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wquarta-feira, abril 30, 2003


Os dilemas de Oswaldo de Oliveira
Hoje, sem dúvida, Oswaldo de Oliveira é o treinador de todos no Campeonato Brasileiro a acumular o maior número de "demissões". Escrevo entre aspas porque falo de "demissões" alarme falso, ou seja, a cada insucesso de sua equipe, o São Paulo - sem dúvida um bom elenco - as especulações sobre sua saída do clube aumentam, reaparecem, são levantadas.
Há três semanas, o apresentador de televisão Jorge Kajuru levantou a hipótese de que Oswaldo iria almoçar com Casagrande, hoje comentarista. O assunto: Casagrande assumiria o São Paulo em seu lugar.
A tese me pareceu improvãvel, para não dizer fantasiosa. O estranho é que Oswaldo confirmava o almoço ao vivo com Kajuru - porém, nenhum dos dois dizia com quem seria. Depois que Oswaldo saiu do ar, Kajuru revelou que era com Casagrande.
Como vários "furos" de Kajuru, a repercussão foi mínima. E até hoje não ouvi falar mais do assunto.
Antes de qualquer coisa, é preciso deixar claro que não há dúvidas quanto ao valor de Oswaldo de Oliveira como técnico. Pegou o time do Corinthians, levou a um título brasileiro, e logo em seguida a um título do tal torneio Mundial da FIFA - onde ficou na memória de todos por uma estranha comemoração abraçando a si mesmo.
Depois, seguiu para o Vasco e montou um timaço que não poderia realmente deixar de ser campeão, com Juninho Pernambucano jogando absurdamente, Euller na frente, Juninho Paulista dando aula e, last but not least, Romário colocando tudo para dentro.
Foi demitido antes de levantar a taça, porém. Eurico Miranda, irritado com o gênio do treinador, chutou o pau da barraca e o mandou pastar - ainda com o pretexto não de todo falso que ele teria abraçado Felipão antes da partida em que o Vasco empatou com o Cruzeiro em São Januário. Mas, claro, só um pretexto.
Em 2001, levou o Fluminense às semifinais do Brasileiro, um Fluminense que poderia perfeitamente ser campeão, jogando certo. Pegou pela frente um Atlético Paranaense irresistível, dentro da Arena da Baixada (o regulamento incrível de 2001 estabelecia somente um jogo no mata-mata, sendo esta a principal vantagem do time melhor posicionado na fase de classificação: o mando de campo). Fosse em dois jogos e o Fluminense poderia ter ido à final.
Saiu do Fluminense e ainda foi acusado de abandono de emprego. Mas, pelo que me parece, Oswaldinho teria sido impaciente com a diretoria tricolor e acabou optando pelo São Paulo - sonho de todo treinador, pelo menos na visão de Vanderlei Luxemburgo.
Ano passado, fez o São Paulo ter o maior número de pontos, montou um time excelente, com vitórias incríveis como os 6 a 0 sobre o Fluminense de Romário.
O incrível é que, mesmo com toda a campanha boa, houve na imprensa paulistana quem pedisse a cabeça do técnico após a derrota para o Santos nas quartas-de-final. Ora, se esse critério valesse, a cada rodada da Copa do Brasil haveria demissões em massa.
Perdeu para o Corinthians a vaga na final da Copa do Brasil-2002, o Rio-São Paulo 2002 e o Paulistão 2003.
Será culpa exclusivamente do técnico que a diretoria lhe dê como zagueiro o incrível Jean, que tomou um baile de Gil e Liédson?
Certamente que não.
O que, então, tem sido o maior obstáculo de Oswaldo de Oliveira?
Na minha opinião, seu temperamento. É capaz de ouvir absurdos ao vivo do Kajuru e ficar sorrindo, e no dia seguinte perder as estribeiras diante de microfones dos repórteres comuns.
Pelo pouco que conheço dos patrocinadores de futebol, eles odeiam quando o entrevistado pelo clube que patrocinam costuma dar shows em frente aos "displays" com a marca. A cada piti de Oswaldo, a marca localizada atrás dele fica associada a tumulto, a confusão.
Isso é só um ponto.
O outro é a própria relação com a imprensa. A mesma imprensa que tentou destruir Luiz Felipe Scolari e depois teve que se render ao campeão do mundo, essa imprensa que critica menos quando técnico ou jogador são "gente boa" e que desce o sarrafo em gente temperamental como Oswaldinho, mesmo que façam bom trabalho.
Não duvido que um boato sobre a demissão do gente-boa Joel Santana seja checado mais cuidadosamente do que um mísero peido sobre a defenestração do antipático Oswaldo de Oliveira.
Com um time de ponta, sem títulos. Com craques no estaleiro, como Kaká, e sem defesa. Com apoio do presidente, e rasteiras do vice. Assim segue em frente Oswaldo de Oliveira, que no início deste ano chegou a fazer um acerto verbal com o Flamengo, logo desfeito por algum dirigente que disse ser Evaristo um técnico que conhecia melhor o clube.
Já não sei mais dizer até quando ele fica no São Paulo, e nem mesmo se ele dura mais duas derrotas. Mas está visível que Oswaldo de Oliveira está, no tricolor paulista, perdendo a virtude que mais o caracterizava no início da carreira: a paciência.
Até quando vai a paciência de Oswaldo de Oliveira?


posted by Unknown at quarta-feira, abril 30, 2003


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Secada de mestre
Cuca, do Paraná, ganha o Prêmio Vaporetto (instituído agora) da semana, por sua boa secada contra o Coritiba, às vésperas do clássico em que, ao contrário do que afirmei lá embaixo, Odvan não vai estrear pelo Coxa.
"O Coritiba tem um conjunto mais entrosado e vai jogar em casa, ao lado da torcida. São ingredientes que o credenciam como favorito para vencer a partida", disse o técnico paranista. Boa secada mesmo. "Credenciam como favorito"...


posted by Unknown at quarta-feira, abril 30, 2003


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O Tapetão novamente
Não tenho conhecimentos de Direito Esportivo suficientes (acho até que, a essa altura, eu deveria ter) para criticar a decisão de dar os pontos para o Juventude do jogo em que o time gaúcho apenas empatou com a Ponte Preta.
Mas não posso deixar de ver com estranheza. Se um jogador atua dopado, o clube não perde os pontos (e nisso a lei está certa). Mas se atua irregular e não influencia em nada o resultado (caso de Jorginho, jogador que motivou uma ação do Fluminense em um Fla-Flu do Estadual), a não ser para demolir o próprio time, como é o caso do volante Roberto (da Ponte), aí o time ainda leva fumo no tapetão? Parece sacanagem.
O fato é que, com mais essa paulada no tapetão, a Ponte está em último. E eu não queria estar na pele do primeiro repórter a entrevistar o Abelão. O homem deve estar mais puto que dono de boiada sentindo cheiro de churrasco vindo da favela. Não quero nem ver.

posted by Unknown at quarta-feira, abril 30, 2003


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Entre postes e bondes
Um título desses poderia levar o leitor a pensar que este é um texto sobre um passeio em Santa Teresa, bairro meio bucólico do Rio, que insiste em conservar algumas fachadas e ambientes exatamente como eram há algumas décadas. Mas a semelhança entre o verdadeiro tema e esse que sugeri está apenas na mania de conservar o que é antigo. E paremos por aí, pois não sou nenhum fanático pelo bairro.
Nestes dias em que Parreira, este confuso Parreira que chama Diego e não chama Robinho e de repente chama Robinho, pois bem, nestes dias em que ele coloca Amoroso e Ronaldo no ataque da Seleção Brasileira, eu paro para refletir sobre essa "rua de Santa Teresa", ou "rua do Lavradio" do futebol brasileiro que é a camisa 9. Hoje, ela é - graças a Baco - sinônimo de Ronaldo Nazário, o sujeito que deu a maior volta por cima do esporte mundial em todos os tempos, saindo do quase-degrêdo para a conquista extraordinária de uma Copa, a artilharia, e a equiparação com Pelé em número de gols marcados em Copas (12).
Mas se temos Amoroso e Ronaldo na Seleção, e a camisa 9 amarela cada vez mais associada ao excelente atacante, por outro lado temos aquela velha mania, nos clubes, de conservar bondes, postes e paralelepípedos. Vide o caso do inacreditável Fernando Baiano no Flamengo, o grandalhão-grosso Souza no Vasco, o estranho Ademílson no Fluminense, e até o monoartilheiro Dill, que em quase um ano e meio de São Paulo - bom, na reserva - obteve a extraordinária marca de um gol. E contra o Botafogo, que ao contratá-lo pareceu repetir a mesma síndrome de Estocolmo que levou o Alvinegro a trazer Renato Sá do Grêmio em 1979. Afinal, Dill fez o gol que decretou de vez o rebaixamento do clube, naquele lamentável Botafogo 0 x 1 São Paulo.
(Explico o uso da expressão "síndrome de Estocolmo" - é a cunhada durante o seqüestro da filha do Randolph Hearst, que se apaixonou pelos detratores, pelos vilões. O Botafogo interrompeu uma série de 52 jogos invictos em 1979 graças a dois gols de Renato Sá, pelo Grêmio. No ano seguinte, Renato veio e acabou com a mesma série invicta do Flamengo, em uma tarde na qual Borrachinha, goleiro do Botafogo, foi comparado a Yashin por jornalistas de rádio.)
Por mais que os clubes evoluam, se tornem empresas, tragam treinadores capacitados, estudiosos, sempre prevalecerá a tese de que "o homem do gol, o matador" tem que ser um cara alto e, ao que parece, muito, mas muito merda. Vide aí o Jardel, consagrado -hoje, meio contestado no Sporting - na Europa por causa de gols de cabeça, e mais uma lista infindáveis, com Flamengo e Fluminense sempre liderando em termos de atacantes bizarros.
O Fluminense chegou a trazer Tulica, um centroavante que se vangloriava de ter a bunda grande, e com isso abrir espaço entre a zaga. Quase 20 anos depois, trouxe um inacreditável Andjelkovic, um sérvio que ficou conhecido por ter sido preso com dólares no sapato no Aeroporto Internacional.
E o Flamengo?
Radar, Marciano, Luisinho Tombo, Gaúcho, Borghi, Bujica, Nílson, Rogers, Beijoca. Este último, baiano, procedente do Bahia, só fez duas coisas: um gol contra o Náutico de cabeça e uma porrada no Baroninho ao final de um chocolate palmeirense por 4 a 1 em cima do Flamengo - em 1979, com show de Jorge Mendonça, um jogo que me fez ter aversão ao time verde paulista.
E agora, para meu horror, leio que o atacante Aloísio Chulapa finalmente confirmou o interesse rubro-negro em seu "futebol" - fato que me motivou a escrever essas morosas e entediantes linhas. Uma prova de retrocesso.
Cada torcedor, de cada clube, vai com certeza fazer uma lista enorme de jogadores que vestiram a 9 ou similar, e que um dia o fez se levantar na arquibancada e gritar "você é uma merda!" pelo menos 453 vezes seguidas.
Exceções? Claro que as há. Doval, ídolo, craque, tanto no Fla quanto no Flu - acho até que jogou mais no Fluminense, marcando um gol histórico no último minuto da prorrogação na final do Estadual de 1976, contra o Vasco. Cláudio Adão, excelente. Evair, eterno craque. Romário, Bebeto, esses craques. E Careca, extraordinário, excelente.
Mas são exceções que não derrubam a regra. Sem dinheiro para tentar um craque do nível desses citados, os clubes sempre criaram esse estigma, o de que o camisa 9 tem que "resolver". Ao ver Ronaldo explodindo o Manchester United em Old Trafford, me pergunto o que seria "resolver" se não aquilo ali.
Sei bem que é uma questão de preferência técnica, aliada à dificuldade financeira. Mas que já estava na hora de colocarmos asfalto nessa rua de paralelepípedos onde proliferam velhos "postes" e "bondes", ah, isso estava.

posted by Unknown at quarta-feira, abril 30, 2003


wterça-feira, abril 29, 2003


Seleção do campeonato - a dos pernas-de-pau
Goleiro - Paulo Musse (Vitória)
Lateral - Adeildo (Bahia)
Zagueiro - Jean (São Paulo)
Zagueiro - Paulão (Guarani)
Lateral - Ronildo (Ponte Preta)
Volante - Emerson (Guarani)
Volante - Bruno Lazaroni (Vasco)
Meia - Jorge Wagner (Corinthians)*
Meia - Léo Lima (Vasco)
Atacante - Fernando Baiano (Flamengo)
Atacante - Clodoaldo (Fortaleza)


* Merece entrar só pela atuação pífia contra o Flamengo.


posted by Unknown at terça-feira, abril 29, 2003


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Sonho adiado
E Edmundo fica mais 15 dias sem estrear no Vasco, o que torna, na minha opinião, o Fluminense favorito para o clássico de domingo. No fundo, todo mundo já sabia que Edmundo não teria a mínima condição de se recuperar para este domingo, e a confirmação das suspeitas veio quando o próprio jogador denunciou as cagadas do pessoal de apoio, dizendo que até seu preparador-físico, Bebeto de Oliveira, havia sido precipitado.
Ainda é cedo para falar, mas tenho a impressão de que as voltas de Edílson e Edmundo terão ligeira semelhança. Com pequena, mas pequena vantagem para o Flamengo, em função da provável melhor forma do primeiro.
Da última vez em que Edmundo voltou ao Vasco com pompa e circunstância, o Flamengo foi campeão estadual. A memória seletiva dos torcedores do Vasco, porém, só o leva até aqueles 4 a 1 de 1997 (um placar que não reflete muito o que foi aquele jogo, cheio de chances para os dois lados). Esquecem que de lá para cá o Animal já enfrentou o Flamengo umas 12 vezes e só arrebentou mesmo na final da Taça Rio de 1999.
Será que este novo Edmundo será o de 1997 ou o o de 2000, quando mandou o pênalti decisivo contra o Corinthians para fora do estádio?


posted by Unknown at terça-feira, abril 29, 2003


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Seleção do Campeonato - até esta sexta rodada
Goleiro - Júlio César (Flamengo)
Lateral-direito - Russo (Vasco)
Zagueiro - Fábio Luciano (Corinthians)
Zagueiro - André Bahia (Flamengo)
Lateral-esquerdo - Athirson (Flamengo)
Volante 1 - Josué (Goiás)
Volante 2 - Dudu Cearense (Vitória)
Meia - Alex-xotan (Cruzeiro)
Meia - Diego (Santos)
Atacante - Deivid (Cruzeiro)
Atacante - Dimba (Goiás)


É para rolar polêmica mesmo.


posted by Unknown at terça-feira, abril 29, 2003


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E o Bahia vai para a cova - ou uma Crönica que dá voltas
Nos tempos em que meu pai conversava diariamente comigo sobre futebol - em especial nos anos de 1979 a 1983, esses anos tão especiais para um garoto rubro-negro e seu pai - me lembro de ele ter a velha mania denunciada por Luiz Fernando Veríssimo em uma crônica famosa. A síndrome do Ipojucan.
Consiste no sujeito que em uma mesa de futebol onde se fala de grandes esquadrões, sempre cita jogadores mais ou menos duvidosos, mas que "seriam melhores que Pelé, mas foram injustiçados". Enfim, a velha mania de desdenhar do aqui e agora para dizer que "aquilo sim é que era time, não esses caras aí".
Eu sofro diariamente desse mal - eu vi Júnior jogar onde hoje de vez em quando temos o Cássio. E palavras não bastam para definir Júnior, este craque extraordinário. Vi Andrade jogar ali onde volta e meia o Jorginho dá botinadas. Vi Leandro matar uma bola no peito subindo dois metros de altura - mais ou menos ali onde o Alessandro de vez em quando escorregava na bola ao tentar pateticamente dar pedaladas.
E vi, claro, um senhor chamado Arthur Antunes Coimbra envergar a mesma camisa que foi vestida no domingo passado pelo Fernando Diniz, a camisa 10.
Meu pai, porém, certamente não era saudosista à toa: me lembro como se fosse hoje do time enunciado começando com "Chamorro, Tomires e Pavão". Seguia por aí até chegar em "Evaristo, Dida e Zagallo" - o time tricampeão de 1955.
Aqueles enunciados constantes de meu pai me fizeram crescer com um gigantesco respeito por Evaristo de Macedo, sujeito que depois de ganhar o tricampeonato pelo Flamengo foi fazer fama na Espanha, tendo tanto sucesso pelo Barcelona que fez o caminho árduo de ir para o rival Real Madrid. E foi respeitado nas duas torcidas. Ainda voltaria ao Flamengo, para uma passagem de menos brilho.
Enfim, Evaristo tem uma história de amor ao clube. Como técnico, conseguiu ser campeão brasileiro pelo Bahia em 1988, com um time em que Paulo Rodrigues dava as cartas no meio-campo, liberando Bobô para criar e Charles Baiano para meter gols.
Ali, talvez, Evaristo de Macedo poderia ter pendurado a prancheta de técnico e ido tomar gelados chopes no La Mamma (coisa que hoje, meio injustamente, faz o Luiz Carlos Nunes da Silva, o Carlinhos). E isso três anos depois de deixar a Seleção Brasileira, dizendo que estava muito preocupado com os milhões de dólares que iria gastar. Enfim, Evaristo poderia hoje até ser um bom comentarista.
Mas não. Teimou e continuou sendo técnico, sem se reciclar, sem estudar, sem enxergar que o futebol foi mudando e, com ele, a preparação física.
Resultado: o caos na Gávea. Preparador marcava treino fim de semana, Evaristo ia e liberava o elenco. Preparador queria programar exercícios de alongamento, Evaristo colocava o time para chutar a gol após o treino, fazendo com que assim o time do Flamengo fosse perdendo força . Descuidou da parte tática completamente, parou com treinos específicos, centralizou tudo, fazendo até com que membros da comissão técnica começassem a torcer para o time não ser campeão estadual.
Com excesso de centralização, é difícil vencer no futebol. Até mesmo técnicos que parecem verdadeiras Marias Antonietas de Ego, na verdade, por trás das cortinas, delegam funções a competentes auxiliares em diversas áreas - vide Vanderlei Luxemburgo.
Evaristo de Macedo merece estar no panteão dos ídolos, e merece o respeito eterno. Mas jamais deveria ter continuado a ser técnico, jamais deveria ter levado o Flamengo a um vexame histórico no Estadual.
Agora, pega o Bahia. Começará com a façanha de perder a vaga na Copa do Brasil para este fraco time do Vasco em São Januário. E concluirá seu trabalho com a queda do Bahia para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.
Evaristo pode ter sido um grande Ipojucan como jogador. Mas jamais o será como técnico.
Errata: antes da correção, eu havia escrito POJUCAN, quando o certo é IPOJUCAN

posted by Unknown at terça-feira, abril 29, 2003


wsegunda-feira, abril 28, 2003


Ainda falta atacante
O Edílson que fez um golaço no Real Madrid, por aquele torneio dito Mundial da FIFA que só teve uma edição, seria a solução perfeita para o ataque do Flamengo: explosão, drible, chute forte, objetividade, e obediência tática.
Seria mesmo?
É bom lembrar que, meses depois, naquele mesmo ano - como não se cansa de apregoar o sr. Cascalho Ventura, corintiano emérito - Edílson e o sr. Vampeta se abstiveram de bater pênaltis em uma série decisiva contra o maior rival, o Palmeiras. E valendo vaga na final da Libertadores.
Cobraram os pênaltis o jovem Edu (na época com 18 anos) e o lateral índio (que não é apelido, era índio mesmo). Isso diante de um Morumbi com 70 mil pessoas.
Em suma, que Edílson tem o dom do futebol, isso não se pode negar. Afinal, foi artilheiro do Estadual-2001 desbancando Romário e não amarelou na final contra o Vasco - onde o Flamengo conseguiu o título com um gol de falta de seu desafeto, Petkovic. A falta inclusive tinha sido sobre Edílson.
Curioso é não ver o Capetinha correndo para abraçar Petkovic nem em um momento sublime como aquele, onde desafetos que têm a mesma paixão chegam a se reconciliar.
Esse momento e o da cobrança de pênaltis pelo Corinthians me leva a crer que Edílson não é realmente um jogador de grupo e muito menos um jogador que dê a sua torcida nem um centésimo da paixão que ainda exibem por aí um Rondinelli, um Júnior, um Nunes e, claro, um Zico.
Na verdade, Edílson não ama mais o Flamengo do que, por exemplo, Felipe Mello.
Saiu do clube após ser expulso infantilmente do primeiro jogo contra o San Lorenzo (ARG) pela decisão da Copa Mercosul de 2001. Em um Maracanã simplesmente tomado pela torcida rubro-negra, ele inventou uma cotovelada idiota em um argentino e levou o cartão vermelho.
Seis meses antes, atirou um saco de urina no goleiro Clemer. E inventou dezenas de brigas com Petkovic.
Agora, Edílson volta ao Flamengo como solução para o ataque. Volta a um Flamengo em paz, com poucas estrelas (apenas Felipe é estrela problemática, e é com ele que devem rolar as merdas prováveis), unido por Nelsinho, unido por jogadores medianos, que se esmeram na marcação - basta ver que o clube está mais resistente, fisica e taticamente.
Para mim, é uma incógnita, esse reforço. Até porque deve levar pelo menos 20 dias para entrar em forma a ponto de estrear.
Mas me pareceu definitivamente uma jogada perigosa da diretoria rubro-negra, trazer um jogador estrela, problemático, para um grupo que está começando a ganhar coesão agora. Resta saber se ele vai se enquadrar. Caso isso aconteça, o Flamengo passa a ser um dos candidatos ao título - ainda que um candidato de segundo escalão - no primeiro escalão continuam Santos, Cruzeiro, Corinthians.



posted by Unknown at segunda-feira, abril 28, 2003


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Caiu o segundo
A segunda vítima do Brasileirão (depois de Luis Carlos Cruz, do Fortaleza) é Bobô, do Bahia, que pediu demissão. As razões eu ainda não sei - quer dizer, as razões específicas, porque as razões no geral todo mundo sabe. A pressão da torcida, os resultados fracos e o sucesso do Vitória com Joel Santana foram decisivos.
Bobô deve ter se aborrecido muito com os insistentes pedidos da torcida por Evaristo de Macedo. Não deve ser mesmo fácil você ser técnico e ouvir gente pedindo pelo Evaristo.
E a diretoria baiana já atendeu o pedido: Evaristo segue hoje para Salvador para assinar contrato.

posted by Unknown at segunda-feira, abril 28, 2003


wdomingo, abril 27, 2003


Vento minuano
Colorados na frente no Paraguai (eleições), colorados na frente aqui no Brasileirão. A terra não é azul.

posted by Unknown at domingo, abril 27, 2003


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O Rio faz a festa
Parabéns ao tricolor
O grande resultado carioca desta rodada foi sem qualquer dúvida a vitória tricolor sobre o Grêmio, no Olímpico, resistindo às pressões dos adversários, de sua torcida, dos dirigentes, de tudo. O 1 a 0 do Flu em cima do Grêmio foi daqueles momentos de superação que fazem o futebol valer a pena cada vez mais. Não tive a oportunidade de ver o jogo, mas ouvi que Darnlei ainda salvou o famigerado time gaúcho de pelo menos mais dois gols.
E, no mais, por mais que eu tenha rivalidades locais pesando, entre meu time e o Fluminense, tenho um prazer especial em ver o Grêmio perder.
Renato Gaúcho consegue a sobrevida justamente contra o time que o lançou para o futebol. O Flu está de parabéns.
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Empate excelente
O empate do Flamengo também foi outro grande resultado. Nelsinho conseguiu armar o time bem na defesa, não deixando Gil jogar todo seu gigantesco futebol, e até Liédson não rendeu tanto quanto foi propalado durante a semana. Fez o gol, é verdade, mas acredito que isso se deveu mais ao fato de Athirson estar em sua marcação no momento do cruzamento do que a qualquer outro fator. Paulo Miranda e Igor estrearam? Eu não sei.
Pela primeira vez, sou forçado a dizer que Jean jogou bem, tendo quase sido assassinado pelo violento zagueiro Anderson, do Corinthians. E obviamente o fraquíssimo árbitro nem pensou em expulsar Anderson - sem nenhuma sombra de dúvida, a única coisa que um árbitro decente poderia fazer diante de uma entrada tão violenta
Mas creio que falar das péssimas arbitragens no Brasil já é chover no molhado. Vi na coluna do Oswaldo Tinhorão um leitor comentando que o sr. Giuliano Bozzano roubou o Fluminense DENTRO DO MARACANÃ, CONTRA O PARANÁ.
Até quando esse senhor vai prejudicar os espetáculos, é pergunta que eu não sei quem poderia responder.
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Sem Marcelinho o Vasco não é nada
O Vasco sentiu muito a falta de Marcelinho contra o também violento São Caetano. Seu meio-campo carecia de criatividade, Bruno Lazaroni tentou jogar um pouco mais à frente, sem sucesso, e o jovem Danilo se destacou, mas como jogou muito sozinho, não foi suficiente. Prevaleceu a boa jogada de Léo Lima e Marques, com o segundo mandando para dentro logo aos 50 segundos de jogo.
E depois, o Vasco garantiu a boa vitória - derrubando a invencibilidade do São Caetano com a atuação espetacular de seu excelente goleiro, Fábio. O Vasco tem mesmo tradição de lançar bons goleiros.
E o Flamengo, tradição de derrubá-los - vide 1999, quando Rodrigo Mendes derrubou Germano, e 2001, quando Petkovic derrubou Hélton.
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O Papão está demais
Volta a polêmica: o que pode ter feito esse time do Paysandu apanhar de 6 do Corinthians, se não o cansaço das longas viagens Belém-São Paulo-Libertadores da América?
O Paysandu pode fazer história no futebol brasileiro este ano. Se passar pelo Boca Juniors, se chegar a uma final de Libertadores, dificilmente deixarão o título escapar - o Papão não tem essa síndrome de vice, que fez o São Caetano entregar de bandeja uma Libertadores para o Olimpia do Paraguai.
Sua vitória acachapante, humilhante, sobre o bom São Paulo do pedante Rogério Ceni, diz muitas coisas. A melhor delas é que finalmente o futebol brasileiro começa a sonhar em ter mais centros de referência. Sim, imaginem um Brasil com o futebol do nordeste forte (com esse Vitória, com os times de Recife), com o futebol do norte bem (com o Papão), com o futebol em ascensão de Santa Catarina, com o já consolidado futebol paranaense, imaginem um país desse tamanho onde em todas as capitais predominam times de frente, capazes de conquistar torneios internacionais.
Sim, estou torcendo muito para o Papão nessa Libertadores.
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Goiás se levanta
Uma paulada de 7 a 0 no Juventude, e lá se vai Cristóvão Borges. Ainda não apareceram notícias sobre a situação do técnico, mas duvido que ele se mantenha no cargo depois disso. Dimba começa a se projetar de novo, com seis gols. O atacante que já foi sinônimo de escárnio no Botafogo - e deu o gol do título estadual de 97 para os alvinegros - já mostrou vocação ano passado com seus 16 gols jogando pelo Gama. Agora, entra em um time montado que, com uma goleada sensacional (que deverá ser a maior do Brasileiro deste ano), parece se reerguer.
O futebol goiano ainda deu mostras de força ao ganhar do Botafogo na estréia da série B, no sábado. Um jornalista goiano com quem falei na mesma noite me deu um retrato meio sonolento do jogo.
Talvez por isso a televisão esteja demorando tanto a comprar os direitos de transmissão, o que configura uma sacanagem incomensurável com os torcedores. Ano passado não havia nenhum dos dois clubes grandes na Segundona, e esta foi transmitida sem maiores problemas.
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O Furacão arrasa
Os 2 a 0 do Tigre no primeiro tempo me levaram até a pensar que dessa vez Vadão iria dançar. Mas Dagoberto e Ilan estavam muito bem. O jovem Dagoberto cobrou uma falta no ângulo do gol catarinense com maestria de veterano. O Furacão vai recarregando as energias e em duas ou três rodadas pode entrar no bolo.
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A coluna 1 mais garantida
O Fortaleza tem um bom time, mas era óbvio que não iria resistir ao Peixe dentro da Vila Belmiro. Os 4 a 0, no entanto, saíram barato para um time que contrata Macedo como reforço para o ataque. A melhor definição de Macedo foi de Paulo César Vasconcelos, na ESPN: "Esse quando parar de jogar vai ter a maior loja de material esportivo do Brasil, tal a quantidade de camisas de clube que ele deve ter".
Leão se empolgou de vez com Renato, dizendo que o meia teve uma "atuação maravilhosa". E ainda deu uma cornetada em Parreira, indicando o jovem jogador. Se eu fosse o Parreira, ligava pro Leão e pedia para ele não encher o saco.
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Zzzzzz....
Em uma rodada tão cheia de gols, Ponte Preta e Figueirense deveriam perder pontos por permitirem um 0 a 0 tão sonolento.
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A mesma velha ladainha
O Tapetão vem aí de novo. O São Caetano vai pedir os pontos do jogo contra o Flamengo, reclamando da escalação supostamente irregular de Luciano Baiano.


posted by Unknown at domingo, abril 27, 2003


wsábado, abril 26, 2003


Rodada dura para o Rio
Dos três cariocas, o que tem mais chances de salvar a rodada carioca é o Vasco, que joga em São Januário contra o São Caetano com Marcelinho voltando ao time. O controvertido meia vascaíno tem "sobrado" no time e no campeonato, jogando muito futebol, e deve desequilibrar contra o time de Mário Sérgio.
Edmundo deve assistir o jogo hoje das tribunas. Conta-se que estréia contra o Fluminense - eu apostaria numa estréia contra o Bahia, no domingo seguinte.
Mas enquanto o Animal não estréia, o jeito é contar com as cobranças de faltas de Marcelinho. Que não têm sido treinadas por causa do estiramento.
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Um Fernando melhor
O Flamengo, com Paulo Miranda e Igor estreando no meio-campo, pega a parada mais dura de todas, o Corinthians de Gil e Liédson, além do lateral Kléber, que vem melhorando sua performance. Acho que o fato de Fernando Baiano estar fora é um ponto positivo para o Flamengo, melhor jogar logo com Fernando Diniz - por pior que seja, é bom driblador - lá na frente, ajudando a marcar, do que com um jogador que só está lá para errar.
Eu gostaria que o Corinthians ficasse com a cabeça no River Plate. Uma vitória sobre o Timão em São Paulo daria uma tremenda moral para o time do Nelsinho.
Seria bom ficar de olho no estreante Igor, que fez bom campeonato ano passado pelo Figueirense.
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Renato na corda bamba
Os jogadores do Fluminense já começaram a se organizar para defender o cargo de Renato Gaúcho, rifado na véspera da partida contra o Grêmio pelo presidente do clube, David Fischel. É mau sinal. O clube já sente a crise chegando depois da derrota para o Sport no Maracanã pela Copa do Brasil. Basta um resultado muito acachapante, uma porrada do Grêmio, para tudo desabar. Perder de 1 a 0, 2 a 0, 2 a 1, tudo bem, será normal.
Mas se vier uns 4 ou 5, aposto como Renato pega o boné.
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A chance de Candinho
O Goiás ainda está com Candinho - a vitória no primeiro jogo contra o Botafogo pela Copa do Brasil deu prestígio ao técnico, e ninguém em Goiânia acredita que ele vá ser demitido, assim como todos acham que sairão do Maracanã quarta-feira com a classificação garantida.
Pegam o Juventude, o confuso Juventude, em casa, no Serra Dourada, com a torcida - que não é tão grande como a do Vila Nova que enfrenta o Botafogo pela série B - em cima, bafejando no cangote.
É o momento para o Goiás sair do atoleiro em que se encontra desde que tomou uma porrada do Cruzeiro domingo passado.
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Dá-lhe Papão!
Um jogo cheio de expectativas é este Paysandu x São Paulo, logo depois que o Papão da Curuzu obteve histórica vitória sobre o Boca Juniors (1 a 0) na Bombonera, pela Libertadores. A torcida paraense deve transbordar do Mangueirão, em uma festa merecidíssima.
Jogam contra este time do São Paulo, que vem querendo embalar, sob a expectativa da vinda de França (disputado também por Flamengo e Cruzeiro). Há quem diga que o Bayer Leverkusen cederia o ótimo atacante ao São Paulo em troca do meia Júlio Batista, mas é cedo para confirmar qualquer coisa. O Bayer ainda lutará para escapar da Segundona.
Aqui, a realidade é outra, tanto para o São Paulo, que vem melhorando o astral, quanto para o Paysandu. E Darío Pereyra enfrenta mais uma vez o clube que o consagrou na década de 70;
Eu colocaria empate na loteria. Mas, como sempre, tem aquele fator de desequilíbrio: Luis Fabiano, que aterroriza muito mais as defesas do que o similar do Papão, o bom artilheiro Robson (o Robgol).
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Termino de escrever esse texto com a cara quebrada. O "massacrante" Vitória tomou uma paulada de 3 a 0 do Inter no Barradão.

posted by Unknown at sábado, abril 26, 2003


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A inveja do juiz
Assistindo hoje de manhã a Bayer Leverkusen 2 x 2 Borussia Moenchengladbach, fiquei com inveja do nível da arbitragem que os comedores de chucrute utilizam em seu soporífero campeonato (vencido, aliás, hoje mesmo pelo Bayern de Munique com um mês de antecedência). O árbitro da partida, cujo nome eu não sei e não tenho a menor possibilidade de saber, deu carfões amarelos sem nem olhar para o jogador, sem fazer pose, sem ouvir reclamações. E sempre dava cartões corretamente.
Agora, um lance me chamou a atenção. No segundo tempo, o atacante Berbatovy, do Leverkusen, trocou uns tapas-socos-ameaças com o goleiro Stiel, do Moenchengladbach.
O árbitro não viu. Mas o auxiliar viu, chamou, e imediatamente o cartão amarelo foi aplicado aos dois babacões.
Por que isso não acontece no futebol pentacampeão com mais freqüencia, eu não consigo entender.

posted by Unknown at sábado, abril 26, 2003


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Este Vitória massacrante
Com algum atraso começo a atualização do Nove Meses, ainda sob o impacto do massacre rubro-negro (do Vitória) no Palestra Itália. É claro que todos enfatizaram o fato de o Palmeiras estar em uma draga eterna, o fato de Marcos ter enlouquecido, e as falhas de Neném e Gustavo (expulso em um lance do qual deveria ter saído algemado). Mas creio que um certo preconceito contra os times fora do eixo Rio-SP-MG-RS ainda consegue abafar o fato de que o Vitória, apesar de Joel Santana, está jogando muito bem. Como joga esse meia-volante Dudu Cearense! Aliás, me parece que ele estava na Seleção Sub-20. Incrível a quantidade de jogadores que jogam as seleções de base e não obtém uma chance sequer na principal.
Para não falar de Nadson.
Por causa desse Vitória empolgante, é que acho que o Internacional vai ter problemas hoje para manter a boa fase. O mais interessante é que, assim como os baianos, também o Inter é um time de jovens valores. Deve ter emoções do início ao fim, esse Vitória x Inter.
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O Galo que fique alerta
O Atlético Mineiro defende a liderança no Mineirão contra o Coritiba. Aposto como Paulo Bonamigo vai mandar fechar a porteira paranaense, e marcar duro no meio-campo, onde Lúcio Flávio (aquele, ex-Paraná e Coritiba) tem aparecido mais para os lançamentos visando laterais e atacantes. Mas é exatamente lá que Bonamigo deve colocar uma tranca mais forte. Tem a maior cara de empate esse jogo - tudo vai depender do Marechal da Derrota (royalties para Eduardo Tironi) Guiherme deixar sua marca. E da defesa atleticana não dar mole para o inteligente meia Tcheco. Se derem mole, pode pintar zebra.
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O Bahia vai à luta
Os outros baianos, o tricolor Bahia, devem jogar mais aliviados após a vitória sobre o Vasco na Copa do Brasil. Os jogadores que estavam sob maior pressão - Preto, Jair e Valdomiro - podem subir de rendimento contra o Paraná Clube. Só que o jogo é no Pinheirão e Cuca deve colocar o time para pressionar. Sou mais o Paraná, neste momento.
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O Cruzeiro resplandecerá?
"Resplandece" é um dos verbos mais estranhos do hino nacional. Talvez por isso seja a expressão mais adequada para definir a perspectiva do Cruzeiro contra o Guarani, neste perigoso jogo no Brinco de Ouro. Além de estar sem Alex-xotan, o Cruzeiro ainda encara a pressão campineira, um Vágner em ascensão e as cabeçadas de Creedence. É claro que os mineiros ainda terão Deivid, artilheiro do campeonato, que deve deitar e rolar em cima de Emerson, o cabeludo que sempre faz as vezes de cão de guarda dos artilheiros (e sempre se dá mal).
Mas no Brinco de Ouro é sempre perigoso.
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Craque sob pressão
Um dos maiores craques da Copa de 2002 e da Seleção Brasileira pentacampeã, na minha modesta opinião, foi o meia Kléberson - um dos poucos que ainda jogam no Brasil, já que Anderson Polga deve ir para o Benfica. Nem temos um ano da conquista e o meia já é meio contestado no Atlético Paranaense.
O que me faz concluir que o craque sempre leva a culpa, mesmo em um time que coletivamente vai mal, como é o caso do Furacão
- Embora tenha ficado devendo tecnicamente, em termos de marcação e movimantação ele foi bem - disse o técnico Vadão, defendendo (com razão) seu jogador.
Contra o Criciúma, o Furacão deve ter de volta o atacante Ilan, que não jogou contra o Fortaleza.
Mas o maior reforço mesmo deve ser a Arena da Baixada. Fosse no Heribertão, acho que dava Tigre, pelo momento de ascensão de um e queda do outro.
Colunas 1
Não tem muitas Colunas 1 fáceis nessa rodada. O Paraná é a mais fácil. Em seguida vem Santos (contra o Fortaleza, com Diego e Robinho felizes pela convocação), Vasco (Marcelinho joga contra o São Caetano), Figueirense (o time da Ponte é muito jovem e pode não suportar a pressão da Ressacada).
Agora, não dá para cravar coluna 1 em um Corinthians x Flamengo - dá para dizer que o time de Gil e Liédson é favoritíssimo, disparado, quase 90%.


posted by Unknown at sábado, abril 26, 2003


wterça-feira, abril 22, 2003


Barriga do Nove Meses
Mais uma vez o Nove Meses pisa na bola e dá informação errada: disse lá embaixo que o técnico do Juventude Cristóvão Borges era um dos que estavam tranqüilos no cargo deste Brasileirão, mas errei: Cristóvão teve a cabeça pedida pela torcida após o empate com o Vitória no domingo passado, em Caxias. Segundo informam agências de esporte, a razão foi ele ter substituído Marcelo no segundo tempo.
Cristóvão passa assim ao estado "Com febre alta".

posted by Unknown at terça-feira, abril 22, 2003


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Agora vai
Agora Bonamigo vai mesmo para o patíbulo: o Coritiba apresentou na tarde desta terça-feira o intempestivo Odvan como seu mais novo reforço para a zaga. O zagueiro-zagueiro estréia daqui a duas semanas, no clássico contra o Paraná Clube.

posted by Unknown at terça-feira, abril 22, 2003


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A CTI dos técnicos
Uma pequena análise do quadro atual de técnicos do Brasileirão:
Com saúde plena:
Nelsinho (Flamengo) - apesar da derrota para o Santos e de sofrer com a falta de atacantes, mudou o time da água para, bom, para o vinho, mas de procedência duvidosa. Está prestigiadíssimo. Ainda terá problemas com Fábio Baiano e talvez com Athirson, por causa da carga puxada demais nos treinos.
Geninho (Corinthians) - faz campanha belíssima na Libertadores, com apenas uma derrota, para o Cruz Azul. A vitória no Paulistão o levantou - andou apanhando um pouco dos críticos.
Leão (Santos) - dispensa comentários. Campeão Brasileiro, e com chances na Libertadores.
Muricy Ramalho (Internacional) - tem um time de jovens, classificou o Inter para as finais do Gauchão (que serão no meio do ano) e obteve vitórias importantes com a garotada.
Vanderlei Luxemburgo (Cruzeiro) - atualmente dirigindo o grande favorito do campeonato. Começa a pressionar a diretoria em busca de reforços, mas está com crédito.
Pepe (Guarani) - a vitória sobre o Vasco na estréia fez bem ao "seu" Macia. Tem perdido, mas nenhuma derrota anormal, acachapante.
Celso Roth (Atlético-MG) - as voltas que o mundo dá. Celso Roth é o segundo colocado no Brasileirão.
Joel Santana (Vitória) - outra dessas voltas incríveis que o mundo dá. O sr. Estadual venceu o campeonato baiano e está bem no Brasileiro - conseguiu um pontinho precioso contra o Juventude fora de casa.
Édson Gaúcho (Criciúma) - está mandando soltar e mandando prender. Após o empate contra o São Paulo, reclamou do juiz e atacou até o presidente da Federação Catarinense (tenho medo desse negócio de Federação Catarinense, por causa do sr. Giuliano Bozzano): "Não adianta chamar o presidente da Federação para ele vir aqui fumar charuto. Ele tem que tomar providências pois o Criciúma é um clube filiado.
Cuca (Paraná Clube) - com humildade, paciência e alguma competência, Cuca vai fazendo o Paraná Clube ter a melhor campanha entre os paranaenses. Lá no Pinheirão, ficar na frente do Coxa e do Furacão no Brasileirão é puro delírio.
Cristóvão Borges (Juventude) - o prestígio de Ricardo Gomes é tanto que para demitir seu discípulo, só se a seqüencia de resultados for muito ruim. E se o dirigente tiver o número de celular do Ricardo, para pedir permissão.
Dario Pereira (Paysandu) - ninguém tira Dario Pereira enquanto o Papão estiver indo bem na Libertadores. Se ganhar do Boca, vira rei. Goleada de 6 a 1 para o Corinthians? Quem lembra?
Ferdinando Teixeira (Fortaleza) - voltou ao Leão no lugar de Luís Carlos Cruz, de forma surpreendente. E com alguns bons resultados conseguiu se firmar. Só sai se apanhar demais.
Recebendo antibióticos
Oswaldo de Oliveira (São Paulo) - já se sabe que quem pede sua cabeça é a Torcida Independente, que inclusive foi vaiada pelo resto do Morumbi durante o jogo contra o Vasco. Mas ter Márcio Aranha como vice-presidente pode ser um incômodo para Oswaldinho.
Abel Braga (Ponte Preta) - seu time perdeu pontos no tapetão e vem perdendo pontos na bola. Começa a falar demais, reclamar de regulamentos, de escalações irregulares. Um filme já conhecido.
Mário Sérgio (São Caetano) - apesar de não ter nenhum título, é misteriosamente alardeado por diversos setores da imprensa como o "maior estrategista do futebol brasileiro. Porém, foi vaiado pela torcida após o quarto empate do Azulão (o terceiro dentro de casa). Está começando a ficar estressado.
Vágner Benazzi (Figueirense) - teve vários reforços, entre eles o veterano Evair. Mas o Figueira, que começou dando trabalho, começa a se perder no Brasileirão.
Com febre alta
Bobô (Bahia) - pobre Bobô. Depois da saída de Candinho, colocaram Gil Baiano para o Estadual, e o Bahia se arrebentou. Aí, numa quinta-feira (pós-Cinzas) chamam o ex-craque para comandar um grupo ainda indefinido. A derrota para o Atlético Mineiro só não foi usada como argumento para derrubá-lo porque o Bahia jogou com dez.
Renato Gaúcho (Fluminense) - tem reclamado de tudo. No Estadual, reclamou de arbitragens, e disse que "já está definido o campeão". Rodadas depois, foi para a final com o Vasco e ninguém ficou sabendo quem era esse campeão. Agora, vem insistindo por novos atacantes. Os que estão lá ficam ressabiados. O elenco corre risco de rachar.
Tite (Grêmio) - depois de ser o xodó da imprensa esportiva após vencer o Corinthians em 2001 pela Copa do Brasil, Tite passou a freqüentar perigosamente a boca da caçapa. Fracasso do Grêmio na Libertadores poderá lhe trazer alguma dor de cabeça.
Antônio Lopes (Vasco) - o eterno treinador da camisa bizarra (verde, amarela, vermelha, varia a cor mas se mantém a cafonice) andou na corda bamba no Estadual - mas Eurico não admitiu. Se o Vasco perder pro Bahia na Copa do Brasil e for eliminado, pode balançar.
Respirando com ajuda de aparelhos, pedindo extrema-unção
Paulo Bonamigo (Coritiba) - nem a vitória sobre o Figueirense deve melhorar sua situação. Vem mudando demais o time durante os jogos, parece não ter uma definição. O bom meia Lima muda de posicionamento toda hora. Essa confusão passada aos jogadores costuma prejudicar.
Oswaldo Alvarez (Atlético-PR) - a paulada que levou do Paraná Clube de 3 a 0 reiniciou o côro dos descontentes. A derrota para o Fortaleza domingo passado arregimentou mais integrantes.
Candinho (Goiás) - a cada derrota ou empate tem um dirigente do Goiás dizendo que "Candinho chegou agora e precisa de tempo". Só que o tempo está passando, e o bom time montado por Nelsinho continua apanhando.

posted by Unknown at terça-feira, abril 22, 2003


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O Eixo contra os mineiros
Mais uma vez - sei que estou repetitivo nesse ponto - recomendo a leitura da coluna de Oswaldo Tinhorao, sobre a relação intempestiva do time das Alterosas com o fracasso. Vale a pena conferir.

posted by Unknown at terça-feira, abril 22, 2003


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Erramos
Não foi Delmer, e sim Tico o autor do gol da vitória do Criciúma sobre o Guarani no domingo passado.

Dupla Atle-Tiba na lama, Paraná Clube segue em frente
O Coritiba venceu o Figueirense nesta segunda-feira, em jogo adiado da quinta rodada, e finalmente deu uma respirada. O técnico Paulo Bonamigo - boa indicação de Juan Saavedra para a lista do CTI - respirou junto, afinal, o time pelo menos ficou junto com o Furacão na tabela. Ambos com campanhas até agora meio problemáticas.
Mas na minha opinião, é cedo para dizer que um time faz má campanha. E ao mesmo tempo, não é cedo para dizer que o Cruzeiro faz boa campanha.
Bonamigo tirou um zagueiro e colocou o meia Fávaro, no segundo tempo, e melhorou o time. A bola sobrou para Marco Brito que, pela primeira vez no jogo inteiro se viu livre do implacável Cléber (aquele mesmo, ex-Palmeiras). Bola na rede, o Coxa finalmente sai da lanterna.
Mas incluirei Bonamigo no Bolão do CTI, de qualquer maneira.
O Paraná Clube, com Cuca tranqüilo - assumiu no domingo que tinha ido ao Maracanã para tentar o empate contra o Fluminense - segue na frente dos dois rivais, com o dobro de pontos.


posted by Unknown at terça-feira, abril 22, 2003


wsegunda-feira, abril 21, 2003


A corda bamba
Sempre que um dirigente se refere a um técnico como "prestigiado", aos meus ouvidos me soa como um médico se referindo a um paciente em coma com a expressão "ainda bem que ele é forte e está lutando pela vida". É meio como que um aviso de que só com o prestígio fugaz concedido pelos cartolas que o técnico está AINDA no clube, senão já teria rodado há muito tempo.
Neste Brasileiro, acredito que já é chegada a hora de organizarmos um bolão REALMENTE interessante: o BOLÃO DO CTI DOS TÉCNICOS.
Coloco desde já a lista dos técnicos que acredito estarem mais perto da caçapa, prontinhos para rodarem.
1- Osvaldo Alvarez, o Vadão, do Atlético Paranaense.
2- Candinho, do Goiás.
3- Bobô, do Bahia
4- Oswaldo de Oliveira, do São Paulo (que ganhou uma sobrevida)
5- Abel Braga, da Ponte Preta (que entrou para a lista esta semana - já há um certo estresse partindo do Abelão)
Acredito que na semana que vem Tite, do Grêmio, também entra na lista. Alguém se habilita a organizar o bolão?



posted by Unknown at segunda-feira, abril 21, 2003


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Não vou cair nessa de supertime do São Paulo
Não tenho nenhuma dúvida de que vários setores da imprensa vão começar a festejar a vitória do São Paulo sobre o Vasco (com um a menos desde o primeiro tempo) como o início de uma caminhada rumo ao título. Eu, como só faço parte da imprensa esportiva naquela mesinha pequena jantando com as crianças, prefiro não me precipitar a esse ponto.
Antes de qualquer coisa, dois personagens foram decisivos: Luís Fabiano, um atacante quase completo, e o sr. Carlos Eugênio Simon, com mais uma atuação desastrosa, calcada na empáfia de "juiz que vai à Copa".
Até os 12 minutos do primeiro tempo - veja bem, 12 minutos de jogo - a sensação era a de estar assistindo a um jogo de rúgbi, de lado a lado. Somente um jogador levou cartão amarelo, justamente o lateral-direito Wellington, do Vasco.
Mais tarde, ainda no primeiro tempo, Wellington deu uma entrada com o corpo no lateral Fabiano e acabou expulso. O que me intriga é como o sr. Simon conseguiu expulsar somente um jogador em um verdadeiro ringue.
Mais espantoso ainda foi o gol de Souza (ex-Portuguesa Santista), do São Paulo, ter sido marcado em completo impedimento, sem que o sr. Simon tivesse qualquer dúvida ou questionamento - um impedimento nítido, que todo mundo no Morumbi viu.
Tudo bem, não sou eu que vou ficar reclamando de terem roubado o Vasco - devo admitir que não sou exatamente fã da agremiação de São Januário. Mas o fato é que em outros tempos o São Paulo golearia sem necessidade de ajuda do sr. Simon.
O Tricolor paulista ainda não é um time para atropelar no campeonato. Falta o Kaká, Gustavo Nery não me convence como zagueiro, Gabriel tem demorado a se firmar na vaga de Belleti e no ataque Reinaldo anda muito irregular.
Mas tem esse grande atacante, essa vocação de gol, esse Luís Fabiano. Isso já é 50%.
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Olho no Colorado
Gavilán jogou de lateral-direito contra o Corinthians, e não sei se ele tem jogado assim normalmente. O meia paraguaio - que jogou na Coréia/Japão ao lado de Gamarra - é um dos exemplos de um Internacional que, se não nos remete a Falcão, pelo menos nos lembra Caçapava e Batista. E esses dois já faziam um campeão, naqueles tempos. Com Daniel Carvalho vivendo uma fase favorável, e mais Cleiton Xavier reforçando a marcação no meio, o técnico Muricy Ramalho montou um time que está trazendo a torcida de volta ao Beira-Rio e o Inter de volta ao topo da tabela.
O ataque do Inter tem uma "combinação psicológica" perfeita: o garoto novo, prata da casa, identificado com o clube, talentoso (Diego) com o cara que era refugo, sempre chutado (como foi de Atlético Mineiro, do Vitória ano passado e do Marítimo-POR) e que vê no atual time a grande chance para dar a volta por cima (André).
Geninho deveria ter pensado nisso melhor. Agora, levou só um dos "seis pontos" que queria trazer de fora de casa.
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O Leão ruge
Grande, o Fortaleza. Conseguiu vencer a primeira. Agora, olho no Furacão. Não vou mais palpitar sobre a queda dos Oswaldos, porque já mifu duas vezes. Mas a verdade é que o Atlético Paranaense devia estar fazendo uma campanha melhor. Vai sobrar pra alguém.
Um jogo cheio de esquisitices
Pequeno, o Goiás. Araújo é rápido? Sim. É driblador? Sim. É burro? Também. Afinal, seus erros, sua falta de companheirismo, de visão de passe, afundaram o time de Candinho - outro que deve dançar em breve de seu posto.
No Mineirão, coisas incríveis. Uma raposa (isso mesmo) mascote (um cara vestido com uma cabeça enorme de raposa) do Cruzeiro, após a marcação de uma falta pelo árbitro Rodrigo Martins Cintra, fez o gesto do "lalau", rodando a mão com o polegar na palma da outra.
Inacreditável. O juiz mandou expulsar a raposa.
Cena seguinte, o juiz reserva abraçado à raposa enorme, solicitando que ela saísse de campo. O mascote foi saindo, não sem antes fazer gestos de inconformismo com a decisão do árbitro.
Depois, o bandeirinha, do qual infelizmente não guardei o nome. Bola para Aristizábal, sobe a bandeira, câmera no auxiliar - a outra mão está com uma garrafa d´água gelada. Bandeira na mão, garrafa na outra. Achei que só veria isso no Campeonato Irlandês.
De resto, teve golaço de Dimba, golaço de Alex-xotan (que deu uma dormidinha durante a partida), e mais dois de Deivid, que começou mal no jogo mas depois se recuperou muito bem.
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O Tigre também ruge, e de novo
O Criciúma se recuperou logo para cima do time do Seu Pepe. Engraçado que o gol de Delmer contra o Guarani foi igualzinho ao que ele fez contra a Ponte (em Campinas): matou a bola no peito, sozinho na frente do goleiro, e mandou chumbo.
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Oito gols
Como disse o Dario - inacreditável como comentarista - se é para empatar, que seja empate assim, como o de Ponte Preta e Paysandu.
E esse Welber, do Papão, vem crescendo - dois golaços. Sua desvantagem, segundo a imprensa do Pará, é ser muito tímido.
Centroavante não pode mesmo ser tímido - tem que ser meio marrento mesmo, tipo Gaúcho e Túlio.
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Empates vitoriosos da rodada
Paraná Clube, sem gols contra o Fluminense no Maracanã, e Vitória, de Joel Santana, em 1 a 1 contra o Juventude em Caxias, foram os empates benéficos do domingo.


posted by Unknown at segunda-feira, abril 21, 2003


wdomingo, abril 20, 2003


Decisões
Os quatro já decidiram, nesses mesmos jogos, o Campeonato Brasileiro: São Paulo x Vasco (no Morumbi, em 1989) e Internacional x Corinthians (no Beira-Rio, em 1976). Prato cheio para os saudosistas, os jogos acontecem nos mesmos lugares onde aconteceram como decisões.
Os times paulistas, apesar do Timão jogar fora de casa, levam ligeiro favoritismo. Geninho foi tão ousado que declarou que "gostaria de levar pelo menos quatro dos seis pontos que disputaria fora de casa". E como empataram com o Vasco...."o jeito vai ser ganhar do Inter".
Pode ser. Mas que Geninho não brinque com um Colorado em ascensão, que começa finalmente a ganhar mais apoio de sua torcida, meio desconfiada depois do Brasileiro do ano passado, quando se livraram do rebaixamento na última rodada.
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Dos outros jogos, destaco Fluminense x Paraná (tipo do jogo em que pinta uma zebra) e Cruzeiro x Goiás, com o favoritíssimo time mineiro pintando como líder absoluto do campeonato, ao lado do arquirrival, o Galo. Gostaria de ver esse jogo, mas sei que acabarei assistindo - com imparcialidade e isenção, como o Tinhorão, ao clássico Vasco x São Paulo. Como o jogo dos mineiros é às 18h, vou enviar ao STJD um pedido de liminar solicitando a minha patroa a liberação para eu assistir esta peleja (com interesse profissional, claro).
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Coisas da tabela: o Vitória jogou contra o Grêmio na quarta, em Porto Alegre. Joga neste domingo contra o Juventude, em Caxias do Sul. Mas pega o Internacional-RS, na quarta-feira, em Salvador.
Ora, se vai pegar os três gaúchos, por que não logo uma minitemporada sulista para esses baianos?
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Hoje o Fortaleza vai ganhar.

posted by Unknown at domingo, abril 20, 2003


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Flamengo em alerta
Quarta-feira, o time pega o Remo no Maracanã e tem que abrir gols de vantagem, para poder decidir a vaga na Copa do Brasil lá no Mangueirão, em Belém, com menos sufoco.
Agora, domingo, quem for Flamengo que se prepare: o time encara nada menos que o forte Corinthians, em São Paulo, e simplesmente sem meio-campo. Fabinho e Felipe foram suspensos por terem recebido o terceiro cartão amarelo. Fábio Baiano continua com os tais problemas musculares.
Ou seja, Nelsinho terá problemas. E a torcida do Flamengo, idem.

posted by Unknown at domingo, abril 20, 2003


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O Santos joga por uma cidade
O título acima era de uma matéria da Placar, na época em que Pita, Rubens Feijão, Juari, Nilton Batata e João Paulo faziam torcedores neutros torcerem pelos alvinegros da cidade litorânea paulista. Sim, a maioria prefere chover no molhado com essa história de que o Pelé vinha no Maracanã e atraía outros torcedores, secadores de quem estivesse contra o Santos.
Tranqüilo, isso todo mundo já sabia, depois que o Oswaldo Tinhorão publicou na coluna dele.
Agora, me lembro muito bem de todos torcerem pelo Santos em 1978, naquela final dos garotos do Formiga contra os brutamontes do São Paulo, liderados pelo açougueiro Chicão. E foi um baile, como a história bem registra.
Neste sábado, o Flamengo perdeu para um Santos bem parecido, em termos de fascínio. Certamente grande parte dos 50 mil torcedores que estavam no Maracanã não foram lá só para ver as caneladas ridículas de Fernando Baiano - queriam ver Robinho matando bola com categoria, Diego lançando, Elano mostrando visão de jogo, Ricardo Oliveira se deslocando com inteligência.
Isso mostrou que o torcedor do Flamengo é antes de tudo um aficcionado por futebol. Saí do Maracanã revoltado, chateado, mas muito mais pelas barbaridades que o lamentável Fernando Baiano fazia com a bola (que fazia torcedores dizerem que Zé Carlos, o Zé do Gol, era desfalque) do que com a vitória merecida do Santos.
O Flamengo poderia ter empatado o jogo, na minha humilde opinião. Era só ter dois atacantes, e não aqueles tenebrosos Fernando Baiano e Jean - quanto a este último, gostaria que, quem tenha visto futebol nele, me explique que futebol é esse que eu ainda não enxerguei.
Mas esse fato não invalida a vitória merecida do time que soube tocar a bola, com arte, prendendo, lançando, mostrando sempre categoria. Acho, sim, que o Flamengo mostrou fibra e organização - não fosse a falha terrível de Fernando no gol de Elano, o rubro-negro poderia sair menos chateado do Maracanã.
Infelizmente, Fernando Baiano consegue perder absolutamente todos os lances em que é acionado.
Ficamos assim limitados ao espetáculo dado pelo Santos, esse time que, depois de conquistar o Brasileiro, vai conquistando o brasileiro, a cada exibição.
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Prova de que o Flamengo poderia ter empatado? O mesmo Santos perdeu para o Paysandu lá no Mangueirão. O Santos não é e nem quer ser imbatível, acho que é esse o lance. É verdade que batem como gente grande, esses meninos - até abusando do antijogo.
Mas me parece que a prioridade ali é apenas o futebol mais vistoso, um futebol sem culpa. Daí o sucesso, típico das coisas sem culpa.
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Tivesse em seu elenco o Marechal da Derrota (royalties para Eduardo Tironi), Guilherme, do Galo, e o Flamengo talvez não teria tanta infelicidade hoje. O segundo gol do Atlético Mineiro contra o Bahia, um canhonaço do Marechal da Derrota, de primeira, a la Van Basten, prova que a fase é boa - tanto para ele quanto para o time.
Alexandre, mais uma vez, mostrou talento no meio-campo e na hora de definir também. Com um a menos, o Bahia teve sorte em levar só de 4 a 2 na Fonte Nova.
Coitado do Bobô. Já há quem diga que o jeito é mudar a comissão técnica....
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O Grêmio conseguiu arrancar um ponto do Azulão no Anacleto Campanella. Gol de Christian, ex-Internacional. Será que a praga colorada passou?

posted by Unknown at domingo, abril 20, 2003


wsexta-feira, abril 18, 2003


Momento Copa do Brasil
O Flamengo que encara o Remo dia 23 (partida antecipada, seria no dia 24) será um time bem diferente daquele que suou para ganhar do Ceará. Mais entrosamento e mais preparo físico.
Agora, a boa notícia vem do Remo: o clube está tentando - antes mesmo de fechar a contratação - a inscrição de dois "reforços" para a Copa do Brasil e para a série B: Paulo Nunes e Bruno Carvalho.
Parecem até o time da Gávea na hora de contratar reforços - nunca me esquecerei do meio-campo formado por Delacir, Aílton e Luvanor.


posted by Unknown at sexta-feira, abril 18, 2003


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Tricolores saem do sufoco
Só deu tricolor na noite de quinta-feira: Fluminense (com Sorato mostrando sua estrela), São Paulo e Paraná Clube, detonaram, por 3 a 1, respectivamente, Inter, Fortaleza e Goiás.
A derrota mais dolorosa deve ter sido a do Goiás, pois o time - que é bem montadinho - seguiu caindo pela tabela. O Internacional também deverá sentir muito, pois começou a perder a liderança provisória que ostentou por algumas horas - e pega agora o Corinthians, no Beira-Rio.
Perguntas que cabem: ao Fluminense bastou Sorato, de 34 anos, para resolver os problemas do ataque? Quem sai agora, Fábio Bala ou Ademílson?
É claro que, por enquanto não sai ninguém, porque bastou a Sorato fazer dois gols para, na hora de tentar o terceiro, torcer o tornozelo de forma incrível. Agora, deve desfalcar o time nesse jogo esquisito, chato e imprevisível contra um Paraná Clube em ascensão.
E Renato Gaúcho se junta ao côro de Nelsinho Baptista: "Precisamos de mais atacantes".

posted by Unknown at sexta-feira, abril 18, 2003


wquinta-feira, abril 17, 2003


Atacantes
O Flamengo trouxe Fabiano Eller, Paulo Miranda, pensa em Pedrinho (inacreditável o clube pensar em Pedrinho depois daquelas embaixadas nos 5 a 1 de 2000), mas até agora não falou em atacantes - que é o que o time MAIS precisa.
França, na reserva do quase-rebaixado Bayer Leverkusen, era a grande opção. Mas seu empresário Wagner Ribeiro já cogita entregar o bom atacante ao Palmeiras. E ainda acrescento que o São Paulo vai entrar na briga.
França só tem alguma chance de vir para o Flamengo se maio chegar e o clube da Gávea continuar bem no Brasileiro, na minha opinião.

posted by Unknown at quinta-feira, abril 17, 2003


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Deivid, ainda na frente
O Cruzeiro tem dois jogadores na lista dos principais artilheiros:
6 Deivid.............(Cruzeiro)
5 Marcelinho.....(Vasco)
4 Luís Fabiano (São Paulo)
Welber..........(Paysandu)
Creedence.... (Guarani)
Aristizábal..... (Cruzeiro)
De todos, Marcelinho é o que tem mais méritos, por ser o único que não joga fixo na frente.

posted by Unknown at quinta-feira, abril 17, 2003


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Minas na frente, e manos atrás
O Cruzeiro confirmou minhas expectativas e voltou de Curitiba com uma sofrida vitória de 4 a 3 sobre o Coritiba. Eu bem gostaria de ter visto esse jogo, mas estava irremediavelmente entregue às emoções épicas de São Caetano 1 x 1 Flamengo, direto do Anacleto Campanella. O Atlético Mineiro fez o dever de casa e venceu o Guarani apertado por 3 a 2, no jogo em que o volante Hélcio deve ter feito a arquibancada inteira gritar "ai, essa doeu", em côro. Explica-se: o jogador teve azar, caiu em cima do braço e acabou sofrendo uma fratura exposta. Mas pode-se dizer que a torcida do Galo está rindo até disso.
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O Cruzeiro é, desde já, o meu candidato a "time-que-vai-abrir-ponto-pra-caralho-na-frente-e-tornar-o-campeonato-por-pontos-corridos-chato-pra-cacete". A esperança agora é verde: Goiás e Guarani são os próximos adversários (o primeiro no Mineirão e o segundo no Brinco de Ouro). Depois desses jogos, pegam o Furacão no Mineirão (mas, espero, com o time paranaense melhorando) e finalmente o Santos, provável algoz rubro-negro deste sábado no Maracanã.
Se o Cruzeiro passar bem pelos quatro, vai ficar chato.
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Aquele que foi alardeado como melhor jogo da rodada acabou em empate - mas derrota pessoal de Marcelinho, que ficou com o ônus dos pontos perdidos em São Januário, ao desperdiçar um pênalti. Doni teve méritos - que fase vive o goleiro corintiano, e quão injustos eram os que pediam um goleiro no final do ano passado.
Mas os "mano", por enquanto, ainda não deram muitas provas de força - a não ser a vitória do Corinthians sobre o Paysandu por 6 a 1.
O São Paulo, pelo que sei, vai tentar desencabular hoje, contra o Fortaleza. É bom o Leão do Norte se fechar direito, porque os tricolores devem jogar na base do "passa boi-passa boiada". Depois que fazem 2 a 0, adoram encher o adversário de gols quando estão em crise.
O Timão perdeu ontem o zagueiro Capone, ex-Galatasaray (TUR), que se cansou da reserva e foi para o Atlético Paranaense. Pode fazer falta, se Fábio Luciano for para a Copa das Confederações pela Seleção Brasileira.
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O Bahia desencalhou, e de virada! E bem, em cima do Juventude, com um belíssimo gol de falta de Preto. Os 3 a 1 foram merecidos, pelo jeito. Agora Bobô terá um pouco mais de tranqüilidade para montar o time visando o jogo contra o Galo, na Fonte Nova.
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O Vitória perdeu para o Grêmio, e o Corinthians perdeu Allann Delon, já que o atacante foi escalado no Olímpico. O destino dele deverá ser um time mexicano de nome estranho - não é o América, não é o Cruz Azul, não é o Necaxa, é tudo o que eu posso dizer.
Mas soube por alto que Danrlei, o jogador mais odiado do Brasil, fechou o gol no final e garantiu a vitória gaúcha. Senão, Nádson emplacava mais um além do gol que fez.
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Os catarinenses não foram tão mal - o Figueirense empatou com o Furacão em casa, mas o goleiro Édson Bastos garantiu. Dagoberto, pelo que soube, está ainda mais solto no ataque do Furacão, depois do retorno de Kléberson. O Criciúma azedou a Ponte Preta - que com as decisões do STJD vai garantir a lanterna em breve, atrás até do Fluminense, que pode colidir feio hoje com o Internacional. Quero ficar de olho nesse jogo.
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O Flamengo passou na primeira prova de fogo - com direito a roubo do árbitro Simon (esse assunto eu deixo para o companheiro Oswaldo Tinhorão), que não marcou um pênalti claro de Daniel em Andrezinho. Mas valeu o empate, foi excelente resultado. Garanto que aquele time que levou de 4 a 0 do Fluminense levaria no mínimo de oito do São Caetano.
Fico me perguntando por que certos setores da imprensa endeusam tanto Mário Sérgio, técnico do Azulão, que se notabilizou na década de 70 por dar tiros para o alto, de dentro de um ônibus, durante protestos de um torcedor (quando era jogador do São Paulo).
Talvez seja outra questão para Oswaldo Tinhorão.
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Acho que o Goiás vai surpreender o Cuca hoje, no Pinheirão, em Curitiba.

posted by Unknown at quinta-feira, abril 17, 2003


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Alteração
Olha a TV aí, gente: a CBF, a pedido do SporTV, mudou duas datas Brasileiro. Grêmio x Fluminense, que seria no sábado, dia 26, passa pro domingo, 27, às 16h, no estádio Olímpico. Atlético-MG e Coritiba, que seria domingo, passa pro sábado, dia 26, às 16h.


posted by Unknown at quinta-feira, abril 17, 2003


wquarta-feira, abril 16, 2003


Testes
Duas equipes serão testadas nesta rodada do Brasileirão - um teste em que, claro, se os alunos tirarem nota baixa, terão mais 42 oportunidades de recuperação.
Mas em certo sentido, serão os primeiros testes de verdade para Guarani e Flamengo neste Campeonato. Para o rubro-negro, pelos motivos que cito lá embaixo, no post sobre o Fla-Flu, e para o time do "seu" Pepe, porque terá a segunda oportunidade de vencer um adversário de primeiro escalão em sua própria casa - já teve, contra o Grêmio, e perderam no Olímpico.
Agora, encaram o Atlético Mineiro - maior torcida de Minas Gerais - dentro do Mineirão. É parada duríssima, esse Galo em que Cicinho, Alexandre e Guilherme jogam e Cleisson bate.
Agora, o Guarani terá o experiente Marquinhos (campeão brasileiro de 1992 pelo Flamengo) para segurar a onda dos mais novos e não deixar ninguém tremer no Mineirão - o estádio já treme sozinho, dá um cagaço do cacete.
Quanto ao rubro-negro, nem dá para se estender. O São Caetano corre alucinadamente, e vai pegar o Flamengo ainda se reestruturando em termos físicos. Haja Júlio César hoje.


posted by Unknown at quarta-feira, abril 16, 2003


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A Ponte que caiu
Bom, ainda não caiu, mas certamente levou uma porrada das fortes - perdeu seis pontos em três dias. Primeiro, para o Cruzeiro, no gramado. Depois, para o Inter, no tapetão. Assim não há cu que agüente, como diria o delegado do filme "Escorpião Escarlate", de Ivan Cardoso.
E se bem conheço o clima campineiro, o sucesso do Guarani contra o Paraná e a fase positiva de Vágner, Creedence e Marquinhos, comandados por Pepe, tudo isso junto não deve estar ajudando muito na dor de cabeça pontepretana.


posted by Unknown at quarta-feira, abril 16, 2003


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Vadão e o patíbulo
Os técnicos de Atlético Paranaense e São Paulo, ambos Oswaldos, disputam para ver quem será o segundo demitido do campeonato, após a queda de Luís Carlos Cruz, do Fortaleza.
O do São Paulo enfrenta uma situação incrível dentro do clube: o presidente o apóia, mas o vice-presidente, que é de oposição, o esfaqueia pelas costas.
Isso porque o São Paulo é sempre citado como modelo de organização.
Mas Oswaldo de Oliveira talvez resista mais. Vadão, do Furacão, deve cair em no máximo três jogos - uma paulada do Figueirense nesta quarta e babau.
O time catarinense ainda recebeu a boa notícia de que terá um dia a mais para descansar ou treinar para o jogo seguinte, contra o Coritiba, em Curitiba. Anteriormente marcado para o domingo, dia 20/04, às 16h, foi adiado para a segunda-feira, feriado de Tiradentes, às 18h. O local continua sendo o estádio Couto Pereira.
Independente destes dramas todos, está o veterano craque Evair, que está prestes a marcar seu centésimo gol em Brasileiros.
Evair está com 99 gols e é o jogador em atividade com maior número de gols em Campeonatos Brasileiros. Romário tem 110 gols na história da competição - mas eu disse jogador em atividade, e não criadores de camelos. Se o Baixinho voltar, tudo bem, reassume a primeira colocação.
Mas é bom voltar logo, senão vovô Evair faz mais 11 e passa.


posted by Unknown at quarta-feira, abril 16, 2003


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O Cruzeiro segue impávido
Não interessa que o campeão paranaense jogue no Couto Pereira, diante de sua torcida. Eu aposto tranqüilamente em mais um triunfo do Cruzeiro, o grande favorito desse campeonato. O meia Tcheco, expulso contra o Juventude após dar um tapa em um zagueiro, é desfalque do Côxa. Que tem ainda o problema de ter Roberto Brum como principal elemento de ligação entre os volantes e o ataque - sorte que aquele Jackson, que foi do Cruzeiro, corre bastante. E ainda têm um bom "terceiro homem", que é o Lima, revelado no próprio Côxa, autor do gol sobre o Flamengo no Maracanã.
Mas nada disso adiantará e o Cruzeiro seguirá impávido na liderança. Com Deivid ainda como artilheiro, claro.


posted by Unknown at quarta-feira, abril 16, 2003


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Bahia x Rio Grande do Sul
O Juventude vai a Salvador pegar o Bahia (como coloquei abaixo) e o Vitória de Joel Santana vai a Porto Alegre encarar o Grêmio. Se Tinga jogar pelo Grêmio e você tiver o PPV do jogo, preste atenção em como Joel chama o jogador de "Dinga" o jogo inteiro....
Como sou emérico secador do Grêmio, acredito que o Vitória pode ser uma boa zebra - mesmo porque o rubro-negro baiano faz uma campanha honestíssima até agora, com uma boa vitória sobre o Paysandu fora de casa e outra no Barradão sobre o Vasco (além de um empate contra o Figueirense).
O Vitória pode ser perturbado pelo caso Allann Delon que, ao contrário do que eu pensava, ainda não teve um desfecho. Se Joel resolver colocar Allann Delon em campo (porra, o jogador vai ficar muito puto se ele fizer isso), vai melar a transferência dele para o Corinthians, pois ele terá jogado três partidas pelo Campeonato Brasileiro.
Agora, fala-se em um clube mexicano na transação, que ficaria com Allann Delon até o fim do ano, quando então o atacante se transferiria em definitivo para o Parque São Jorge.


posted by Unknown at quarta-feira, abril 16, 2003


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Os três clássicos de rancores para Marcelinho
Vasco e Corinthians fazem o jogo mais interessante da rodada nesta quarta, em São Januário - infelizmente, pois o palco ideal para um jogaço desses é o Maracanã. Como tempero, Marcelinho jogando novamente contra seu ex-clube, de onde saiu escorraçado pela aliança Ricardinho-Scheidt-Luxemburgo. Já havia enfrentado o Timão em 2001 (mesmo ano em que saiu do Parque São Jorge após a perda da Copa do Brasil para o Grêmio), ocasião em que saiu cabisbaixo da Vila Belmiro - afinal, perdera de 2 a 0 para o Corinthians que ainda tinha Vanderlei Luxemburgo (hoje no Cruzeiro) e Ricardinho (hoje no São Paulo).
Marcelinho teve que engolir essa. E olha que durante a semana que antecedeu aquele jogo ele não escondia o clima de revanche.
Fico pensando o que deve passar na cabeça de um jogador, tendo essa dupla pressão: tirar o Vasco da lanterna e ao mesmo tempo confrontar um fantasma do passado. Sim, porque a forma com que Marcelinho saiu do Parque São Jorge foi para se guardar mágoa - acredito que contra Cruzeiro e São Paulo ele também faça partidas com a garganta engasgada (por mais que já tenham sido enviados sinais de fumaça pacíficos de lado a lado).
Prognósticos? Impossível. Se estivesse na loteria, acho que marcaria triplo. Agora, o possível desgaste físico do Corinthians, dividido entre Libertadores, Brasileirão, viagens de avião e ausência de Vampeta, pode pesar na hora decisiva.
Com Marcelinho batendo falta do jeito que está, levo um pouco mais de fé no Vasco.
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Nonato desfalca o Bahia hoje à noite contra o Juventude, quando o tricolor baiano tentará sua primeira vitória e assim espantar o medo de uma trajetória desastrosa nesse Brasileirão. Esse medo vem lá do início do ano, quando o time ficou fora da decisão do Campeonato Baiano, eliminado por um empate contra o Camaçari. Gil Baiano, que estava improvisado de técnico desde a saída de Candinho, deu lugar a Bobô, mas todo mundo sabe que sem reforços a coisa fica muito difícil. Hoje o tricolor baiano joga em casa, com torcida ajudando, e tudo o mais, tudo para tentar sair do buraco.
Mas nem as estatísticas estão ao lado do pobre Bahia: em oito jogos entre os dois clubes, foram cinco empates e três vitórias do Juventude (pelo menos, todas no Alfredo Jaconi). Nem uma vitória do esquadrão de Bobô...


posted by Unknown at quarta-feira, abril 16, 2003


wterça-feira, abril 15, 2003


Colorado, o líder do campeonato
O Internacional ganhou os pontos do jogo contra a Ponte Preta, que terminou empatado em 1 a 1 - o STJD decidiu isso por causa da escalação irregular do segundo-volante Roberto, do time campineiro.
Se o Campeonato acabasse hoje (não tem brasileiro que não goste de futebol que não fale isso pelo menos uma vez na vida), o Inter seria campeão brasileiro (repetindo o feito de Falcão, Lula, Dario, Batista, Carpegiani, Cláudio Duarte e Vacaria nos anos 70), o Flamengo e o Cruzeiro iriam para a Libertadores e o Fluminense voltaria para a Segunda Divisão.
Três times que não conseguiram se classificar ano passado para as finais estariam bem, e o único carioca que se classificou nos últimos três Brasileiros estaria mal.

posted by Unknown at terça-feira, abril 15, 2003


wsegunda-feira, abril 14, 2003


Para pensar
Juan Saavedra, colunista do site Flamengo Net (aliás, votando no Flamengo Net ainda nesta segunda-feira pelo prêmio Ibest você concorre a um pacote de ingressos do Flamengo no Campeonato Brasileiro), colocou um comentário lá embaixo que faço questão de reproduzir:
(sobre as viagens longas do Paysandu):
Isso que o Dario Pereyra disse reforça algo que eu penso. Um dos fatores que ajudam na atual hegemonia do futebol paulista é o de LOGÍSTICA. Para as equipes de São Paulo, cidade que é o centro da malha aérea do país, o tempo que se perde em viagens em hotéis é bem menor do que o dispendido pelos clubes dos demais estados, até mesmo porque - apesar do rebaixamento de Palmeiras e Lusa -, o estado mantém o maior número de clubes na série, um total de seis. Ou seja: cada clube paulista sequer precisa entrar no avião em 28 das 46 rodadas da competição. Nas 18 viagens, a maioria fica perto de avião. Para Belo Horizonte, Curitiba e Rio são 8 viagens, todas a menos de uma hora de vôo e sem conexões. Para as outras 10, grande parte é de vôos diretos, a maioria sem escalas. Só para Caxias do Sul, cidade do Juventude, e para Criciúma que se tem um pouco mais de trabalho - parte da viagem precisa ser completada por terra. Uma vantagem ignorada por muitos, mas significativa. Os jogadores não se cansam tanto, e há uma margem maior para terinamentos e recuperação de jogadores.

Acho que faz todo sentido.

posted by Unknown at segunda-feira, abril 14, 2003


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O Flamengo que ainda não estreou
Passado o bom efeito da revanche e da boa vitória em um clássico - algo que faz bem a qualquer equipe do mundo - o novo Flamengo, de Nelsinho Baptista, finalmente estréia no Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira, contra o São Caetano, no Anacleto Campanella. Digo isso porque até agora o Flamengo ainda não teve um parâmetro, ou seja, ainda não enfrentou um time competitivo em termos de Campeonato Brasileiro. Empatou em casa com o Coritiba, ainda jogando com a equipe de Evaristo (era o segundo jogo de Nelsinho) - um Coritiba bem montado durante o Estadual mas que até agora não mostrou muita coisa.
Venceu o Bahia treinado por Bobô (e com Paulo Sérgio, veterano de 94, no ataque), que é um dos maiores candidatos ao rebaixamento. Se considerarmos como um grupo "intermediário" os times Criciúma e Fortaleza (que subiram este ano), Paysandu e Figueirense (que subiram ano passado), Bahia e Paraná, não há dúvidas de que o tricolor baiano é o candidato mais evidente ao rebaixamento, haja visto que as outras equipes citadas têm se mostrado bem montadas.
E ontem, o Flamengo deu um passo enorme para acertar o time - a vitória no clássico sempre traz tranqülidade, e se bem conheço a Gávea, hoje, segunda-feira gorda (em que Nelsinho vai comandar treino), é dia de sorrisos.
Só que venceram o Fluminense, o mesmo Fluminense do Estadual, que apanhou do Vasco (que apanhou ontem do Vitória de Joel Santana), o Fluminense de Marciel e Zada, o Fluminense do inacreditável Marcão - o único jogador que conseguiu ser expulso por bater em André Gomes.
E vencer o Fluminense coloca o Flamengo ainda no parâmetro em que o time deveria ter estado durante o Estadual - e não esteve. Ainda não é um patamar para um Campeonato Brasileiro em que jogam São Paulo, São Caetano, Santos, Corinthians (implacável Corinthians), Atlético Mineiro e principalmente o Cruzeiro, a cada rodada que passa, mais favorito. Vanderlei Luxemburgo pode ser detestável, mas como já escrevi, tem plena convicção do que está fazendo.
Ainda é um Flamengo que lavou a própria alma, que precisa melhorar muito, mas para um time que começou o Campeonato sendo cotado pro rebaixamento, é um progresso já aparecer na enquete da ESPN como candidato ao título.
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O artilheiro do Campeonato Brasileiro é Deivid. Não sei qual é o da Copa do Brasil, mas deve ser Deivid também - ano passado ele se tornou o maior artilheiro da história desta competição, quando jogava pelo Corinthians; esse ano, corre o risco de emplacar dupla artilharia. Seus dois gols contra a Ponte são típicos gols de centroavante que chega para resolver o problema da falta de gols. Uma bola nos pés, diante do goleiro, a paulada firme, sem hesitação, estofando as redes, sem chance de defesa. A outra, uma cabeçada ali meio imprensado entre zagueiro, trave, goleiro.
É um senhor atacante, esse Deivid. Se a camisa nove da Seleção não fosse cargo vitalício por causa da Nike, seria um nome a ser cogitado.
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Um gol incrível de Dude, meia do Fortaleza, deu o empate ao Leão dentro do alçapão - digo, estádio - Presidente Vargas. O goleiro Sílvio Luiz bateu um tiro de meta pro meio-campo, Dude tomou de repente, seguiu com a bola até pouco depois da intermediária e deu um canhonaço no ângulo.
Mas não foi bom resultado para o Fortaleza - foram dois empates dentro de casa, e para um time bem montado, mas que está subindo agora, seria bom que o fator campo pesasse mais.
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E o melhor paulista do Campeonato Brasileiro é o Guarani treinado pelo senhor José Macia e sustentado nas arquibancadas pelo sr. Alexandre Inagaki. Cada vez gosto mais desse rápido Vágner - desde a atuação dele contra a Ponte Preta, em partida decisiva pelo Paulistão desse ano.
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O Santos vem aí: Ricardo Oliveira começa a se soltar. Não vi o jogo, mas vi um compacto, e deu para ver que o excelente atacante ex-Portuguesa está mais presente nas jogadas de ataque. E obviamente deixou um belo gol de cabeça contra o Figueirense, no sábado.
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Vadão e Oswaldinho continuam em seus cargos, contrariando minhas previsões. E errei também dizendo que o Tigre venceria o São Paulo. Ficaram só no empate.
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O gol de Alessandro, aquele atacante ex-Flu e ex-Cruzeiro (e hoje no Atlético Mineiro), foi o mais bonito da rodada, marcado no sábado contra o Atlético Paranaense.
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O Goiás também empatou a segunda dentro de casa (1 a 1 contra o Grêmio). Vai ter que abrir o olho, o sr. Candinho. Afinal, o time goiano tem uma base de jogadores que atuam juntos desde 1999 e pode fazer uma campanha muito melhor do que essa. É claro que está cedo, mas todo mundo sabe que dois jogos sem vencer em casa podem fazer muita falta lá na frente.
Talvez eu esteja é chateado com o Goiás por não terem batido o Grêmio do insuportável Darnlei.
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O Juventude fez o que tinha que fazer, batendo o Coritiba. O Guarani do sr. José Macia é que fez o Paraná cair na real, após o chocolate sobre o Furacão. Mas creio que Cuca, agora que o tricolor paranaense pega o Goiás dentro do Pinheirão, vai dar uma chamada em seus jogadores, acertar o posicionamento da defesa (está de um jeito que é só o time adversário lançar em velocidade que o gol é quase certo) e jogar de forma mais cautelosa.
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Leandro, do Corinthians, jogou bem no sábado. O Corinthians só não ganhou a Tríplice Coroa ano passado porque mudou uma coisa em seu ataque campeão da Copa do Brasil e do Torneio Rio São Paulo: sacou esse jovem Leandro e colocou inexplicavelmente Guilherme, o Marechal da Derrota (royalties para Eduardo Tironi).
Aquele ataque com Gil, Leandro e Deivid era muito melhor do que o que perdeu pro Santos o Campeonato Brasileiro.
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Um Samir veio pro bem (o Yarak), outro Samir veio pro mal (o de araque). O gol-peteleco do atacante Samir, do VItória, pode ter instaurado uma crise no campeão carioca. Vamos aguardar as próximas falas de Marcelinho e de Marques.
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O grito de ontem no Maracanã: "ô-ô-ô-ô- VICE DO VICE!"

posted by Unknown at segunda-feira, abril 14, 2003


wdomingo, abril 13, 2003


O Leão Manso
Aproveito o espaço para saudar a presença nos comments do companheiro Júlio César Manso, assessor/torcedor do grande Fortaleza, o Leão do Norte. Sem o esforço, a atenção, a competência e a solidariedade dele, eu não teria conseguido fechar nem 10% da parte do Fortaleza no Guia do Campeonato Brasileiro do LANCE.
Manso aparece para me dar a notícia de que o Fortaleza não pega o Azulão no Castelão, e sim no estádio Presidente Vargas, mais alçapão ainda, com muito mais pressão da torcida.
É, Mário Sérgio...te prepara porque o Azulão vai amarelar...

posted by Unknown at domingo, abril 13, 2003


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Atropelaram mesmo
Não vi nenhum dos jogos do sábado, mas o Corinthians certamente foi o time que mais me surpreendeu - cheguei a escrever lá embaixo que acreditava que o Timão atropelaria fácil o Paysandu. Tudo bem, só não esperava que depois de atropelar eles ainda passassem com o carro em cima do cadáver por três ou quatro vezes. Depois de tanta banca em cima da dupla Welber/Robgol, o time paraense decepcionou e levou de seis dos comandados de Geninho.
Mas acredito que o sinal de alerta foi dado pelo técnico Darío Pereyra, do Paysandu, quando afirmou que o problema do Paysandu não é a Libertadores e suas viagens longas, não é o Brasileirão e as viagens OBRIGATORIAMENTE longas para um time da Região Norte, não é o fato de o Paysandu ser da Região Norte. É tudo isso junto.
"Vamos ao Rio, a Assunção, no Paraguai, voltamos a Belém e depois vamos a São Paulo em um espaço de dez dias" - disse o uruguaio, ex-ídolo do São Paulo.
O Internacional marcou 2 a 0 contra o Bahia, no Beira-Rio e cumpriu o meu prognóstico. A equipe gaúcha chegou aos sete pontos e, apesar de estarmos somente na terceira rodada, já podemos dizer que o Inter de 2003 não é o time confuso de 2002 - deve ser porque passaram Fernando Baiano pro Flamengo.
Outra suspeita minha, a de que o Atlético-MG bateria o Atlético-PR na Arena da Baixada, se confirmou. Mesmo com Kleberson estreando, o Furacão não foi páreo para o Galo e amargou a segunda derrota seguida. Não vi o jogo, não estou sabendo das últimas (estranho um jornalista falar isso, né?), mas não apostaria um centavo na permanência de Oswaldo Alvarez no Furacão.
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Na Vila Belmiro, o Santos conseguiu sua primeira vitória na competição. Achei que o Figueirense de Evair poderia surpreender o Peixe - mifu nessa. Também não vi o jogo, mas pelo que li, foi uma vitória sem sustos de um time que vai voltando a se acertar, mais até pela vontade de vencer a Libertadores.
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E Allann Delon vai mesmo para o Corinthians. O velho "migué-de-transferência" aconteceu mesmo, de novo. Mais sincero foi o Paulo Miranda, que me disse numa boa (em entrevista para o LANCE) que não estava sendo escalado exatamente para conseguir a transferência para Flamengo (90%) ou Corinthians (10%).
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Domingo/eu vou ao Maracanã.

posted by Unknown at domingo, abril 13, 2003


wsexta-feira, abril 11, 2003


Agora é Rio
Depois de termos visto o eixo principal se deslocar para São Paulo na segunda rodada do Campeonato Brasileiro - com o clássico São Paulo 2 x 4 Cruzeiro, agora é a vez de todas as atenções e holofotes se voltarem para o Maracanã. Em três idas à Gávea essa semana notei acima de tudo uma mudança de filosofia, uma seriedade, um comando, agora sob a gestão de Nelsinho Baptista, que nem de longe apareciam na época de Evaristo, que era centralizador demais.
Hoje, alguns jogadores permanecem no campo, conversando, já escurecendo o dia. Há treinos específicos, jogadores fazendo exercícios em separado, e um cuidado especial com treinamentos em dois turnos, divisão de atribuições e passo a passo da comissão técnica - partiu deles o pedido para que a diretoria adiasse o jogo da Copa do Brasil para o dia 24.
Nelsinho pode até perder domingo, porque o Fluminense precisa vencer, precisa de gols, e tem o excepcional Carlos Alberto, que desequilibra fácil qualquer partida.
Mas não será uma derrota bisonha, desclassificante, como a daquele bando que levou de quatro a zero no último jogo.
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"Time que joga dois campeonatos ao mesmo tempo, perde os dois" - João Saldanha costumava dizer isso em um tempo em que os times tinham que escolher, ou seja, optar entre ganhar o Brasileiro ou a Libertadores. Hoje não, os clubes têm estrutura e elenco para disputar várias competições. Só que curiosamente temos o Corinthians absoluto em seu grupo da Libertadores, terminando a primeira fase com 15 pontos ganhos. E no Brasileiro, amargando um ponto, o empate contra o Figueirense. Domingo, porém, o Timão tem tudo para desencabular, jogando contra o Paysandu - ambos podem bem se cruzar também na Libertadores. Acredito, porém, que apesar da vitória do Papão sobre o Santos (que me fez ganhar dois pontinhos no bolão do jornal), o Timão atropela, fácil.
Sobre o Timão, pode-se dizer que nunca tentou tantos reforços. Depois de contratarem Cocito, sondaram Igor (que acabou no Flamengo), Fred (ainda no América Mineiro) Allann Delon (Vitória), Paulo Miranda (no Cruzeiro, mas pertence ao Bordeaux--FRA) e até o lateral novo do Flamengo, Luciano Baiano, que estréia contra o Flu.
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Colunas 1 tranqüilas? Internacional (contra o Bahia), Cruzeiro (contra a Ponte), Corinthians (contra o Papão). O resto? Difícil apontar. O Vitória pode dar uma surpreendida no Vasco em Salvador, até porque Nadson, jovem revelação do ataque, entra desde o início. Allann Dellon passa pelo tradicional "migué-de-transferência" (se jogar mais de duas, não pode jogar por outro) e está encostado esperando o Corinthians se decidir. Isso pode ajudar o Vitória, pois Nadson tem sido mais rápido no ataque que Delon.
Só que o Vasco tem Marcelinho, que sabe futebol. Com craque, a coisa é diferente.
Como "zebra", na loteca vou apostar no Tigre contra o São Paulo, e acho que vou me dar bem. O Criciúma jogou certinho contra o Azulão e só perdeu por contingência do jogo, mesmo assim no finalzinho, no Anacleto Campanella. Aposto como o vice-presidente Márcio Aranha e alguns jogadores do Tricolor Paulista só estão esperando uma derrota do São Paulo contra o Criciúma para dar o bilhete azul a Oswaldo de Oliveira.
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Jogos de difícil prognóstico: Fortaleza x São Caetano e Juventude x Coritiba. Acho que a viagem pode cansar o Azulão, e este não aguentar a correria do Fortaleza (principalmente aqueles laterais, Chiquinho e Sérgio, e os meias Wesley e Wendel) somada à pressão no Castelão.
Já o Juventude, continua disfarçado, sem mostrar as garras. O fator campo pode pesar, mas esse Coritiba bem montadinho não parece ser time de ter medo de jogar na casa do adversário.
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Além de Oswaldinho, no São Paulo, outro treinador perigosamente perto da caçapa é seu xará Oswaldo Alvarez, o Vadão, do Atlético Paranaense. Se perder para o xará Atlético Mineiro na Arena da Baixada, pode se juntar ao do São Paulo - e caírem dois Oswaldos em um só dia.
E sabem que não é difícil esse time do Galo batendo sob as ordens de Celso Roth aprontar pra cima do Furacão? Pelo que me consta, uma espinha dorsal o time tem, os três jogando bem: Cicinho na lateral direita, Alexandre no meio-campo (ambos jogaram no Botafogo no início de 2002) e Guilherme - o Marechal da Derrota - lá na frente. Olho nesse Galo.
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O Peixe Campeão recebe o Figueirense na Vila Belmiro, sábado de tarde, em um daqueles jogos que têm tudo para ser uma festa: casa cheia, time completo vindo de derrota e querendo melhorar e adversário teoricamente bem mais fraco, garantia de muitos gols.
Só que o ancião Ivã (aquele do Palmeiras) já não é mais titular do Figueirense, pelo que sei, e o bom goleirinho Edson Bastos assumiu o posto. E sempre tem um outro ancião, um senhor chamado Evair, para pegar aquela bola que ninguém achou que daria alguma coisa e colocar para dentro do gol.
Um senhor chamado Evair que adora estragar festa alheia. E que joga MUITO até hoje.
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Deixo para o final o jogo Guarani x Paraná. Será no Brinco de Ouro (ponto para o Guarani), o duelo é entre Cuca e Giba (dois ex-jogadores mais ou menos contemporâneos), no ataque do Guarani tem Creedence e no do Paraná tem Renaldo, que já foi artilheiro do Brasileiro em 1996.
Escrevi tudo isso acima para disfarçar, porque realmente não sei o que dizer sobre Guarani x Paraná - me parece um jogo imprevisível. Mas repito o que já disse antes: se Emerson não fizer uma merda muito grande, dá Bugre.
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Volto na segunda-feira. Domingo vou ao Maracanã e na volta estarei na sarjeta, comemorando a vitória ou lamentando a derrota. Afinal, imparcialidade é coisa para o Tinhorão, não para mim.



posted by Unknown at sexta-feira, abril 11, 2003


wquinta-feira, abril 10, 2003


Oswaldo Tinhorão aqui no NOVE MESES
Nomes como Luís Fernando Veríssimo e João Ubaldo Ribeiro, costumam vender suas colunas para agências, que as redistribuem conforme pagamento a seus clientes. Assim, não é incomum que volta e meia a gente pegue a "Voz de Patopemba", jornal do interior, com Veríssimo de colunista.
Esta é a sensação que a equipe deste blog, NOVE MESES, tem hoje, ao abrigar, ainda que provisoriamente (problemas técnicos no THE BLOG tiraram a coluna do ar), a coluna de Oswaldo Tinhorão , o mais imparcial e isento analista do futebol brasileiro. Com vocês, Oswaldo Tinhorão:
Quarta-Feira, 9 de abril de 2003
O ANTI-RUBRO-NEGRO

Esta semana recomeçaram, pela centésima vez, os rumores de que Romário poderia estar de volta à Gávea. Talvez seja honesto deixar claro, desde já, que minha percepção sobre este assunto está fortemente condicionada pelo relacionamento que, ao longo dos anos, o anãozinho manteve com nosso ídolo maior.
Quando o Flamengo era o Flamengo e jogar lá era um privilégio, não um favor que nos faziam, seria inconcebível um atleta que desejasse continuar vestindo o Manto sair dizendo desaforos ao Zicão. Chamá-lo "perdedor" porque
não ganhou uma Copa do Mundo seria interpretado da única maneira admissível: como um desrespeito supremo ao Clube de Regatas do Flamengo, a sua história, a suas conquistas, a sua torcida. Ofender dessa maneira alguém que ganhou tudo pelo Flamengo, que escreveu o nome do Flamengo na taça de campeão do mundo, seria encarado como pouco caso intolerável à centenária história rubro-negra: os títulos do Flamengo, mesmo os mais importantes, mesmo os que custaram o sangue de seus jogadores, valem pouco ou nada na opinião do débil-mental que diz uma coisa dessas.
Que vá jogar com essa atitude no Fluminense ou no Vasco é problema do Fluminense ou do Vasco. Se quer jogar com essa atitude no maior clube do mundo, que vá para a puta que o pariu. Assim deveria reagir todo rubro-negro
consciente e orgulhoso da história de seu clube. Claro, há os imbecis de pai e mãe que, entre Zico e Romário, estão com o anão. Há os calhordas que, diante do corte do nanico da Seleção de 1998, têm o topete de ir ao
aeroporto -- com a camisa do Flamengo! -- fazer um teatrinho histérico e rasgar a foto do Zico.
Bem sei que o rapaz em questão levou uns tabefes merecidos numa briga de bar. Mas não foi o único a merecê-los. Existe uma geração perdida, que acompanha futebol de 1993 para cá, para quem o paradigma de craque e ídolo será eternamente o anãozinho vagabundo do Romário, com seu ego inflado e seu desprezo pelas cores que veste. Esses garotos, salvo os que se ilustraram e aprenderam o que é ser Flamengo, também mereciam levar uns safanões em casa. E o Romário, ídolo dessa gente que, ao idolatrá-lo, cospe no símbolo do clube, não devia poder passar nem na calçada de nossa sede.
Existem outras considerações, mais comezinhas, pelas quais não quero esse anão vagabundo na Gávea. Têm a ver com o ambiente de trabalho do clube, que se veria irremediavelmente perturbado com a volta do arruaceiro do Romário, num momento em que o de que o Nelsinho mais precisa é de tempo e tranqüilidade para botar a casa em ordem e montar um time.
Mas, francamente, diante de motivos que têm a ver com a nossa identidade de rubro-negros, nem deveria ser necessário esboçar esses outros argumentos.
Oswaldo Tinhorão


posted by Unknown at quinta-feira, abril 10, 2003


wquarta-feira, abril 09, 2003


Dinei/Decir
Fiz um esclarecimento idiota e desnecessário dois posts abaixo - disse que o Claudinei do Cruzeiro não é o do Palmeiras. Pois bem, ficamos assim: Claudinei é do Cruzeiro, Claudecir é do Palmeiras, e não havia necessidade desse esclarecimento. Quem bem lembrou foi o leitor Rodrigo Rosztch, que deixou comentário.

posted by Unknown at quarta-feira, abril 09, 2003


wterça-feira, abril 08, 2003


O acerto de Cuca
Vale uma nota destacada, até porque foi um assunto que esqueci de abordar nos posts anteriores: como um técnico pega um time que quase foi rebaixado no Brasileiro e no próprio Estadual e o leva a dar de 3 a 0 no rival mais forte logo no primeiro clássico?
Acho que quem pode dar a resposta é Cuca, técnico que pegou o Paraná Clube e deu um novo ânimo. A dúvida entre os comentaristas da ESPN na segunda à noite é se o clube teria elenco para um campeonato de 46 jogos. É complicado, mas acho que com o time jogando certinho assim, dá para pelo menos se manter na Primeira Divisão sem problemas cardíacos entre os torcedores.
Eu apostaria que Cuca, do jeito que vai, será o próximo técnico emergente do futebol brasileiro.


posted by Unknown at terça-feira, abril 08, 2003


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O Cruzeiro, esse grande favorito
O Cruzeiro anunciou agora pouco o reforço que faltava para compor sua espinha dorsal: Maldonado, do São Paulo. O volante chileno, de 23 anos, vai se encaixar com perfeição no esquema de Vanderlei Luxemburgo, um técnico do qual já se falou tudo, mas é inegável que tem a mais plena convicção do que está fazendo. O time agora terá Maldonado e Claudinei (aquele que era do América Mineiro, não o que está no Palmeiras e era do Azulão) lá atrás - ou Augusto Recife, vai depender de quem Luxa escalar.
ALEXotan voltou a jogar bola, e pode ter um grande parceiro quando Martinez voltar à mesma forma do ano passado, quando jogou pelo Guarani. Lá na frente esse espetacular centroavante, Deivid, ao lado de Aristizábal (que voltou a jogar bem contra o São Paulo) ou o jovem Mota.
O Cruzeiro virá forte nesse Brasileirão. E outra: Maurinho, ex-Santos, está jogando tanto que a imprensa mineira já começa a avisar Parreira sobre a idade de Cafu.
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O Baixinho está novamente perto do Flamengo. Conversando com o cronista Oswaldo Tinhorão, ele me disse que pretende em breve publicar coluna tecendo sua opinião sobre o assunto. Mas eu já adianto que o Flamengo precisava mesmo era de paz. Nelsinho está fazendo um trabalho a longo prazo, não vai ganhar o Campeonato Brasileiro mas quer ganhar credibilidade para recuperar a imagem do clube. A chegada de Romário, seus fisioterapeutas, seus amigos, seus privilégios, na minha modesta opinião, só iria atrapalhar esse trabalho de Nelsinho.
Romário é para time já montado, com estrutura, com sistema profissional - não para um clube que acaba de sair de tragédia, como é o Flamengo.
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Acho que é bom ficar de olho nesse time do Inter, podem crescer. Sábado já pegam o Bahia lá no Beira-Rio e dificilmente perdem os três pontos. E André/Diego continuam subindo de produção.
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Do lado da série B, o Botafogo fechou com Régis para a zaga e Dill para o ataque. Boa sorte ao Alvinegro.


posted by Unknown at terça-feira, abril 08, 2003


wsegunda-feira, abril 07, 2003


Erros e acertos
Uma vantagem tem esse Campeonato de NOVE MESES (e não oito, como cansam de dizer): teremos assunto para o ano inteiro. E nada mais divertido do que ver quem erra e quem acerta, e em que jogos, a cada rodada. Já posso dizer, por exemplo, que meu grande palpite furado foi a aposta no Paysandu massacrando o Vitória de Joel Santana. O time paraense treinado por Daryo Pereira acabou perdendo para um vitória com dez jogadores, já que seu principal jogador, Allann Delon, foi expulso. Zé Roberto fez um golaço - é um atacante que se destaca desde o Brasileiro do ano passado, quando fez um belo gol driblando dois jogadores do Vasco.
E, no mais, o Paysandu realmente não se cria em cima do Vitória. Ano passado, se não me engano, foi 5 a 0.
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Meus palpites sobre a vitória do Cruzeiro, e o endurecimento de Fortaleza e Figueirense para cima de Fluminense e Corinthians, no entanto, foram acertados. O jogo do Cruzeiro foi até fácil - ninguém precisa entender muito de futebol para adivinhar que o Cruzeiro completo ganha do São Paulo completamente desfalcado..
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Acertei que os meninos da Vila arrancariam pelo menos o empate no Mineirão. Errei quanto ao Guarani. Acertei quanto ao Internacional de Porto Alegre, que conseguiu um importante resultado contra o Coritiba. Acertei o Azulão ganhando do Criciúma com dificuldades, em um jogo no qual qualquer resultado seria aceitável. O Tigre do Sul vem bem, e vai incomodar muita gente que estiver desprevenida.
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Didi, Dedé, Mussum e Júlio César. Bom, ainda bem que o goleirão garantiu a vitória com uma defesa espetacular no último minuto.
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Com Marcelinho jogando o que está jogando, e mais Marques e Edmundo voltando à forma, vai ser difícil segurar esse ataque do Vasco. Ainda bem que eles têm aquela defesa.

posted by Unknown at segunda-feira, abril 07, 2003


wsexta-feira, abril 04, 2003


Sobre a rodada
O grande pega pra capar da rodada, é claro, o Cruzeiro de Vanderlei Luxemburgo e Alex-otan contra a máquina imprevisível de Oswaldo de Oliveira, o São Paulo. Jogo para lotar Morumbi. Na minha opinião, até por causa do fator campo, o São Paulo é favorito. Mas vou jogar minhas fichas no Cruzeiro. É a primeira vez desde a eliminação no Brasileiro-2002 que o time de Vanderlei se apresenta de uma forma que atraia as atenções do Brasil todo. Antes, jogou uma pré-temporada, e usou - como bem me disse o Tostão, quando eu fazia o Guia do Brasileiro - o Estadual como laboratório.
Há muitos anos o Cruzeiro não vem tão bem preparado para um campeonato como agora. E se Alex resolver dormir, eles têm Deivid, um senhor centroavante.
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O sábado vai ser ótimo, pois terá Atlético Mineiro, vindo de um 3 a 0 sobre o Corinthians, contra o Santos campeão brasileiro. Será o duelo do técnico que manda bater (Celso Roth) contra o técnico que bate pessoalmente (Leão). Exagero um pouco, o Leão até que anda bem educado - é que ele andou ameaçando um repórter do LANCE-SP de porrada, mas ficou tudo bem. Voltando ao jogo, creio que a torcida do Galo não pesa mais tanto assim no Mineirão como já foi hábito acontecer, até por conta das deficiências do time nos últimos anos. A torcida fica mais impaciente - como acontece com a do Flamengo, que logo enche o saco de torcer pelas caneladas e passa a xingar.
Por isso, acho que os garotos da Vila podem bem sair do Mineirão com um resultado bom, no mínimo um empate.
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Grêmio x Guarani e Coritiba x Internacional completam a rodada. Vou de Guarani e Inter. Os favoritos são os donos de casa, mas vi nos dois times ultimamente coisas que podem surpreender. No Inter, a boa dupla André/Diego. E no Guarani, o técnico Pepe deu um novo gás, fazendo o time ir e voltar de forma mais compacta. O que pode estragar tudo é alguma pixotada do volante Emerson, um verdadeiro trapalhão.
E, sei lá, tenho medo do Paulão desmaiar de novo (como desmaiou no meio de uma entrevista quando foi contratado pelo São Paulo) e deixar a bola nos pés do Rodrigo Fabri.
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O Vasco pega o Goiás e deve tomar cuidado com Vando, centroavante contratado do Vila Nova (GO). Ele ainda vem pegando ritmo, mas colegas de Goiás me disseram que o cara tem vocação de gol. Não sei se é Vando ou Wando, mas eu escrevo Vando porque considero que centroavante de respeito não pode ter o mesmo nome que cantor de música brega.
Só meio-campo, como Falcão.
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O Corinthians vai à Ressacada pegar o Figueirense. Eu errei coisa pra cacete aqui, falei um monte de merda, mas pelo menos avisei que o futebol catarinense veio para dar trabalho - e acertei, já que o Figueira arrancou empate do Vitória e o Criciúma detonou o Flu. Pois este Corinthians sem Vampeta e com Fabrício sentindo o peso da responsabilidade pode ter problemas com o Figueira. Apesar de serem um time de vovôs, como o goleiro Ivan (38 anos), o atacante Evair (36) e o maluco Zinho (37), vice-campeão brasileiro pelo São Caetano em 2001. Ivan talvez dê lugar a Edson Bastos (atenção, Bastos, e não Passos, como no estádio do América).
Só fico na dúvida porque time que tem craque como Gil não perde fácil.
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O Vitória de Joel Natalino Santana vai a Belém para ser atropelado pelo Papão da Curuzu. Coluna um, sem nem pensar. Só se Nadson (guardem o nome), jovem revelação do Vitória, entrar e salvar o time, que não é ruim, mas não é bom a ponto de resistir àquela torcida que vem crescendo em loucura com a Libertadores (onde o Papão se classificou).
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A Ponte pega o Juventude em casa, ambos times que empataram na estréia, ambos times que perderam peças importantes de 2002 para cá. É o clássico do remendo. O Juventude perdeu o técnico Ricardo Gomes e o goleiro Diego (que foi para o Furacão). A Ponte Preta perdeu Hernani, Caíco, Luciano Baiano, Fabinho, Mineiro, Alex Oliveira e Basílio. Juntando todos esses bondes, dá alguma coisa que deve fazer falta. Pelo menos Fabinho jogou bem pelo Flamengo contra o Ceará na Copa do Brasil.
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O Azulão recebe o Criciúma, bom teste para o Tigre do Sul. Mais provável dar Azulão, mas o Criciúma, que é Tigre, pode virar também uma simpática zebra. Pena que seus atacantes sejam muito fracos nas conclusões, perderam três gols feitos contra o Flu.
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O Paraná recebe o Furacão, mas deve ser no Couto Pereira ou no outro estádio do Paraná (não lembro o nome), pois o Durval de Brito tem lugar para 12 mil, e o regulamento do Brasileirão exige um mínimo de 15 mil lugares.
Clássico para pegar fogo - o Furacão vive um momento MUITO melhor do que o Paraná, mas Cuca tem motivado o elenco do tricolor.
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Na Fonte Nova, o Bahia pega o Flamengo. Bobô sofreu muito em Fortaleza, ainda mais com o pênalti perdido por Nonato, que há dois anos é considerado o melhor jogador do Bahia. Só que os tricolores baianos também têm o seu Liédson: choram até hoje a saída de Robgol, que foi para o Paysandu para jogar a Libertadores (como fez Liédson, que hoje ganha menos no Corinthians do que o Flamengo lhe ofereceu).
O tricolor baiano deve estrear Paulo Sérgio, tetracampeão do mundo. O Flamengo de Nelsinho, porém, está se armando. O time está muito mal, vive uma fase péssima, mas Nelsinho está repondo peças, trocando jogadores, mexendo no time, exigindo dos jogadores, enfim, está fazendo um bom trabalho de reconstrução. Hoje, estive na Gávea pelo jornal e ele me disse que pretende pedir pelo menos mais um atacante à diretoria, para disputar vaga com Jean, Fernando Baiano e Zé Carlos. Ainda bem.
Quem sabe o Flamengo não surpreende e começa bem a semana de folga? Vamos aguardar. Difícil é fazer um prognóstico. Fácil é saber para quem eu vou torcer, claro. Só não conto porque, assim como o Tinhorão, quero ser um analista isendo e desapaixonado.
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A cada disputa de pênaltis, o coração sofre como se mil mulheres me deixassem ao mesmo tempo.

posted by Unknown at sexta-feira, abril 04, 2003