um time bom, de talento e competitivo. Isso é muito para um time de futebol, é um ponto de amadurecimento difícil de chegar. Não é o Flamengo, por exemplo, que ganha de times reservas aos trancos e barrancos, com dois atacantes horrorosos, e depois perde pro lanterna Figueirense em casa que consegue chegar a um ponto de maturação como o do Boca.
Mas eu não vejo nenhum motivo para que isso torne tão óbvia a vitória do Boca. Ora, se não tivesse o Santos perdido o controle dos nervos no primeiro jogo e evitado o segundo gol, se não tivesse o Santos perdido aquele gol de Alex salvo em cima da linha, se tivesse o juiz marcado o pênalti em Diego, enfim, um desses "se" já poderia trazer algo diferente, porque assim é o futebol.
Para mim, óbvio é dizer que se fosse o meu time, o Flamengo, que estivesse em campo, o Boca sairia com uma goleada de quase dois dígitos. Óbvio é dizer que os dois atacantes do Flamengo (sejam quais forem) são ruins demais para conseguir um gol que seja em cima do Boca.
Do mesmo jeito que é perda de tempo ficar discutindo música em termos de qual é o melhor disco, "Revolver" ou "Sgt Pepper's", também é perda de tempo conjecturar obviedades em torno de águas passadas. Tivesse acontecido o contrário e Citadini "sonharia com Leão" para sua equipe?
Eu gostaria muito de ver o mesmo Citadini elogiando uma Seleção Brasileira que jogasse como o Boca, com nove jogadores na frente da área em determinados momentos. Ninguém elogiaria - mas seria uma seleção competitiva.
Vale mesmo é dizer que o Santos perdeu por faltar uma referência ali com experiência de Libertadores - como era Delgado no Boca. E vale dizer: a vitória do Boca foi justa e merecida, foi muito mais time - mas não era algo tão óbvio do jeito que preconiza Citadini e alguns cronistas especializados.
Internacional bicampeão gaúcho: essa ressaca não atrapalhará o Colorado
Digamos que a ressaca da vitória seja mais pesada, como a de uísque nacional. Deixa o cidadão meio imobilizado, sem paciência para nada, sem ambição. Já a ressaca da derrota é como a ressaca de vinho com fondue – o sujeito consumiu bastante proteína, quase não sente dor de cabeça e acorda querendo partir para outra.
Prova disso é que constantemente vemos times terem “faixa carimbada” – aliás, se a estatística não ajudasse, não teríamos sequer essa expressão.
Me lembro do que aconteceu em 2000. Flamengo 3 x 0 Vasco, depois aquele santo 2 a 1, bicampeonato, festa maravilhosa no sábado e ao longo do domingo.
Na quarta-feira, a ressaca da vitória apressou a dura volta à realidade: pela Copa do Brasil, Santos 4 x 0 Flamengo. Não deu nem para torcer no segundo jogo – é óbvio.
Pois é o Santos que está de ressaca dessa vez, só que de derrota. Será um desafio perigosíssimo para o Coritiba do trio ofensivo Marcel-Tcheco-Lima e do novo lateral-esquerdo de Seleção, Adriano.
O técnico Bonamigo ficou impressionado com a reza do time do Santos após a derrota, após a união, essas coisas todas.
Eu não. Acho que Libertadores não é um torneio que a gente perca e depois vá rezar Pai-nosso e dormir. Posso parecer um verdadeiro inimigo do esporte, mas sou da opinião de que Libertadores é competição na qual o apito final do juiz é desnecessário na decisão – tem que acabar é em porradaria generalizada, ora essa.
Não gostei do time do Santos fazendo aquilo não. Perderam o sentimento de “ressaca da derrota” que costuma levantar os times para a vida que segue.
Por isso que vou fazer um palpite que já sei que é 80% furado: acho que o Coritiba de Paulo Bonamigo arranca pelo menos um empate na Vila Belmiro.
Já a ressaca da vitória do Inter vai ser, ao contrário do que costuma ser, estimulante – e o Colorado, na minha opinião, vai massacrar o Juventude.
####################
Alguém aí pode explicar a declaração do dirigente santista Francisco Lopes?
- Fizemos o Boca sambar em Buenos Aires. Só não esperávamos que eles iam nos fazer dançar um tango no Morumbi .
Tá, que o Santos dançou no Morumbi, eu entendi. Mas que história é essa de que fizeram o Boca sambar em Buenos Aires?
Só se o Santos foi a mulata e o Boca o gringo que tirou sarro por trás. Ora, essa agora.
##########
Luis Fabiano Jogo que vou tentar observar bem é esse São Paulo x São Caetano, que rola no sábado. O principal motivo é a volta de Luis Fabiano, atacante principal do Campeonato Brasileiro, que foi arrancado de seu time para se contundir lá na terra onde os camaroneses morrem. O técnico chileno Rojas deu na quinta-feira uma declaração dizendo que quer se inspirar no Boca. O Delgado dele está mais para magro do que para delgado: Kaká, que deve jogar com Luis Fabiano no ataque – e olha que pode funcionar.
Rojas: el Boca es mi inspiración, cabrón!
Se Kaká ainda tiver o arranque que mostrou no primeiro gol contra o Santos na semifinal ano passado, as chances de dar certo aumentam.
Júlio Batista vai voltar a ficar de segundo volante, compondo ali o meio-campo com Simplício, Carlos Alberto e Ricardinho.
Quer saber? Se o São Paulo trouxer dois bons zagueiros (Jean e Gustavo Nery improvisado não dá), vira favorito ao título – acrescente a esses já citados os bons laterais Leonardo e Fabiano e temos um time no mínimo decente. E que, com todas as crises, está em segundo no Brasileiro.
Se somarmos aí esse bom time do São Paulo ao fato de que até agora Mário Sérgio não sabe quem escalará no lugar do bom zagueiro Dininho, aí é que a coisa desanda mesmo. Vai dar São Paulo e acho que a torcida tricolor paulista vai ter motivos para voltar a acreditar, e vai ser a partir deste fim de semana.
#####
Fiquei triste de verdade com a derrota do Santos, não queria mesmo que esse time perdesse essa chance histórica.
Mas melhorava quando lembrava do Milton Neves.
Juventude transviada O lateral-direito Felipe Alvim e o meia Dionattan, do Juventude, fecharam contrato nesta Quinta-feira com um time chamado Acadêmica de Coimbra, de Portugal. Os dois devem ficar por lá uns quatro anos.
Primeiro: who the fuck they are? No meio do campeonato saem jogadores de uma forma incrível.
Vale lembrar que o Benfica quer Gustavo Nery, do São Paulo, tem gente querendo Gilberto, do Grêmio (mais um irmão do Nélio), e Edílson e Felipe não devem emplacar outubro, do jeito que a coisa vai.
Será isso mesmo? Um campeonato tão longo que a maioria dos jogadores vai embora antes de acabar?
Deixa de ser Bobô, Evaristo Romário não deve jogar, mas Evaristo de Macedo vai colocar três zagueiros em campo contra o Flu, domingo no Maracanã (às 18h). Acho bobeira. O ataque do Flu deve ser formado por Sorato (atacante de respeito) e Marcelo, jogador irregular que eu só vi marcar gol mesmo é no Flamengo. Mas de uns anos para cá, marcar gols no Flamengo não é privilégio de craque nenhum. Até Agnaldo, o popular Agnights, se consagrou, lembram, naqueles 5 a 0 do Vitória em cima do Flamengo.
Evaristo deve aproveitar a ausência por contusão do meia Luis Alberto (um cara que tem resolvido lá na frente) para colocar mais um zagueiro – que pode ser Acioly, no clube desde o ano passado.
Interessante é que essas mudanças de 4-4-2 para 3-5-2 e vice-versa, sempre de um jogo para o outro, eram características de Bobô, antecessor de Evaristo - que está na nossa lista de técnicos dispensados de seus clubes durante o Campeonato Brasileiro. Jogo muito perigoso para o Fluminense, até porque o Bahia está no desespero. Para vencer, o tricolor deve ficar de olho no lateral-esquerdo do Bahia, Lino, que é perigoso na subida ao ataque.
Joãozinho, novo reforço do Flu: te cuida, Josafá Com perigo ou não, dá Flu, mesmo com os problemas de contusão/suspensão/arbitragem aparecendo a cada rodada. Otimismo? Ele existe, mas para a estréia de Joãozinho, filho do homônimo ponta cruzeirense da década de 70 - o novo atacante tricolor saiu do Cruzeiro por ser meio encrenqueiro, mas tem bola, olho nele.
Calma, ele não estréia agora, contra o Bahia, e sim contra a Ponte Preta, dia 10. Pode ser a solução definitiva para a busca de um parceiro ao lado de Romário (quando ele melhorar da torção, claro).
Estourou no lado mais fraco Sobrou para o goleiro Alexandre Favaro e agora Carlos Germano volta a ser titular do Paysandu.
Pena que é justamente no jogo que marca a recuperação do Atlético Mineiro, dentro do Mineirão. Pobre Germano. Deve voltar com uns três na sacola.
Zagueiro disponível O São Paulo dispensou Régis, aquele que era do Flu. Alguém precisa de um zagueiro aí? Até que eu topava – do jeito que anda minha zaga....
Figueirense x Cruzeiro Me recuso a dar palpites. Só escrevo uma coisa: Gomes, Luisão, Cris e Edu Dracena; Maurinho, Recife, Wendell, Alex e Leandro; Aristizábal e Deivid.
Esses caras não perdem para o Figueirense. Empate aí elimina milhões da loteria.
Jogaço na Arena Gostei das declarações dos jogadores do Corinthians contradizendo o Geninho. O técnico disse que empate na Arena contra o Furacão é bom resultado – os jogadores foram lá e negaram, disseram que o negócio é vencer sempre.
Tudo bem, a gente sabe que eles estão fazendo média, mas é um discurso mais bonito do que o covardérrimo “Fora de casa o empate é bom”.
***
Vitória cheio de problemas O clube baiano comprou parte dos direitos federativos de Zé Roberto ao Benfica, de Portugal, e acertou novo contrato com ele, uma vez que o anterior havia se encerrado. Só que a CBF não registou o jogador porque a Federação Portuguesa cagou um balde, não enviando o fax-autorização. Resultado: o Vitória pega a Ponte Preta no Barradão com dezenas de pressões na cabeça e ainda sem Zé Roberto, que vem sendo mais importante ofensivamente do que Allann Delon.
Devem estrear alguns juniores, como o meia Marcel. E Samir deve entrar ao lado de Nadson.
A Ponte Preta, por isso, deve ser mais um dos times a ganhar fora nessa rodada.
****
Vinícius, Finazzi, Vinícius, Finazzi, Vinícius.... Repita essa dupla e pare para pensar no quanto a zaga do Criciúma bate. Depois de ver as hilariantes cenas do goleiro Fabiano, do América Mineiro, tentando esmurrar o juiz, já posso me preparar para as loucuras dos dois atacantes do Fortaleza neste jogo contra o Tigre.
Dá Fortaleza, na bola e na porrada
***
O maior favorito da rodada
Hélio Rubens, dando palestra: só faltava colocarem o Charles Byrd de centroavante - deve ser melhor que o Sousa
Edmundo voltando, Marcelinho melhorando o desempenho, Beto treinando, Hélio Rubens, que deixou o basquete vascaíno, dando palestra sobre futebol, vitória fora de casa...
Tudo está dando certo para o Vasco, e vai continuar dando. São os maiores favoritos da rodada contra o Paraná Clube.
Marcelinho já deu o tom, já mostrou qual é o sentimento:
- O Vasco vai embalar. Com certeza que vai embalar. Com mais duas vitórias vamos estar entre os cinco primeiros – disse.
A frase pode parecer estranha, mas devo dizer que acredito em Marcelinho.
***
O dia ruim O domingo não é um bom dia para se falar comigo. Neste domingo, 16h, o Flamengo enfrenta o GRANDE INIMIGO, o odiado inimigo. Que Odin nos proteja. Vamos ganhar essa merda, Nelsinho, chega de achar que empate fora de casa é legal.
Off-topic - contradições Fugindo um pouco do assunto Futebol (mas não completamente), gostaria de entender o seguinte:
Rodrigo Santoro, ator, aparece em O Globo desta quinta-feira inaugurando uma academia de ginástica no espaço em que antes ficava um cinema.
Um ator inaugurando uma academia de ginástica.
Gostaria de entender então por que diabos o Vampeta, que é atleta, inaugura um cinema, e o Santoro, que é ator, inaugura uma academia de ginástica.
Até amanhã de manhã, com os comentários de mais uma rodada em que o Flamengo permanecerá em colocação com dois dígitos.
TRIsteza no Morumbi acaba em penta A festa acabou. Carlos Bianchi mais uma vez prevaleceu, montando um time que parece ter sido concebido para jogar Libertadores. O Santos se perdeu principalmente nas falhas de Fábio Costa e dos defensores.
Tevez berra depois do primeiro gol: prevaleceu a garra dos discípulos de Dieguito
No primeiro jogo, o tão falado goleirão (que pegou horrores na final do Brasileiro-2002) tomou um gol defensável de Delgado e ainda deu uma pixotada, rebatendo mal uma bola que provocou a expulsão de Reginaldo Oliveira e a falta do segundo gol - do mesmo Delgado.
No segundo jogo, eis o goleirão Fábio Costa no meio de campo, tentando cobrir os espaços deixados pelo avanço inconseqüente de seu zagueiro André Luis. E tome gol de Delgado novamente, justamente quando o Santos tinha acabado de empatar e parecia até ser capaz de pelo menos levar o jogo para os pênaltis.
E no final, Fábio Costa ainda deu uma entrada criminosa, provocando um pênalti. Deveria ter sido expulso, mas levou só cartão amarelo - enquanto certos comentaristas de arbitragem ficavam dizendo que o lance deveria ser "tiro indireto" ou "jogo perigoso" (algo assim).
O Boca foi mais competitivo, não há dúvidas. Bateu muito no primeiro tempo, e contou com o juiz uruguaio, que não deu um pênalti claro em Diego.
Como dizia o grande João Saldanha, vida que segue. O Santos tem um time novo, que ainda pode jogar novamente a Libertadores ano que vem (na minha opinião, estará lá, com toda certeza). E, com as lições aprendidas nesta triste final, poder conquistar o tão sonhado tricampeonato.
Agora, dói mesmo é pensar que podia ser o Paysandu o adversário.
Cai mais um Lamentavelmente a diretoria bugrina demitiu Pepe - como sempre, a culpa cai sempre no treinador. A decisão, porém, somente antecipou a saída do velho treinador, que tinha uma proposta para assumir o Al-Ahli, do Qatar, a partir de agosto.
Fica então devidamente atualizada com 14 nomes a lista dos demitidos.
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense
pela Copa do Brasil, mas já de volta ao Fortaleza)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair)
11 - Vágner Benazzi (Figueirense)
12- Marinho Peres (Juventude)
13- Joel Santana (Vitória)
14- José "Pepe" Macia (Guarani)
Esse Cruzeiro distante A torcida do Cruzeiro pode cantar aos quatro ventos: não vejo ninguém na minha frente. E mais: dificilmente verão alguém à frente pelo menos até setembro. Abriram somente três pontos sobre o São Paulo, só que o tricolor paulista pega o São Caetano (que está ali no bolo, com 24 pontos) enquanto o time mineiro vai a Santa Catarina encarar o Figueirense, um time que se mostrou razoavelmente montado na vitória sobre o Flamengo no Maracanã.
Nada, porém, que ameace Deivid (que golaço contra o Inter), Alex e cia. Só mesmo o Flamengo consegue perder para um time como o Figueirense, e ainda jogando no Maracanã. E não dá para pensar em comparar Flamengo com Cruzeiro - ainda que muito torcedor ensandecido tenha se sentido "vingado" com aquela vitória de 3 a 0 que não valeu porra nenhuma.
Vai ser difícil ver esse Cruzeiro em segundo, com Alexotan jogando a bola que está jogando - e com Deivid voltando a ser um atacante de primeira linha. Ele conseguiu passar Dimba (Goiás) e Luís Fabiano (São Paulo), ambos com 11 gols, e reassumir a liderança isolada da artilharia da competição, com 12 gols em 15 jogos, média de 0,8.
O golaço contra o Inter me lembrou aquele do ano passado, quando Deivid, ainda jogando pelo Corinthians, mandou um balaço de surpresa contra o gol do Atlético Mineiro no Mineirão - e o Corinthians acabou atropelando por 6 a 2.
E esse Cruzeiro me lembra um pouco aquele Palmeiras do Vanderlei Luxemburgo, não sei bem porquê - talvez por causa do meio-campo marcador e cheio de iniciativa, como era com César Sampaio, Zinho e cia.
Ou seja, esse Cruzeiro tem cara de títulos. Vem aí a tríplice coroa (Estadual + Copa do Brasil + Brasileiro).
O Inter, no entanto, mostrou bastante resistência em sua defesa e conseguiu fazer dois gols. É um time para crescer e quem sabe beliscar uma vaga na Libertadores, se acontecer o Milagre da Multiplicação dos Peixes nesta quarta-feira contra o Boca Juniors.
O São Paulo em crise O São Paulo em crise é o segundo colocado do Campeonato Brasileiro. O que acontecerá quando sair da crise? Bom, alguém disse por aí que o técnico interino-efetivado Rojas conseguiu segurar o rojão (um trocadilho de gosto duvidoso, se lembrarmos de 1990), mas o fato é que o São Paulo parece viver dessa crise - é como a doença gerando os anticorpos. A cada jogo eles precisam vencer para sair da crise e assim vão conseguindo os resultados. E olha que Luis Fabiano ainda não reestreou depois de sua passagem pela Seleção Brasileira na França.
O presidente Marcelo Portugal Gouvêa, porém, disse nesta segunda-feira, 30 de junho, que nos dez dias seguintes poderá haver novidades ruins para a torcida. O cartola revelou que o São Paulo recebeu uma proposta oficial do futebol do exterior pelo atacante Luís Fabiano - não disse qual clube. Ao que parece, é o Barcelona.
A caravela decola Do mesmo jeito que eu disse semana passada que a segunda-feira era tricolor, vale dizer que não só a segunda-feira como o resto da semana é do Vasco, melhor do Rio no campeonato. O time tem o Paraná Clube em São Januário como próximo adversário.
O time paranaense vem decaindo depois que Cuca abandonou o barco e partiu para o Goiás. O meia Marquinhos, ex-Flamengo e Bayer Leverkusen, já foi para o banco, e desde a estréia de Maurílio, contra o Paysandu, que o Paraná não sabe o que é vencer. Corrigindo: desde a vitória sobre o Flamengo.
De lá para cá, o Paraná perdeu para Paysandu, Juventude e Inter, e só empatou com o Atlético Mineiro porque o goleiro mineiro Eduardo tomou um frango, segundo ele, "culpa do refletor do estádio". Ah, bom.
Ainda é cedo para dar palpites na rodada do fim de semana, mas já adianto que acredito na subida do Vasco, que pode fechar com Djalminha.
Aliás, só para ninguém dizer que estou só falando bem do Vasco: Marcelinho, Edmundo, Beto, Djalminha....Olha lá o que vocês vão arrumar, heim?
Também resistiu O Fluminense resistiu bem ao Corinthians revivido - se não fosse Carlos Alberto ter jogado muito abaixo de sua capacidade, poderia ter saído com um empate. Ou quem sabe com uma vitória, se o mesmo Carlos Alberto tivesse chutado decentemente após uma boa (e única) jogada de Romário no primeiro tempo.
O Corinthians só mereceu a vitória, mais uma vez, por causa de Gil, que jogou o fino. Mas bem que a arbitragem poderia começar a proibir que os goleiros, na hora do pênalti, chegassem à cal antes dos atacantes. A defesa de Doni foi um assalto.
Mas o Fluminense ser roubado não é nenhuma novidade. Já foi garfado pelo sr. Giuliano Bozzano no empate (0 a 0) contra o Paraná, e foram assaltados contra o Goiás, em um pênalti no qual simplesmente dois jogadores tricolores foram derrubados ao mesmo tempo dentro da área.
Difícil saber como o Fluminense pode se defender dos roubos - o fato é que os assaltos vêm tirando pontos importantes do time.
De língua queimada Queimei a língua com o time reserva do Santos. Apesar do Bahia ter homenageado Evaristo de Macedo em uma semana festiva, o treinador conseguiu armar um time que perdeu de 4 para outro formado somente por reservas.
Olho vivo nesse Jerri (segundo o site, não é com Y como o rato do desenho animado, é com I mesmo), do Peixe.
O caminho do Vitória Edinho estreou com o pé direito contra o Furacão, em um jogo cheio de alternativas e que acabou mesmo no 1 a 0 para o time baiano. Enquanto Joel Santana procura um novo clube (os técnicos cariocas que se cuidem...), os rubro-negros baianos podem reencontrar o caminho da vitória, já que pegam o Goiás no Serra Dourada.
Neste Campeonato Brasileiro, um time que consiga vencer três seguidas nunca está completamente fora do páreo.
Ainda há esperança Nesta quarta-feira, muita emoção. Como nenhum dos dois é meu time mesmo, até torço para uma disputa de pênaltis - acho difícil fazer três no Boca Juniores de Carlos Bianchi, mas dois até que dá. Vamos lá, Peixe!