wNove meses
Um web log estritamente sobre o campeonato brasileiro mais longo de toda a hist?ria, que durar? nove meses, e onde o campe?o ser? aquele que fizer mais pontos.


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wdomingo, junho 29, 2003


De volta à antiga luta
Depois do ataque (?) rubro-negro não conseguir fazer gols no Figueirense do goleiro Édson Bastos, resta à torcida do Flamengo se conscientizar: já começou a luta contra o rebaixamento, como em 2001 e 2002.
Ninguém em pleno domínio das faculdades mentais é capaz de acreditar que o Flamengo vença o Grêmio no Olímpico domingo. Vão jogar como sempre jogam fora de casa: para perder de pouco, já que o empate é o resultado sempre desejado por Nelsinho Baptista (nunca o técnico rubro-negro vai jogar fora de casa pensando na vitória ).
Depois do Grêmio, o Juventude no Maracanã - outro dos times do Sul que o Flamengo não consegue vencer nem em casa.
O tenebroso Atlético Mineiro, no Mineirão, vai terminar o serviço. A esta altura o time deverá estar entre os quatro últimos.


posted by Unknown at domingo, junho 29, 2003


wsexta-feira, junho 27, 2003


Sabotaram o Nove Meses
O blogger mudou para NEW BLOGGER, e por isso a atualização do Nove Meses se perdeu em algum lugar da internet. Segue abaixo uma atualização parcial, de alguns jogos.
E parece que há problemas de acentos.
Acho que o jeito será migrar daqui, com urgência. O New Blogger veio para irritar.

posted by Unknown at sexta-feira, junho 27, 2003


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Ficou difícil
Sim, o Campeonato Brasileiro ficou mais difícil com a volta dos jogadores da Seleção – de imediato, Corinthians e Cruzeiro saem ganhando, apesar de eu ainda ter esperanças de que Fluminense e Internacional possam oferecer bastante resistência nos dois bons jogos de domingo, na minha opinião os principais da rodada, os mais atraentes.
Mas digo que ficou difícil também a Libertadores para o Santos – o que é uma verdadeira ducha de água fria, depois de todos nós pensarmos na História (“A história se repete como farsa”, a frase de Karl Marx, valeria se o Santos ganhasse roubado) se repet indo 40 anos depois.
O gol de saída marcado por Delgado deu um susto nos santistas. É claro que não deve ser fácil, nem mesmo para o mais experiente dos jogadores, ver seu time levar um gol e acompanhar uma horda de argentinos alucinados descendo as arquibancadas da Bombonera ao mesmo tempo. É claro que mexe com os nervos – ainda mais se considerando que a torcida do Boca não parou de cantar um só minuto. Um fenômeno.
O Santos até que reagiu muito bem, melhor do que muitos times mais experientes. No segundo tempo, enfrentou com valentia o ferrolho venenoso de Carlos Bianchi, esse ferrolho que tranca a porta mas ao mesmo tempo prepara um contra-ataque com dois ou três passes.
Só que o mesmo nervosismo do início foi o que atrapalhou o Santos: saída de bola mal feita, desespero na hora de corrigir, bola sendo atrasada de pé em pé até chegar em Fábio Costa, que deu um chute torto, meio “furando”. A bola subiu errado, caiu para um argentino, Reginaldo fez a falta perigosa e ainda foi expulso. A seguir, o resto do prejuízo: Delgado, mostrando que além de delgado é largo, acertou um chute despretensioso que passou por baixo de Alex. E por causa de um lance desses, bobo assim, o Santos pode perder a Libertadores.
A não ser que na quarta-feira consigam lotar o Morumbi e fazer um gol antes dos 20 do primeiro tempo. Aí, será emocionante. Como não é meu time mesmo que está em campo, topo até disputa de pênaltis – por isso pedirei aos amigos André Amaral e Juliano Costa que façam check-ups urgentes em cardiologistas de confiança.

Mistão do Peixe
E por falar no Santos, Leão já adiantou que colocará em campo, neste sábado, contra o Bahia, na Vila Belmiro, mais da metade de jogadores reservas. O técnico disse isso ao desembarcar, mas ainda não adiantou quem entra e quem sai – certo mesmo é a saída de Paulo Almeida, não pela cagada que fez contra o São Caetano, mas por causa do terceiro cartão amarelo.
À exceção de William, um atacante que qualquer técnico gostaria de ter contra seu time, o resto do mistão do peixe deve ter boa qualidade – basta dizer que Nenê, ex-Palmeiras, que tem entrado sempre bem no time, é reserva.
O time do Bahia tem conseguido alguns bons resultados, a começar pela vitória no Ba-Vi, que ninguém esperava (e que ajudou a mandar Joel Santana para o vinagre). Sentem falta de Pretto, mas tem em Luis Alberto, revelado pelo clube, um bem disposto organizador de jogadas. Além disso, contam sempre com o chute violentíssimo de Lino (ex-lateral do Figueirense, fez gol de pênalti no Flamengo ano passado e infernizou todo mundo pela esquerda) e a sorte de Nonato, que tem feito gol até de costas.
Não sei que mistão estará em campo, mas se o Peixe vier sem Renato, Diego, Robinho e Ricardo Oliveira (que ainda não está bem), acho que o Bahia consegue arrancar um empate lá dentro.


posted by Unknown at sexta-feira, junho 27, 2003


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O Vasco começando a subir
O Fortaleza reestréia o ídolo Finazzi, que fará dupla de ataque com Vinícius, ex-Flamengo (o encrenqueiro que provocou enorme porradaria na final da série B ano passado). É um time perigoso em seus domínios, mas perdeu para o Paysandu e para o Corinthians, só para citar alguns exemplos. Depois que os laterais do ano passado, Chiquinho e Sérgio, caíram de produção e andaram até saindo do time, o Fortaleza perdeu o poder de passe e aparentemente Clodoaldo ficou na mão. O tutelado de Marlene Mattos até agora não teve o prazer de fazer a rede balançar nesse Campeonato, isso depois de ser exaltado ao longo de três meses por programas da Globo.
É contra este time que ainda não conseguiu se firmar que o Vasco começa sua subida na tabela. Não digo que vai vencer, acho que um empate estará de bom tamanho. Tenho lá minhas dúvidas sobre a vitória vascaína por causa da contusão de Cadu, que começaria jogando ao lado de Edmundo. Agora, quem começa é o Pantera, Donizete. E sinceramente, ataques com mais de 60 anos, independentemente da categoria de jogadores como Edmundo, tendem a ser menos eficientes, ainda mais contra uma defesa que tem Erandir, jogador rápido, razoavelmente técnico e extremamente carniceiro.


Luta de emergentes
O Coritiba pega o São Caetano lá no Alto da Glória, neste sábado, em um pega-pra-capar de emergentes. O vencedor deste jogo (ambos estão em quinto, com 24 pontos) deve se manter entre os quatro primeiros do Campeonato ao fim da rodada. O Coxa tem o fator campo a favor, e mais a volta do meia ofensivo Lima e do atacante Edu Salles, titular ao lado de Marcel.
Paulo Bonamigo teve alguns problemas na defesa e deve promover a entrada de Odvan. Para se ter uma idéia do quanto ele gosta dos “reforços” Maurinho e Odvan, basta lembrar que mais uma vez ele vai improvisar Jackson na lateral direita, só para não escalar Maurinho. E como o zagueiro titular Danilo se contundiu e não tem mais ninguém, entra o Odvan.
Mário Sérgio não terá Gustavo na zaga do Azulão, que é até agora a melhor do Campeonato, tendo sofrido somente 13 gols.
Ainda não definiu quem entra na zaga, mas pelo jeito o Coxa vai se aproveitar da indecisão e atropelar o São Caetano.

Copa das Contusões
Depois das centenas de piadas de humor negro (inclusive com o trocadilho “negro= Camarões) com a morte de Marc Vivien Foe, do Lyon, vale refletir: essa Copa das Confederações foi a Copa das Contusões. O mais engraçado é que até quem não jogou volta sem poder atuar pelo Campeonato Brasileiro, como Júlio César, goleiro rubro-negro, e Luis Fabiano, atacante excepcional do São Paulo. Kaká e Fabiano também não pegam o Guarani, time mordido depois da derrota tumultuada para o Fluminense.
As seqüelas da derrota foram se arrastando ao longo da semana, com multas para o lateral-esquerdo Alex e para o meia Lúcio, ambos expulsos contra o Flu – eu avisei que alguma merda Lúcio iria dar um jeito de fazer...
Ricardinho, que voltou criticado da tal Copa das Confederações, volta ao meio-campo,.e mais motivado, segundo diz.
Nem precisa estar motivado para levar o São Paulo a arrancar pelo menos um empate lá no Brinco de Ouro.

Romário x Corinthians
A idéia de confrontar um jogador contra um time vem dos tempos em que o mesmo Roberto Dinamite tocava o terror nos mesmos Rondinelli e Manguito ou o mesmo Zico tocava o terror em Abel e Geraldo. Vem dos tempos em que os jogadores se mantinham nos clubes, criavam rivalidade contra determinados adversários, e tinham mais ou menos os mesmos marcadores – o Éder dava uma porrada no Rondinelli em um Atlético-MG x Flamengo em um jogo, e o Nunes prometia vingança para dali a um ano. E a vingança acontecia.
Por isso, acho uma baboseira hoje em dia a afirmação de que “Romário se dá bem contra o Corinthians”. Acontece, como acontece com diversos clubes, de Romário fazer gols porque esta é a única coisa que ele tem como obrigação. Acho válido que essas afirmações fiquem na arquibancada, apesar de eu não ver com bons olhos o torcedor tricolor querer bancar essa estatística se baseando em gols rubro-negros, como o do elástico em cima de Amaral.
Romário já deve ter feito gols em 16 zagueiros diferentes sobre o Corinthians, deve ter feito gols até na Ponte Preta quando ainda tinha o Fábio Luciano.
Ora, não é porque é o Corinthians que Romário vai se dar bem ou não. É porque é o Romário, e apenas isso. E as chances dele aumentam com a parceria de Carlos Alberto – não sei se Lopes pode ajudar, porque até agora não se mostrou em forma ideal. Teve lampejos que o definem como bom jogador, como o passe para Fábio Bala (por onde anda?) fazer o gol da vitória contra o Grêmio.
Com o retorno de Gil, Fábio Luciano e Kleber, que me perdoem os tricolores, mas o Corinthians é favorito. Ainda que eu ache que esse esquema fechadinho, só com Romário no ataque, pode até render bons frutos domingo.


posted by Unknown at sexta-feira, junho 27, 2003


wquarta-feira, junho 25, 2003


Os iguais se atraem
Jorge Kajuru está "apostando jantares", dizendo que o Santos vai ser campeão. Pessoas de sua equipe apostam no Boca, ele diz que vai de Santos - e passa tanta credibilidade quanto Eurico Miranda dizendo que o Flamengo é o Rio no Campeonato Brasileiro, digamos assim.
Em dado momento, no programa desta quarta-feira, ele diz algo que eu não teria coragem de dizer em público: "João Kleber me telefonou".
João Kleber, aquele das pegadinhas "inteligentes".
João Kleber apostou com o Kajuru que vai dar Boca.
Isso é bom para aqueles que vão secar o Santos saberem do lado de quem eles estão...

posted by Unknown at quarta-feira, junho 25, 2003


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Agora até o Romário pode me chamar de Peixe


Pelé, com a camisa do Peixe: que todos os bons ventos que sopravam naquela época soprem novamente hoje na Bombonera

Hoje não tem jeito: o Santos, a exemplo daquele Santos de 1963, tem o Brasil inteiro a seu lado. É mais uma façanha desse time inesquecível: além de vencer o Campeonato Brasileiro de 2002, ainda conseguiu ao longo de 2003 arregimentar torcedores de outros clubes em prol de sua causa, que é ser o único brasileiro tricampeão da Libertadores.
Nem mesmo a maioria dos são-paulinos, acredito, se importam em serem ultrapassados. Talvez apenas os corintianos – certamente não todos – devam secar o Peixe hoje, nessa batalha épica, nesse jogaço contra o perigosíssimo time do Boca Juniors.
Eu, que torci por um time que deu um vexame enorme, gigantesco, maculando sua história na Libertadores do ano passado (sim, eu vi o Flamengo perder de forma ridícula e bisonha para o Universidad Católica no Maracanã e vi o time empatar sem gols com o Olímpia com dez jogadores no mesmo estádio), hoje estou ao lado deste Santos espetacular, que joga mostrando que tem objetivos.
E me agradou muito abrir O Globo nesta quarta-feira e ver que a página de abertura, a mais nobre do Esporte é o Santos, e ainda mais uma página interna e o colunista são voltados para a batalha da Bombonera.
Ora, nenhum bairrismo poderia resistir ao Santos. Nenhum bairrismo poderia fazer um editor deixar de dar aquela foto de Robinho e Diego para dar foto de qualquer um dos assuntos do dia no futebol carioca: Váldson e Fábio Baiano dispensados por Nelsinho, Cadu jogará ao lado de Edmundo no Vasco e Gilmar (zagueiro) está de volta ao time do Botafogo.
Hoje, não devemos nos iludir, o futebol brasileiro terá uma guerra, uma batalha digna de Copa do Mundo ou Eliminatórias. A guerra de nervos já começou: o diário Ole (é Olé, mas não posso colocar acento perto do link) já mandou uma resposta editorial ao técnico Leão.

”Menos mal que a primeira partida será no inverno de Buenos Aires, pois a temperatura da partida está aumentando e o calor, é claro, vem do Brasil. Os santistas estão temendo a violência argentina. O temor de Leão e dos jogadores não tem fundamento. Tudo isso porque o técnico Emerson Leão não teve boas recordações em nosso país"

Todos sabem que o temor de Leão tem fundamento, sim. Quando enfrentou o Lanús, em 1997, pela final da extinta Copa Conmebol, todos se lembram, Leão apanhou mais do que carne de terceira. Por isso, Leão está preparando seus jogadores para intimidações e agressões por parte de adversários e torcedores. E isso vem provocando indignação na imprensa argentina.
Não acho que podemos reprovar essas atitudes dos hermanos – qualquer um sabe que Libertadores é isso em qualquer país da América Latina. E Eliminatórias da Copa podem ser até pior. Para entrar no clima, cito um episódio interessante.


A Bombonera lotada: o Santos vai para a guerra na noite desta quarta-feira

Em 2001, em uma festa em Laranjeiras, conheci um amigo australiano de uma amiga minha. Era a semana anterior do segundo jogo entre Austrália e Uruguai, valendo a última vaga para a Copa do Mundo – a Austrália vencera a primeira partida, em Melbourne, por 1 a 0. O gringo não falava uma palavra de português, e eu enveredei pelo assunto que converso com absolutamente todo e qualquer estrangeiro em visita ao Brasil: “And what about soccer?”. O gringo respondeu com um entusiasmo juvenil, meio que me sacaneando, dizendo que “Aussie (Austrália) will beat Brazil in World Cup”. Eu pedi calma e disse, “Hey man, what about Uruguay?”, enquanto, ao mesmo tempo, explicava a ele que a bebida que ele sorvia (Caipirinha) se chamava “Little Country Girl”.
“Oh, Aus-sie, aus-sie, aus-sir! We’ll beat Uruguay next week, AAUUUSSSIE!!!”.
Bom, continuei na festa, não vi mais o gringo. Mas pensei se a confiança dele continuaria a mesma ao ver 80 mil uruguaios ensandecidos, aloprados, berrando no Estádio Centenário. Dias depois, a Austrália desembarcava em Montevidéu com os jogadores sendo apedrejados. “É, acho que ninguém gritou Aussie”, pensei. E fui pelo mesmo pensamento ao ver Ricardo Morales tirando a camisa e correndo para comemorar com uma horda de uruguaios alucinados o seu segundo gol na partida (e o terceiro do Uruguai).
Por isso tudo, vamos gritar SANTOS ao invés de gritar Aussie. Sabemos que lá é isso mesmo, a porrada come. Vamos torcer, sabendo que Leão pelo menos já deu o aviso: se o Santos tiver problemas, terá troco no segundo jogo, a porrada vai comer.
Uma idéia boa
O polêmico visitante Luís dá uma idéia que achei boa (os torcedores do Santos não achariam): a final da Libertadores bem que podia ser no Maracanã, iria lotar, como nos tempos de Pelé. E evitaria que alguém fosse ao estádio para secar.
Do meu ponto de vista, a idéia é boa, pois eu certamente iria ao jogo. Mas acho difícil convencer um torcedor do Santos de que a idéia é legal, ainda mais depois dos acontecimentos trágicos de 1995 após o primeiro jogo da final do Brasileiro com o Botafogo.

posted by Unknown at quarta-feira, junho 25, 2003


wterça-feira, junho 24, 2003


E seguem caindo os técnicos - atualizado nesta quarta-feira, 25 de junho
Desta vez é Marinho Peres que sai do Juventude depois de uma vitória (contra o Paraná, em Curitiba), quatro empates e três derrotas (incluindo aí dois empates com o 15 de novembro pelo Gauchão). O número de técnicos que saíram de seus clubes após o início do Campeonato aumenta, então, para 12. Com a saída de Marinho Peres e agora de Joel Santana, do Vitória, que incluo aqui em atualização pós-post:
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense
pela Copa do Brasil, mas já de volta ao Fortaleza)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair)
11 - Vágner Benazzi (Figueirense)
12- Marinho Peres (Juventude)
13- Joel Santana (Vitória)


Tite, ex-Grêmio, está cotadíssimo para assumir a vaga no Juventude. Edinho, ex-zagueiro, que mora em Salvador, tem grandes chances de assumir o Vitória.

Kaká no banco?
O meia foi expulso no jogo contra o Goiás e desfalca o São Paulo contra o Guarani. A coisa anda feia para o lado de Kaká, pois até o técnico interino-efetivado Rojas já cogita a possibilidade de banco para o jovem pentacampeão.

Confirmado
Edmundo volta mesmo contra o Fortaleza. O Animal não joga desde o dia 14 de maio, naquele Vasco x Cruzeiro em São Januário. O Vasco deve acertar com Beto. Em mais 10 dias, acho que Edmundo entra no melhor da forma, e assim o Vasco pode começar a subir no Campeonato Brasileiro. A hora é agora – vencer Fortaleza no Castelão (ou será no PV?) e o Paraná em São Januário é um bom (RE) começo.

posted by Unknown at terça-feira, junho 24, 2003


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Seleção Brasileira x Campeonato Brasileiro


"Ô Joaquim, eu pedi duas Skol e não uma Brahma"

A eliminação do Brasil na Copa das Confederações deu uma subida de nível na rodada que vem – o Internacional agora terá que ser tão heróico como aquele Inter de 1980, que arrancou empate do Atlético Mineiro no Mineirão pelas semifinais do Brasileirão com um gol de Cléo Hickmann (não, acho que não é parente da modelo Ana). Afinal, o Cruzeiro vem completo, com Alex, Edu Dracena, Maurinho e....não! Aristizábal ainda joga, pela Colômbia, nas semifinais da Copa das Confederações, contra Camarões.
Os colorados têm que torcer pela Colômbia então, porque qualquer desfalque para o adversário em um jogo destes é importante.
Ainda voltam Luis Fabiano para o São Paulo e, infelizmente para o Fluminense, Gil, Fábio Luciano e Kleber para o Corinthians – ainda que este último não tenha mostrado ainda na Seleção os motivos de ele ser um dos principais jogadores das campanhas vitoriosas do Corinthians. Bom, está certo que foi um dos principais jogadores das campanhas fracassadas, como a da Libertadores, quando foi expulso de campo contra o River Plate. Mas Fábio Luciano é um retorno importante, não há dúvida.
Voltam os do Furacão – Kléberson, a meu ver, injustamente criticado, já que todos sabiam de seu declínio após a Copa do Mundo. Adriano foi pouco testado e Ilan, bem, Ilan foi convocado por causa das atuações no Campeonato Brasileiro, certo? Sempre anunciamos aos quatro cantos do mundo que o Campeonato Brasileiro é um dos “mais difíceis do mundo”, certo? Temos que decidir: ou Ilan é bom ou o Brasileirão não é tão brabo assim, com seus Juventudes e Fortalezas caindo pelas tabelas.
Mas eu prefiro apostar em uma terceira via (e continuar acreditando que Ilan tem seu valor, ainda que jamais pela Seleção Brasileira, e o Brasileirão é brabo mesmo):
Fazer três gols no Flamengo, como fez Ilan, já não é mais tarefa para nenhum fora-de-série, esta é a verdade.
No terceiro gol de Ilan na goleada (uma das 25 que o time levou desde 1995) do Furacão (merecidíssima, um placar pequeno diante do que jogaram as duas equipes) sobre o Flamengo, o atacante passa pelo zagueiro André Bahia como um punguista passaria diante de uma velhinha carcomida na fila dos bilhetes do metrô. Ora, não é por causa disso que um jogador é convocado para disputar uma competição oficial pela Seleção Brasileira. E não pode ser esse o motivo de um treinador deixar Alex e Gil no banco e Ilan em campo.
E continuo insistindo: é muito difícil entender a escalação de Emerson. O destino (ou Deus) nos deu uma importante lição, permitindo que fôssemos pentacampeões após a saída esdrúxula de Emerson antes da Copa, se machucando quando treinava no gol. Ontem, sua imagem correndo atrás do turco enquanto pedia impedimento é algo que causa enjôo.
Assim como causa enjôo a crônica esportiva e Galvão Bueno (“uma página negra do futebol brasileiro”, disse ele). Esses são os personagens que mais cornetaram que o técnico pós-Scolari deveria ser Parreira. Todos ressaltavam o papel de Parreira no “Corinthians-da-posse-de-bola”.
Eu mesmo fiquei impressionado em 2002, quando fui ao Maracanã ver Flamengo 0 x 1 Corinthians (gol de Guilherme, o Marechal da Derrota). E era aquilo mesmo, o Corinthians dominando no meio, tocando, tocando, tocando, até que de repente mandavam a bola para Gil ou Deivid e tome sufoco.
Agora, estes mesmos senhores fazem uma gritaria chatérrima, um verdadeiro escarcéu, por causa de três amistosos sem validade e um torneio que mal deve ter atraído a atenção de um Office boy em frente à vitrine da Tele-Rio
Estão transformando o cargo de técnico da Seleção Brasileira na função mais ingrata do mundo. O próprio Felipão foi apedrejado de todos os lados em praça pública, criticado, atacado, inclusive por certos colunistas esportivos (muito criticados também por Oswaldo Tinhorao), e voltou com o pentacampeonato. Não vi ninguém se retratando, dizendo “eu estava errado”; vi, pelo contrário, Galvão Bueno tentando ser “amiguinho” de Scolari ao fim de cada vitória na Copa (naquela que, apesar de babas como Costa Rica e China, foi a maior campanha de uma Seleção campeã na história das Copas).
Esquecem de que Parreira é isso mesmo, um técnico que primeiro defende, mantém posse de bola, e depois ataca. E se esquecem de que é necessário mais tempo para colocar o time jogando bem desse jeito, antes é preciso testar jogadores que farão parte deste esquema.
Ou será que agora acham que Parreira é mau técnico? É ruim um técnico que vai defender seu time de coração na terceira divisão? É ruim um técnico campeão da Copa do Brasil, do Rio-São Paulo 2002, Brasileiro (1984)??
Pode até ter convocado mal este ou aquele jogador (Ilan, sem dúvida, é para clube, não para Seleção), mas, ora, está experimentando, é isso mesmo.
Tudo bem, poderia parar de experimentar Emerson.


posted by Unknown at terça-feira, junho 24, 2003


wsegunda-feira, junho 23, 2003


Cruzeiro x Inter sensacional no domingo que vem
As vitórias de Cruzeiro sobre o Juventude (1 a 0) e de Inter sobre o Paraná (2 a 1) tornaram o confronto de domingo o primeiro tira-teima de verdade deste Campeonato Brasileiro. É claro que a vitória do time mineiro sobre o Juventude em Caxias do Sul (sob um frio tenebroso, pelo jeito, já que os mineiros jogaram de luvas como se estivessem na Alemanha) o torna favoritíssimo para este tira-teima. Ainda mais se a Seleção Brasileira não vencer a Turquia (o que, convenhamos, é o mais provável a acontecer) e Alex voltar mais cedo para a Toca da Raposa.
A derrota de ontem fez com que o técnico do Juventude – Marinho Peres- colocasse o cargo à disposição. Essas coisas me lembram uma grande amiga, casada com um ex-editor de O Globo. O marido conviveu algum tempo com Evandro Carlos de Andrade, jornalista que tinha a frase definitiva sobre essa coisa de “colocar o cargo à disposição”. Segundo minha amiga, Evandro dizia que “o cargo está sempre à disposição”.
Do jeito que vai o Juventude, de fato qualquer técnico obedecerá a esse regime. O time gaúcho só está na frente de Ponte Preta (que perdeu uns oito pontos no STJD, nem sei quantos), Fortaleza (que já usou dois técnicos e trocentos jogadores – Macedo, Scudero, Bechara...) e Goiás (que, a exemplo do Flamengo, “priorizou a Copa do Brasil” e agora está em último).
Já o Cruzeiro segue firme, isolado na liderança e no próximo fim de semana, se vencer o Inter, começa a se distanciar de verdade, já que o terceiro colocado São Paulo vai a Campinas encarar o Guarani.
A segunda-feira é tricolor


Frase inteligente de sempre sobre Romário: "É, deixou Romário sozinho, na pequena área, sem marcação, com o goleiro deitado e o gol vazio, não tem jeito, é gol"

O Vasco jogou sábado e venceu com dificuldades, o Flamengo apenas empatou, graças a sua defesa que não reconhece de jeito nenhum que está afundando o time, como já o fez perder um campeonato, por isso tudo, a segunda-feira é mesmo de festa tricolor. Primeiro, por ter chegado à décima colocação, e depois por causa de Romário, que faz definitivamente qualquer torcida ficar mais feliz, ainda que eu tenha restrições extra-campo à presença dele no Flamengo (restrições muito bem desenvolvidas por Oswaldo Tinhorão ).
Sem contar, acrescento, em adendo posterior, que seus problemas de lesão têm aparecido em horas inoportunas, como ano passado, quando saiu de uma semifinal de Campeonato Brasileiro no Morumbi contra o Corinthians, deixando o Fluminense na mão.
Mas sem dúvida Romário pelo menos tem capacidade para matar uma bola, coisa que Zé Carlos e Jean desconhecem. Talvez até achem desnecessário. Ontem o Flamengo só não ganhou porque Zé Carlos recebeu um cruzamento quase na pequena área e não conseguiu pensar a tempo se matava a bola ou chutava. Resultado: fez um pouco (muito pouco mesmo) de cada coisa e a bola foi parar nas mãos do goleiro Alexandre Favaro.
Com Romário é diferente, como se viu ontem. É claro que a presença dele em campo acaba com a criatividade dos comentaristas esportivos, que após um gol fácil dele só sabem falar a mesma coisa: que bola nos pés de Romário na pequena área é gol, etc, etc. Um saco.
Mas ontem, Romário além de tudo atrapalhou o 3-5-2 de Pepe, se mantendo ali entre a intermediária e sua região preferida, a área. Com seu talento sobre o qual é desnecessário falar, fez até lançamentos, com um perfeito no fim do primeiro tempo, que fez Josafá escorregar de tão surpreso.
Zada teve uma atuação surpreendente, mas deu azar de jogar muito bem em dia que Romário fez três gols – ou seja, vai passar despercebido.
O fato é que o Fluminense voltou para o jogo. E pode, sim, ao contrário do que dizem até alguns tricolores, vencer o Corinthians domingo, esse Corinthians que parece estar sentindo mais a falta de Fábio Luciano do que de Gil, por incrível que pareça. E também, claro, de Kleber.
Vencendo o Corinthians, o Flu “ganha seis pontos”, porque o time paulista está na frente.

Erramos no mais importante
O Nove Meses acertou seus prognósticos mas errou no fundamental, que eram os jogos dos líderes Cruzeiro e Santos. Ao contrário do que eu pensava, o Cruzeiro superou o frio, a retranca e a pressão da torcida, e venceu o Juventude. E o jogo do Santos foi adiado, por causa da Libertadores, mas como bem ressaltou Juan Saavedra, ajudando um pouquinho o Atlético Paranaense, que tem Adriano, Kleberson e Ilan na Seleção Brasileira.
Mas pelo menos acertamos que o 3-5-2 do Joel Santana não seguraria o São Caetano. Pelo contrário, não segurou nem o Azulão (que venceu o Vitória de virada por 2 a 1) e nem seu próprio cargo – novamente começaram os rumores de que Joel não permanecerá à frente do Vitória.
E ainda dizem por aí que o velho Natalino está de malas prontas para o Rio de Janeiro. Bom, pelo que sei, os dois técnicos ameaçados de cair aqui no Rio em caso de derrota eram Renato Gaúcho e Antônio Lopes. E ambos venceram.

A coisa está preta na Ponte
Depois de fazer 3 a 1, a Ponte deixou escapar a vitória, vitória esta que pelo menos a tiraria da companhia do Goiás, na lanterna. O time campineiro estreou Nenê (não, não é o ex-Palmeiras e atual Santos, é um que jogou no México), que não pode se queixar: fez um gol logo de primeira e no fim foi expulso. Ninguém pode dizer que Nenê teve uma estréia inexpressiva.
Agora, deve-se registrar que foi um clássico de carnificina – foram dez cartões amarelos e dois vermelhos (ambos para a Ponte).
O fator positivo para a Ponte é que Fabrício Carvalho voltou a ter uma atuação razoável, superando a fase em que a torcida estava pedindo seu escalpo. Porém, sua atuação se deveu a Adrianinho, que jogou mais encostado no ataque, possibilitando as tabelas.
A Ponte peca muito pelo azar. Perdeu jogos bobos e agora permite que o Corinthians empate, com Rogério marcando dois ainda por cima – um deles de falta, bem a seu estilo. E, claro, com a marca do artilheiro Liédson, que não se cansa de fazer gols. Será que vai mesmo para o Dínamo de Kiev?

Esta zaga rubro-negra
É claro que levar gols faz parte, todo mundo está exposto, etc, etc, etc, incansáveis etcs. Mas a zaga rubro-negra tem que reconhecer que há problemas, mesmo tendo enfrentado um ataque que tem um vice-artilheiro (Robson, agora com 10 gols) e um terceiro colocado (Vélber, com nove gols) na artilharia do campeonato.
No primeiro gol, Yarlei recebeu tendo apenas Jônatas a marcar seu ectoplasma (quando Jônatas esticou a perna, Yarlei já estava tirando a camisa para comemorar), com os zagueiros fora da jogada em uma bola que mal entrou na grande área. E no segundo gol, o de Robson (o Robgol), mais uma vez um atacante cabeceou livre – a diferença para o gol de Deivid na final da Copa do Brasil é que Robson teve que subir um pouco.
Se a zaga não fosse tão frágil, o Flamengo poderia ter saído com uma vitória. Se Diego, goleiro reserva, não estivesse tão atento, o Flamengo poderia ter saído goleado. E se Zé Carlos conseguisse matar a bola (algo que geralmente é treinado por jogadores profissionais todos os dias), o Flamengo poderia ter saído vencedor também. Enfim, um jogo cheio de variáveis – creio que o empate ficou bom, naquela pressão toda do Mangueirão. Agora, é claro que no jogo de volta, no segundo turno, o Flamengo tem que ganhar do Paysandu e não ficar perdendo com gol de Balão.
E Nelsinho tem que começar a ser mais ambicioso fora de casa. Ontem, com dez minutos de segundo tempo, o time já fazia cera. Se acha que pode jogar atrás o tempo todo com um gol de diferença, melhor contratar zagueiros. Com esses que estão aí, é difícil segurar a pressão.

Pontinho que pode ser importante lá na frente
O Fortaleza foi a Florianópolis e Vinícius, centroavante que está de volta ao time cearense, deixou sua marca. O Figueira só conseguiu o empate de 2 a 2 na base de muita pressão. E Vinícius até que se comportou direitinho – na última vez em que esteve em Santa Catarina com o Fortaleza, ele arrumou uma porradaria generalizada na final da Série B 2002, contra o Criciúma.

Quem vai torcer pela Seleção Brasileira?
Os torcedores que querem de volta Maurinho e Alex (Cruzeiro), Ilan, Kleberson e Adriano (Atlético Paranaense), Gil, Kleber e Fábio Luciano (Corinthians) e Luis Fabiano (São Paulo) ? Esses vão torcer tanto assim pelo Brasil?

Erramos
Diferentemente do que foi publicado alguns posts a baixo, o São Paulo não chegou às semifinais da Copa do Brasil, e sim às quartas-de-final, sendo eliminado pelo Goiás.

posted by Unknown at segunda-feira, junho 23, 2003


wdomingo, junho 22, 2003


Pausa para falar de Seleção Brasileira


Lúcio: no mínimo, não vai para Madrid porque na capital espanhola não pega o Discovery Channel (ou desculpa mais esfarrapada qualquer).

O zagueiro pentacampeão Lúcio pode ser pentacampeão mas não pode, em hipótese alguma, ser unanimidade. Confiando no fato de que ele não é mesmo unanimidade (não esqueçamos a pixotada em frente a Owen e a dificuldade na hora do gol de Camarões), faço aqui minha pergunta (Você recusaria uma oferta do Real Madrid se seu clube tivesse acabado de escapar do rebaixamento? ), baseada na notícia da France Press que reproduzo abaixo:
Leverkusen - Lúcio, zagueiro brasileiro do Bayer Leverkusen (primeira divisão alemã), recusou uma oferta do Real Madrid, noticia este domingo o jornal Express. "Não irei para Madri porque não quero", disse o pentacampeão.
O Bayer Leverkusen, finalista da Liga dos Campeões da Europa em 2002 que se salvou recentemente do rebaixamento, deve cortar gastos devido à queda na arrecadação com ingressos devido à ausência da equipe em várias competições na próxima temporada.
"É óbvio que seremos obrigados a vender jogadores internacionais de renome", confirmou por sua vez o diretor do clube, Reiner Calmund, ao jornal Welt am Sonntag.
"Há ofertas, mas não vamos vender os jogadores abaixo de seu valor. Lúcio representa a maior soma e é o jogador para o qual recebemos mais ofertas", acrescentou Calmund.


Acrescentaria outra pergunta: Lúcio recebeu mesmo proposta do Real Madrid? O que o fez recusar? Será que ele criou raízes afetivas na Alemanha?
E já que falamos de Seleção Brasileira, vale a pergunta: por que tudo muda, mas apenas Emerson permanece?



posted by Unknown at domingo, junho 22, 2003


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Persistência no erro
Fico imaginando que tipo de sorteio pode levar o sr. Giuliano Bozzano a apitar (?) mais um jogo do Palmeiras, depois do que aconteceu ano passado, quando o Flamengo foi assaltado a mão armada pelo supracitado árbitro catarinense.
Sim, alguma coisa está errada quando o sr. Bozzano apita Palmeiras x Botafogo.
Há um mês, o árbitro Márcio Resende de Freitas pediu pela imprensa que ficasse de fora quando houvesse sorteios para jogos do Santos na Vila Belmiro. Márcio até hoje teme represálias de torcedores santistas em relação a 1995.
O diretor de Árbitros da CBF, Armando Marques, deu um enorme sermão no dia do sorteio imediatamente posterior, dizendo que um árbitro da FIFA como Márcio não deveria fazer um pedido desses, que contrariava a lei, etc, etc, etc.
Minutos depois, veio o sorteio para Santos x São Paulo, na Vila Belmiro. E entre os três trios candidatos, não estava o de Márcio Resende.
Perguntei, e o diretor de árbitros me disse que "o sorteio já estava pronto desse jeito quando Márcio fez o pedido".
Não tenho provas para duvidar. Mas penso que deveriam adotar um critério para escolher os três árbitros dos quais sairá um para o jogo - assim como sem dúvida alguma foi pensado algo no Santos x São Paulo, de modo que Carlos Eugênio Simon, e não Márcio Resende, era o árbitro FIFA indicado entre os três (acabou sendo sorteado, porém, o sr. Sálvio Espíndola).
Afinal, não é possível, volto a frisar, que o sr. Giuliano Bozzano volte a apitar um jogo do Palmeiras, ainda que da série B, depois do assalto que aconteceu ano passado.
O resultado não poderia ser outro: Bozzano interpretou como "bola na mão" um pênalti cometido pelo zagueiro Daniel, do Palmeiras. Minutos depois, ainda no primeiro tempo, deu o segundo cartão amarelo (expulsão) ao lateral Daniel, do Botafogo.
Com raça, porém, o Botafogo superou a arbitragem ruim. Mais uma vez, o sr. Giuliano Bozzano viu seus objetivos frustrados.
Mas não custa repetir: que espécie de sorteio leva o sr. Giuliano Bozzano a apitar mais um jogo do Palmeiras em um Campeonato Brasileiro?

posted by Unknown at domingo, junho 22, 2003


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RODADA DE SÁBADO
Solidariedade gaúcha
Apesar de o Juventude se identificar mais com o Grêmio do que com o Internacional, acredito que neste domingo é o time de Caxias do Sul (que enfrenta o Cruzeiro) que vai mais ajudar o Colorado. O Inter tem novas chances de terminar a rodada do fim de semana na liderança do campeonato - Coritiba jogou quinta passada e Atlético-PR x Santos foi adiado - bastanto que seu conterrâneo empate ou derrote o Cruzeiro lá na gelada Caxias.
André Cruz, zagueirão, veterano da Copa de 1998, resolveu o problema de gols do Inter e ajudou este cavalo paraguaio a se manter na frente.
Que o Inter é "cavalo paraguaio", todo mundo - inclusive colorados - anunciou logo na terceira ou quarta rodada. O problema é que já vamos para a 15a e os gaúchos continuam lá na frente, em grande parte devido à juventude e ao fôlego de seu time.
Juventude
É esse o recurso que o Vasco deve utilizar para saltar um pouco mais à frente na tabela, apesar de seus brunos lazaronis, da silvas, etc. Contra o Criciúma, um jogo complicado, em que o lateral Eto substituía bem Paulo Baier e o meia Cléber Gaúcho com total liberdade para criar, diante de um meio-campo que não armava nada e além de tudo marcava muito atrás. O Vasco tinha dificuldades para sair de seu campo.


Lopes abraça Souza, aliviado - e já pensando que vai poder abraçar Edmundo, que tem volta confirmada contra o Fortaleza, sábado

Antônio Lopes, porém, fez a única alteração que havia para fazer no intervalo: colocou o jovem Moraes em campo, que na primeira jogada acertou um lançamento primoroso para Marcelinho, que por sua vez achou o grandalhão Souza dentro da pequena área com um toque de craque.
Depois, o mesmo Marcelinho sofreu um pênalti um tanto discutível, cobrou e definiu o jogo. O Tigre ainda tentou colocar Jabá, mas com essa mudança só arrancou trocadilhos dos radialistas. O verdadeiro Garotinho, na Rádio Globo, chegou a citar uma "frase histórica" (sic) de um antigo repórter: "Só é contra o jabá quem está fora dele". Belo exemplo de moralidade. Só falta alguém dizer "só é contra o desvio de verbas quem não pode desviar" e daí por diante.
Enfim, o Vasco agora pega o Fortaleza e deve subir um pouco mais, mesmo jogando fora de casa. Depois, pega em casa o Paraná Clube, e deve ganhar fácil. Com alguns pontos perdidos do bloco da frente, o Vasco pode chegar, ao fim do jogo contra o Paraná, entre os oito primeiros.
Galo detona o Grêmio
Pelo pouco que eu vi, poderia ser de mais, apesar de Caio ter diminuído pelo Grêmio. Ainda pegaram a bola no fundo da rede para tentar empatar, mas na minha opinião foi um esforço inútil. Afinal, jogo em que acontece gol de falta marcado por Alex Alves não é um evento que siga as normas do ponderável. Estava escrito.
O Atlético Mineiro volta então para o Bloco dos 8, esse local interessante de se permanecer em um campeonato de pontos corridos.
A crise do terceiro
Foi um sufoco, como todos nós sabíamos. Na despedida de Reinaldo, como se estivessem homenageando o novo atacante do PSG, o São Paulo perdeu muitos gols, e quase que o futebol é obrigado a registrar um gol de bicicleta de Júlio Baptista. Não fomos obrigados a isso, mas mesmo assim o meia salvou o tricolor paulista que, com crise e tudo, é o terceiro colocado do Campeonato Brasileiro.
Jogadores e técnico são mandados embora, técnicos por todo o país são sondados, craque do time é vaiado, enfim, tudo acontece no São Paulo, que este ano está indo bem no Brasileiro e foi finalista do Estadual e semifinalista da Copa do Brasil.
Quisera eu ver o Flamengo em crise mas com esses resultados (afinal, semifinalista e vice, na Copa do Brasil, é a mesma coisa).
Menos artilheiros
Não é só Reinaldo que vai embora. Parece que o Dínamo de Kiev, na Ucrânia, quer levar Liédson. O que nos levaria mais uma vez a refletir: será que esse campeonato vai mudar muito depois de julho, quando os times europeus começarem a contratar e alguns times brasileiros ficarem sem seus craques?
Fico imaginando se levam Alex e Maurinho, do Cruzeiro, Renato e Diego, do Santos e Gil, do Corinthians.

posted by Unknown at domingo, junho 22, 2003


wsexta-feira, junho 20, 2003


À sombra de Basílio
Bastou um lance de 15 segundos para que Corinthians x Ponte Preta se tornasse um clássico de primeira grandeza no futebol brasileiro, aqueles 15 segundos de 1977, em que depois de um bate-rebate que incluiu a trave, Basílio mandou a bola para dentro, junto com sua alma, para libertar o Corinthians de 23 anos (eles defendem que tecnicamente o jejum é de 22) sem títulos. De lá para cá, a sombra do Pé-de-Anjo (muito antes de Marcelinho) Basílio sempre paira sobre o confronto. Em 1979 ou 1980 (confesso que não me lembro) o Corinthians venceu novamente a Ponte, só que sem o mesmo sufoco, sem o mesmo glamour na final.
Neste fim de semana, fazem o principal clássico da rodada. Um clássico de pressão, já que a Ponte está entre os últimos do Brasileirão e o Timão vem de duas derrotas, para São Caetano e São Paulo.
Desfalcados de Gil, Kleber e Fabio Luciano, os corintianos começam a se preocupar com o excesso de dependência que o time tem dos dois primeiros. Citadini deve acertar a contratação em definitivo de Lucas (ex-Furacão, que está na reserva do Corinthians). Geninho, alheio a isso, já teme três derrotas seguidas, coisa que nunca aconteceu desde que ele chegou ao Parque São Jorge. Todos temem que o ambiente fique infernal.
Para complicar, a dupla de zaga é César (que já vinha substituindo Fábio Luciano) e Marquinhos (que substitui Anderson, expulso contra o São Paulo).
Sérgio Alves, por sua vez, recuou em sua decisão de sair da Ponte Preta – não sei se chegou a tomar a decisão, o fato é que saiu às pressas do Majestoso antes mesmo do Derby terminar, sábado passado.
Jogo de difícil prognóstico. Mas o fator campo (o jogo é no Moisés Lucarelli) e o fator Maior Desespero podem levar o time da Ponte a uma vitória animadora, até porque o adversário, mesmo desfalcado, merece respeito.

Tolerância Zero – sobrou para Sorato
Renato Gaúcho impõe o novo estilo no Fluminense, no qual todos devem marcar, correr, se desdobrar, etc. Só que ao mesmo tempo faz uma mudança no ataque com o objetivo de permitir que Romário corra menos: Josafá, ex-Madureira, entra no lugar de Sorato. Assim, Renato ainda evita as críticas recentes, de que o ataque tricolor tem 71 anos de idade.
O Fluminense, além das dezenas de problemas com contusões – é seguramente o time que mais sofreu no DM neste campeonato – ainda tem um pouco de azar: azar com arbitragens, azar com lances de jogo, azar com a tabela, que coloca no caminho sempre times chatos, pedreiras, como o Goiás, que além de ser chato ainda estava em último colocado no Campeonato.
Agora, tem pela frente um Guarani embalado por vitória no Derby. Sabem quem está de volta? Lúcio, aquele velho Lúcio Bala, que despontou como craque no Goiás e acabou entrando para a lista de contratações furadas do Flamengo. Lúcio tentou transferência para o novo Eldorado dos jogadores brasileiros, a Rússia, mas sabe-se lá por que, não deu certo. O clube era o Lokomotiv.
Não sei se Pepe vai escalá-lo contra o Flu no Maracanã, mas se escalar, as chances de vitória tricolor aumentam – já são grandes, devido à volta do volante Emerson no time bugrino. Se quiser pelo menos um empate, Pepe tem que colocar o time no 3-5-2 e deixar Rodrigão isolado lá na frente.
Os problemas levaram Renato à inacreditável escalação de Dejair na zaga para o próximo jogo. Mas apostaria em vitória tricolor neste domingo. Romário parece estar mais motivado, e a entrada do mal humorado Alex Oliveira pode melhorar o meio-campo – desde que ele não pense que vai ganhar a vaga de Carlos Alberto (suspenso para o jogo contra o Guarani), como deu a entender O Globo desta sexta-feira.
Alex Oliveira, disse que fará de tudo para que Romário chegue aos 1000 gols. O Baixinho deve ter ficado mais tranqüilo. “Bom, agora que o Alex disse que vai me ajudar, acho que eu chego lá”, deve ter pensado Romário.

O Tigre com menos dentes
O Vasco tem chances de dar uma pausa nas críticas da imprensa especializada, que acusa Antônio Lopes de defensivismo e o time inteiro de não ter ambição. Se existe nesse campeonato uma hora em que o time de São Januário tem que vencer, é agora, em casa, contra um Criciúma cheio de problemas. O principal armador de jogadas ofensivas do Tigre, o lateral-direito Paulo Baier, paga suspensão do terceiro cartão amarelo e quem o substitui é Eto – nunca ouvi falar, pensei até que fosse o camaronês que fez gol no Brasil quinta-feira passada.
O meia Paulo César, apesar de já ter cumprido suspensão (bate muito esse time do Criciúma), vai ficar no banco – Alexandre, que o tem substituído, continua em campo. Douglas deve entrar na vaga de Dejair (também suspenso). Outro que certamente desfalca é o zagueiro titular Duílio, há dois jogos fora do time por problemas de lesão.
Se conseguir escapar das porradas, o Vasco vence esse Tigre cheio de problemas.

O Galo é o coveiro
Eliminado da Libertadores, fora das finais do Campeonato Gaúcho, cumprindo campanha irregular no Brasileiro, o Grêmio de Daryo Pereira parece estar apenas pedindo as últimas flores em cima do caixão. O coveiro será mesmo o Atlético Mineiro, no Mineirão.
Para se ter uma idéia de como andam as coisas no Olímpico, no início da semana Daryo dizia que tinha 12 desfalques. Ontem, Anderson Lima, o lateral-direito, foi vetado com dores na panturrilha.
O substituto dele? O ex-júnior George Lucas. Deve ser filho de alguém que adorou mesmo Guerra nas Estrelas em 1977.

Enquanto isso...
O inferno gremista é ainda maior porque o Inter segue bem nas duas competições (despachou o São Gabriel na quarta-feira por 4 a 1 e está na final do Gaúcho contra o 15 de novembro), e vive momento de alto astral com seus garotos. Na quarta, Nilmar fez um golaço contra o São Gabriel (ver foto no BlogBola).
O Colorado, no entanto, vai se envolver em um novo caso Ruy Rei (atacante da Ponte que depois de ser expulso na final Corinthians x Ponte em 77, meses depois foi para o Parque São Jorge): um atacante do 15, Sotilli, deve reforçar o Inter depois das finais do Gaúcho.
O Paraná vai ao Beira-Rio com dois desfalques: o volante Fernando Miguel, suspenso por terceiro cartão amarelo, e com o atacante Renaldo, suspenso pela expulsão contra o Juventude.
Nesse jogo eu vou de coluna 1 fácil. O Paraná certamente é um cavalo mais paraguaio do que o Inter.

Clima de mutirão no Fortaleza
Dois personagens importantes na história recente do clube cearense estão de volta: o técnico Luis Carlos Cruz, que levou o time à primeira divisão do Brasileiro, e o atacante Finazzi, que participou da campanha. Acredito muito naquela frase atribuída a Marx, “a história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”, e sempre uso-a para classificar as presenças atuais de Edílson, Romário, Donizete e Edmundo no futebol carioca.
Pegam o Figueirense de técnico novo (Arthur Neto) lá em Santa Catarina, no Orlando Scarpelli. Desfalques principais no setor ofensivo: Clodoaldo (é desfalque?) e Allyson, jogador que dá velocidade à saída do meio para o ataque.
O Figueira deve levar essa. A menos que esse Cruz seja milagreiro.

Clima de vingança (?) no São Paulo
Rogério Ceni foi o primeiro a dizer que não havia clima de revanche para o jogo contra o Goiás, que eliminou o tricolor paulista da Copa do Brasil. Mas é bom lembrar que Ceni pegou um gancho exatamente por ter metido a mão nos cornos de Dimba, que estará em campo neste sábado em que as chances do São Paulo parecem boas – mas dependendo de o time conseguir superar o esquema retranqueiro de Cuca para este jogo. O técnico vai colocar o Goiás em um ferrolho de 3-5-2, com Fabão, Renato e João Paulo batendo lá atrás, e Josué e Marabá na proteção da zaga (como se uma zaga com esses açougueiros precisasse de proteção). Danilo, bom meia, deve voltar de contusão.
É um jogo difícil. Temo que a despedida de Reinaldo do São Paulo possa se tornar amarga.


posted by Unknown at sexta-feira, junho 20, 2003


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Dois jogos para melhorar o Campeonato Brasileiro
Todo mundo teme mesmo é que um ou dois times disparem na frente e assim o Brasileirão por pontos corridos perca a graça, né? Pois a tabela nos reserva dois jogos para manter o Brasileiro pegando fogo após a rodada. Juventude x Cruzeiro na gelada Caxias do Sul (esse Cruzeiro fraco sem Alex e Maurinho) e Atlético-PR x Santos na gelada Arena da Baixada (esse Santos que está totalmente voltado para o tricampeonato da Libertadores).
Os dois líderes vão tropeçar e tornar o campeonato ainda mais atraente. Melhor ainda para o desfalcado Furacão, que está subindo aos poucos lá para o topo e em pouco tempo estará entre os primeiros.

Joel fecha a porteira
Depois de perder o Ba-Vi, tudo o que o Vitória não quer neste jogo contra o São Caetano no Anacleto Campanella é uma goleada. Por isso Joel Santana já colocou o time no 3-5-2 novamente, com Adaílton de volta ao time e acompanhado de Marcelo Heleno e do experiente Marcos (ex-Sporting de Portugal e PSV Eindhoven).
Pode não ser goleado. Mas vai perder para o Azulão, outro que vai pouco a pouco galgando posições, depois de vencer Santos e Corinthians.

Robgol e Vélber
Se o Flamengo conseguir segurar esses dois aí, pode até sair com um empate do Mangueirão nesse jogo dificílimo contra o Paysandu. Nelsinho está otimista. Perguntei se ele estava consciente de que o São Paulo levou um ferro de cinco lá no Mangueirão e ele me disse que aquele tinha sido um jogo atípico.
O problema então é esse: se for um jogo atípico, o Flamengo é goleado. Se for típico, o Flamengo perde – sim, nada mais típico desse Flamengo pós-1992 do que ganhar dois jogos seguidos, animar o torcedor, dar esperanças, e no terceiro jogo perder sem sequer oferecer resistência.
Um empate seria ótimo resultado – desde que o Rubro-Negro vença o Figueirense no Maracanã no sábado da semana que vem (espero estar no estádio).

Bahia 2 x 2 Coritiba
Se Luis Alberto não faz o gol de empate já quase no final do jogo, até eu ficaria assustado com o Coritiba de Paulo Bonamigo líder do Campeonato Brasileiro. Foi por pouco.

Só para saber
Todo mundo parou de falar em Roger (Benfica)?


posted by Unknown at sexta-feira, junho 20, 2003


wquinta-feira, junho 19, 2003


Na final
Estou feliz pela recuperação provisória do Flamengo, o melhor do Rio no Brasileiro, mas o que o Santos fez hoje foi mais importante para o futebol.



O Santos vai ser tricampeão da Libertadores.

posted by Unknown at quinta-feira, junho 19, 2003


wquarta-feira, junho 18, 2003


Uma decisão coerente da CBF
Como torcedor, é claro que me agradaria se o Flamengo fosse à Libertadores com o vice-campeonato da Copa do Brasil. Mas ao mesmo tempo, ficaria uma sensação ruim, por ter que achar bom um vice-campeonato. E para o futebol, seria péssimo. Ora, primeiramente porque a Copa do Brasil tem caráter mata-mata desde o início, por que então justamente na decisão esse caráter deixaria de existir?
E além do mais, no momento em que mais se busca a valorização desse Brasileirão de pontos corridos, seria uma burrice deixar de dar oportunidade ao quinto colocado (caso Santos vença a Libertadores e se classifique entre os três primeiros junto com o Cruzeiro), valorizando assim a disputa entre os times do bloco intermediário. Pior: deixar de dar esse estímulo a uma competição em andamento para valorizar o vice-campeão de uma competição que já terminou.
Mas está lá no site CBF News, a entidade confirma a decisão sobre a qual falamos no post "A tristeza da alegria de ser quinto", lá embaixo. Segue a notícia:
A Diretoria da CBF aprovou nesta terça-feira, dia 17, duas Resoluções de Diretoria Interna (RDI) que esclarecem sobre as vagas para clubes brasileiros na próxima Taça Libertadores de América. Os três melhores clubes do Campeonato Brasileiro e o Campeão da Copa do Brasil tem o direito de participar da próxima edição da Taça Libertadores de América. O Cruzeiro/MG conquistou recentemente a Copa do Brasil e caso fique entre os três melhores no Campeonato Brasileiro, dará sua vaga para o quarto colocado no Campeonato Brasileiro. Caso o Santos/SP conquiste o título na Libertadores, o que classificaria automaticamente para a próxima edição, e termine o Campeonato Brasileiro entre os três melhores, cederá sua vaga para o quinto colocado do Campeonato Brasileiro deste ano.



posted by Unknown at quarta-feira, junho 18, 2003


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Os tempos duros de crise - parte 2
10 sintomas de falência do futebol carioca
1- Os desmontes a cada semestre. Enquanto lá fora o Real Madrid é eliminado da Liga dos Campeões e um mês depois compra o Beckham, aqui o Flamengo é eliminado da Libertadores e perde Juninho Paulista.
2- Seleção Brasileira. O único jogador de um clube do Rio na Seleção Brasileira pentacampeã em 2002 se chamava logo Juninho Paulista.
3- Organização. Mais um ponto negativo para o Caixa D’Água. Primeiro, pela insistência com o Caixão-2001, que acabou premiando o centenário do Fluminense. Depois, vale lembrar que no dia 10 de janeiro ainda não se sabia a tabela do campeonato de 2003, que começaria dia 19.
4- Arbitragem. Outro ponto negativo para o Caixa. Alguém se lembra das arbitragens deste ano, a do sr. Samir Yarak, só para citar algumas das desastrosas deste Estadual?
5- Falta de planejamento. “Vamos priorizar a Copa do Brasil”, dizem no Flamengo. Aí leva ferro nas duas competições. Enquanto isso, nas Laranjeiras, depois de perder para o último colocado, o técnico fica sem time para treinar porque a maioria dos titulares foi para um amistoso na Martinica.
6- Goleadas. O Flamengo leva de 6 do Paraná Clube, o Fluminense já levou de 6 do Juventude e do São Paulo, o Vasco só leva de 4 do São Paulo, e o Botafogo, ah, deixa pra lá. Mas é por aí, os times do Rio vão se acostumando aos desastres.
7- Os ídolos. As grandes contratações dos clubes do Rio são Romário, Edílson, Edmundo, Marcelinho, Valdo, todos jogadores que já estavam em plena atividade há dez anos (ou mais). Enquanto isso, o Santos tem garotos de 18 anos disputando a Libertadores e o Internacional tem quatro moleques como titulares (Daniel Carvalho, Nilmar, Diego, Clayton Xavier).
8- Os salários. Em nenhum dos times o salário deixou de atrasar pelo menos duas vezes nos últimos dois anos.
9- Zona de rebaixamento. Nos últimos três anos (2000, 2001 e 2002) só um carioca esteve nas três fases finais, o Fluminense. O resto andou pela zona de rebaixamento como em 2001 (Flamengo e Botafogo), 2002 (Vasco, Flamengo e Botafogo – este último caiu mesmo).
10- O camisa 10 do Flamengo hoje é o Igor (mesmo tendo sido disparado o melhor em campo do clássico de domingo, não podem, não podem dar a 10 para o Igor. Aposentem a 10, antes que ela vá parar no corpo do André Gomes).

posted by Unknown at quarta-feira, junho 18, 2003


wterça-feira, junho 17, 2003


Os tempos duros de crise
Quando Vanderlei Luxemburgo, então no Bragantino, disse que o futebol paulista teria hegemonia por mais de dez anos nas competições nacionais, houve verdadeira histeria. Os defensores do futebol carioca logo se apressaram a destacar nossas qualidades, como se estas servissem apenas para vencer disputa de bairrismo, e logo depois de usadas, fossem colocadas para descansar. Sim, de nada adianta exibir qualidades, citar números daqui ou dali para defender o futebol carioca, esse futebol que está prestes a reeleger Eduardo Viana, o Caixa D' Água.


Um lugar bonito desses merece os governantes que tëm? Merece um Caixa dÁgua? na presidência da federação?
Eu fico só com a pergunta:
Como defender ou enaltecer um futebol em que o Caixa d'Água se reelege ad nauseaum?
Desde a declaração de Luxemburgo (vamos dizer que tenha sido em 1991, mas eu mesmo não tenho certeza) o Rio, é verdade, já ganhou quatro Brasileiros (Flamengo em 1992, Botafogo em 1995, Vasco em 1997 e 2000). Em 11, ressalte-se, registre-se, ressalve-se. Os outros sete ficaram com São Paulo ( 5- Palmeiras 93/94, Corinthians 98/99, Santos 2002), Rio Grande do Sul (1- Grêmio em 1996) e Paraná (Furacão em 2001).
O Vasco teve um campeonato brasileiro de 1997 excepcional, com Juninho Pernambucano, Mauro Galvão, Evair e, principalmente, Edmundo comendo a bola. Em 2000 tinha um time bom, mas a meu ver não tão bom quanto o de 1997 - e tinha Romário em boa fase, garantindo a vaga nas finais ao lado de Euller. Mas não fosse o desastre em São Januário e poderia muito bem ter perdido aquele título para o São Caetano - isso sem contar que o regulamento previa que o mandante perderia os pontos em caso de falta de condições.
Tivemos dois rebaixados desde a declaração de Vanderlei: Fluminense (duas vezes) e Botafogo (que está tentando voltar). O Flamengo passou perto em 2001 e 2002. O Vasco, se não se cuidar, chega perto em 2003.
É comum ouvirmos o argumento: "Ah, mas eles - os paulistas - tiveram dois rebaixados, a gente só um". Ora, os paulistas têm, na série B, além do Palmeiras e da Lusa, o Marília, o União São João...São mais times, eram oito ano passado.
E não dá nem para falar da Copa do Brasil, onde reinam paulistas, mineiros e gaúchos. Só em 1990 teve o Flamengo campeão - em 13 anos, nenhum carioca chegando lá.
Enquanto isso, seguimos nos enganando - vejam os "reforços" dos nossos clubes: Romário (Fluminense), Edmundo (Vasco), Edílson (Flamengo). Os mesmos de sempre, polemizando, escalando o time (Romário já trouxe dois jogadores), enfim, sem trazer sangue novo.
Enquanto isso, entra em campo praticamente o mesmo Santos do ano passado, revelam-se jogadores na Ponte, no Guarani, no Corinthians (tirando Carlos Alberto, do Fluminense, há quanto tempo o Rio não revela alguém do nível de Gil?), no São Paulo (Kaká, Luis Fabiano).
Os resultados bons que o Rio conquista são sempre conjunturais, não estruturais. Sempre são obra de um momento bom de um time - como o Vasco com Euller e Juninhos em 2000 - ou de um conjunto de fatores, de muita sorte, como o Botafogo de 1995.
De resto, os problemas não páram de surgir.
E nós aqui, refestelados em nosso orgulho, elegendo o Caixa D'Água e nos contentando com pouco. Vanderlei estava quase certo - não acho que haja hegemonia paulista, mas que se há uma hegemonia de alguns estados, o Rio já deixou de fazer parte dela.
Enquanto isso, vem aí mais um mandato do Caixa D' Água.

posted by Unknown at terça-feira, junho 17, 2003


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Segue a dança dos técnicos
Edinho não foi para o Vitória. Um assessor dele, com quem encontrei nesta terça, explicou o rolo:
"Edinho recebeu realmente uma proposta do Fortaleza, mas avisou aos dirigentes do clube cearense que ele estava esperando uma resposta de um clube japonês, que teria um contrato de 70 mil dólares. Pediu ao Fortaleza então para responder na sexta-feira, o clube não gostou e soltou essa nota em seu site oficial dizendo que Edinho havia ido para o Vitória.
A razão de ter sido o Vitória o clube escolhido pro boato é que Edinho mora em Salvador, ora"

Está aí então, nada de Joel Natalino Santana na lista dos técnicos que saem de clube. Aliás, muito pelo contrário, Joel segue firme.
Adivinha quem volta para o Fortaleza?
O primeirão a ser demitido, Luis Carlos Cruz, pegou o boné no União São João e está de volta ao Fortaleza....No mesmo campeonato!!!!!
É incrível, essa diretoria cearense...
O Tigre derrubou Benazzi
Vágner Benazzi não é mais o técnico do Figueirense. A derrota para o Criciúma domingo passado foi a gota d'água.
A lista atualizada
Com a saída de Benazzi:
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense pela Copa do Brasil)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair)
11 - Vágner Benazzi (Figueirense)


posted by Unknown at terça-feira, junho 17, 2003


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Viva o Santos
Nesta quarta-feira, torcerei para que aconteçam cenas como essa abaixo em Medellin:


Glorioso Alvinegro Praiano, partindo para o tricampeonato da Libertadores

Há muito tempo não torço tanto por um time na Libertadores. Aliás, é o primeiro time brasileiro por quem torço na Libertadores, além do Flamengo (ano passado não deu nem para torcer, foi um vexame histórico).
Hoje o Santos terá uma guerra pela frente, bem ao estilo da Taça Libertadores da América.
Que tudo dê certo em Medellin e o Santos possa partir para a grande final, provavelmente com o Boca Juniors.
E em dezembro, o Milan.

posted by Unknown at terça-feira, junho 17, 2003


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Falha
Desta vez não é minha. O Enetation.co.uk está fora do ar e por isso o Nove Meses está com o sistema de comentários igualmente inativo, espero que temporariamente.

posted by Unknown at terça-feira, junho 17, 2003


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Quando secar é melhor do que torcer
A secada é, antes de tudo, um movimento contra a igualdade. Sim, secamos mais quando é para impedir que determinado time ou seleção iguale uma marca de nosso time ou seleção do coração. Basta ver quando o Brasil não está na final da Copa (coisa que já não acontece há 13 anos): alguns escolhem sempre a seleção que tem menos títulos. Em 1990, além da Argentina ser bi como a Alemanha, tinha o componente da rivalidade com nossos irmãos do Sul, logo a maioria escolheu torcer pela Alemanha – que acabou tricampeã, como o Brasil era. Bom, era melhor ter os germânicos como tri do que os argentinos.


Gol de Rumenigge, momento de vibração intensa para quem secava a Argentina (como eu) em 1986; pena que Maradona depois acabou com a alegria dos secadores, fazendo um lançamento sensacional para Burruchaga.

Em 1998, a torcida do Flamengo criou um movimento intitulado Fla-Madrid, para impedir fundamentalmente uma coisa: que um outro time do Rio conquistasse o Mundial Interclubes – e, principalmente, que esse outro time fosse o Vasco.
Em São Paulo, se torcer absurdamente para o Corinthians não ser o campeão de uma Taça Libertadores, pois é o único título que Palmeiras, Santos e São Paulo possuem e que os Gaviões não ostentam.
Assim, se seca basicamente porque se quer ser diferente.
No caso do grande movimento de secada contra o Flamengo na Copa do Brasil, as justificativa acima não aparece, porque o Flamengo já é diferente dos outros três grandes clubes cariocas, pelo menos nesse ponto. O Flamengo já tem uma Copa do Brasil, a de 1990. Os outros não têm. O Fluminense, por ter sido garfado em 1992. E o Botafogo, por não ter superado o Juventude em 1999. O Vasco sequer chegou a uma final.
Logo, o Flamengo é “secado” apenas por ser o Flamengo. Cenas como as descritas na coluna de Ricardo Boechat – um diretor do Fluminense pisoteando uma camisa do Flamengo vestido com a camisa do Cruzeiro, e isso na porta de uma empresa importante – mostram que o ódio ao Rubro-Negro da Gávea parece às vezes receber mais devoção do que o próprio amor a seus clubes.
Na quarta-feira, após o jogo Cruzeiro x Flamengo, merecidamente vencido por esse organizadíssimo time que é o Cruzeiro, um outro tricolor protagonizou uma cena lamentável na redação de um jornal carioca (não revelarei nomes): ao fim do jogo, meio alcoolizado, voltou à redação, uma da manhã, para tripudiar de um ou dois colegas de jornal rubro-negros que trabalhavam no fechamento. Momentos antes, um estagiário doido varrido, com três dias de jornal, celebrava os três gols do Cruzeiro nos ouvidos de um profissional que trabalhava – profissional que ele sequer conhecia.
É uma rivalidade que na verdade nasceu nas torcidas organizadas, com seus gritos de guerra funk, etc. Eu não vejo que deva ser assim – tenho até hoje muito orgulho de ter participado de uma série de reportagens sobre o Centenário do Fluminense, um Centenário digno, no qual o tricolor foi campeão carioca. Aprendi sobre a história do clube, que tem momentos espetaculares, como Castilho amputando parte de um dedo para jogar, como o Fla-Flu da Lagoa, como os gols de Lula (1971) e Doval (1976), como o gol de barriga.
Somente uma rivalidade cega me impediria de aprender esses detalhes da história.
E somente uma rivalidade cega me faria festejar efusivamente a vitória de domingo do Flamengo sobre o péssimo time do Vasco. Festejo, porque é o meu time – infelizmente não possuo a flexibilidade do torcedor vascaíno, que simplesmente não assume como seu um time que tem Bruno lazaroni e Léo Lima e ponto final – porque é um time que precisava vencer, depois de cinco empates e três derrotas, sendo duas de goleada.
Agora, esse mesmo jogo que os vascaínos por ora desvalorizam, apesar de estarem com Marcelinho em campo, se fosse o contrário, se tivessem ganho dos nossos reservas, o mundo iria ladeira a baixo. Seria visto como o “tiro de misericórdia”, o “fechamento da semana de merda”, o “chute no cachorro morto”, enfim, a festa que fariam seria uma espécie de continuação da festa de quarta (que, aliás, estava rolando, no Clipper, quando fui embora para casa).
Sim, é preciso ser honesto e reconhecer: o pouco que festejei nesse Flamengo x Vasco foi de alívio, alívio por não ter que passar de novo pelos mesmos discursos maniqueístas. Porque realmente às vezes secar é melhor do que torcer – mas é preciso cada vez mais, até por causa disso mesmo, valorizar o torcer.
Mesmo sendo esse time do Flamengo um time que não tem chances de ser campeão, eu vou torcer, sim, por que não?
Porque o futebol continua sendo a mais importante das coisas menos importantes.

posted by Unknown at terça-feira, junho 17, 2003


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A lamentar
Por causa da entrada assassina de Kim (do Atlético Mineiro, clube pelo qual nunca tive muita simpatia), o bom lateral-esquerdo Leandro, do Cruzeiro, já está vetado da partida desta quarta-feira, contra o Flamengo.
O lateral é técnico, habilidoso e não usa de violência. Quando Leandro jogava no Vitória, sempre ressaltei que gostaria dele no Flamengo (tínhamos o Cássio e o Athirson tinha acabado de ir embora).
E agora? Qual o gancho de Kim?
Deveria ficar de fora o mesmo tempo que Leandro, rigorosamente o mesmo tempo. Eu não sei sinceramente o que nossos cartolas esperam para aprovar uma lei dessas. É simples: bateu, mandou para a enfermaria, vai esperar o outro voltar. E ponto final.

posted by Unknown at terça-feira, junho 17, 2003


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Saltou na escala e não voltou pro avião
Ferdinando Teixeira, o treinador que saiu do Fortaleza no meio de 2002, deu lugar a Luis Carlos Cruz (hoje no União São João), e voltou ao clube cearense no início do Brasileirão, pediu o chapéu mais uma vez, na manhã de segunda-feira, dia 16. Depois de sete derrotas, três empates e três vitórias, fica difícil mesmo trabalhar - ainda mais quando o astro do time passa mais de mil minutos sem fazer gols, como é o caso de Clodoaldo.
A diretoria do Fortaleza já deveria ter aprendido a lidar com algumas feras do futebol - como aconteceu no caso Scudero, em que os cearenses pagaram a estadia de um argentino por 40 dias nas praias de Fortaleza.


O provável novo técnico do Vitória, Edinho, em foto relativamente recente

Quem eles foram chamar para o lugar de Ferdinando? Edinho, o velho Edino Nazareth Filho, um dos grandes zagueiros que vi jogar, mas que como técnico ainda não me mostrou muito.
Saí do trabalho achando que Edinho era o novo técnico do Fortaleza, lá pelas 20h. Foi eu sair do banho, ligar o computador e acessar O GLOBO ON (minha atual página de entrada) e ver que Edinho foi para o Vitória da Bahia.
E eu sequer estou sabendo se Joel Santana foi demitido.
Só fiquei sabendo que a diretoria do Fortaleza não gostou nada da mudança de planos de Edinho.
Vamos atualizar a lista:
1-Luis Carlos Cruz (Fortaleza, demitido depois do jogo contra o Figueirense pela Copa do Brasil)
2- Bobô (Bahia)
3- Oswaldo de Oliveira (São Paulo)
4- Cristóvão Borges (Juventude)
5- Édson Gaúcho (Criciúma)
6- Daryo Pereira (Paysandu - foi para o Grêmio)
7- Candinho (Goiás)
8- Cuca (Paraná Clube - foi para o Goiás, por vontade própria)
9- Tite (Grêmio)
10- Ferdinando Teixeira (pediu para sair)
11 - Posso escrever aqui "JOEL SANTANA' ou ele vai trabalhar em dupla com o Edinho?


posted by Unknown at terça-feira, junho 17, 2003


wsegunda-feira, junho 16, 2003


O exemplo a ser dado
O STJD tem feito polêmica com decisões off-súmula, suspendendo jogadores com base em imagens cedidas por emissoras de TV. Foi assim no caso Rogério Ceni, que deu um tapa em Dimba (artilheiro do campeonato mesmo estando no lanterna da competição), foi assim no caso de Fernando Baiano, que cuspiu na direção de Diego, goleiro do Atlético Paranaense.
Não quero discutir o mérito da questão – certamente essas decisões criaram um precedente, já que criar uma jurisprudência é mais difícil. Criar uma jurisprudência implica no STJD decidir tudo no mesmo sentido, ou seja, todas as imagens levarem a decisões.
Daí, títulos poderiam ser cassados por erros de arbitragem.
Sem contar que é estranho para as regras do futebol que um jogador possa dar um tapa no outro desde que não estejam transmitindo a partida para nenhum lugar. Fica estranho. O meu estranhamento é o mesmo em relação às teses que alguns defendem, de que o telão deveria poder ser consultado pelos árbitros em lances duvidosos.
Ora, para permitir esse tipo de consulta, seria necessário incluí-la na regra. E como aprovar uma regra na qual todo estádio de futebol deva ter um telão? Como levar essa regra ao Anacleto Campanella, ao Presidente Vargas, a São Januário, só para citar os estádios mais inadequados deste Campeonato Brasileiro?
Foram dois jogos para estes jogadores, dois jogos de suspensão. Tudo bem. Mas eu gostaria de saber antes de qualquer coisa qual a pena que Anderson, do Corinthians, vai receber, após o pontapé desclassificante que deu em Rico, do São Paulo. Rico tentou dar um drible mais irreverente quando o time ganhava de 2 a 1, a bola foi para o lado e Anderson chutou o atacante entre o joelho e a canela. Foi expulso sem sequer ter recebido o cartão amarelo – e é claro que reclamou disso depois, no vestiário. Com uma cara-de-pau inacreditável, mesmo sabendo que sua agressão tinha sido vista pela TV por todo o Brasil, Anderson disse que foi na bola.
Para ser um pouco grosseiro, acho que Anderson foi é na bola do saco de Rico.
E agora? Anderson ficará suspenso por apenas um jogo? Seu lance foi para a TV e, diferente dos lances que o STJD puniu, foi para a súmula do árbitro do jogo. Agora é esperar pela Justiça.


posted by Unknown at segunda-feira, junho 16, 2003


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De volta à polêmica
SELEÇÃO POLÊMICA DA RODADA
Goleiro - Roger (São Paulo)
Lateral-direito - Luciano Baiano (Flamengo)
Zagueiro - Jean (São Paulo)
Zagueiro - Gladstone (Cruzeiro) - por sua atuação na final da Copa do Brasil e no clássico contra o Galo
Lateral-esquerdo - Leandro (Cruzeiro) - pela porrada que levou e que o tirou do campo e talvez do campeonato
Volante - Fabinho (Flamengo)
Volante - Genalvo (Atlético Mineiro)
Meia - Tcheco (Coritiba)
Meia - Igor (Flamengo)
Atacante - Marcel (Coritiba)
Atacante - Dimba (Goiás)
Puta que pariu, essa foi uma das seleções mais hard core do Nove Meses.

posted by Unknown at segunda-feira, junho 16, 2003


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O Nove Meses, mais uma vez, quebrando a cara


Cássio, na hora da comemoração: “Quero ver quem vai lavar essa merda!”

Nossos prognósticos foram totalmente errados em Fluminense 2 x 3 Goiás (apostamos no Flu), Inter 0 x 0 Grêmio (esperava um sacode colorado), São Paulo 2 x 1 Corinthians (apostamos no Timão), Vasco 1 x 2 Flamengo (não achava que a escrita seria quebrada), Fortaleza 1 x 2 Paysandu (apostamos na pressão do Castelão e nusfu), Paraná 1 x 2 Juventude (jamais esperaria pela vitória do Juventude na atual situação – parabéns a Marinho Perez), Bahia 2 x 1 Vitória (clássico é clássico, não tem jeito – achei que daria vitória, fácil, fácil).
Acho que me esqueci de palpitar em Santos 0 x 1 São Caetano, mas apostaria no Peixe, tal o meu entusiasmo com o time – mas graças a uma pixotada de Paulo Almeida, o mesmo Marcinho que despachou o Corinthians fez o mesmo com o Peixe.
O Nove Meses só se salvou do desastre absoluto por termos apostado na vitória do Tigre (Criciúma 1 x 0 Figueirense), em melhor fase, e na vitória do Coritiba, terceiro colocado do Campeonato, sobre o Atlético Paranaense, lá no Alto da Glória.
Confesso que me surpreendi com a vitória do Bugre sobre a Ponte Preta no Moisés Lucarelli. Vi os gols em uma lojinha Mister Pizza em Arraial do Cabo, no sábado à noite, logo depois dos gols de Dimba contra o Fluminense do estreante Romário.
Não gosto de falar sem ter visto, mas a meu ver – e quem viu o Derby pode tirar a minha dúvida – alguma coisa aconteceu com o posicionamento da zaga da Ponte (que tem em Gabriel uma revelação neste campeonato). Não é possível que a bola possa quicar 80 vezes na frente de Rodrigão, de um atabalhoado Rodrigão, e mesmo assim ser tocada para dentro do gol.
Mas o ataque da Ponte é que está mesmo na berlinda. De um lado, setores da torcida não querem mais a presença de Fabrício Carvalho (em má fase, mas a meu ver um bom jogador). De outro, Sérgio Alves chutou o pau da barraca depois do Derby e foi embora do estádio antes do fim do jogo. Pelo jeito, o ex-atacante do Ceará terá seu contrato rescindido, a menos que Abelão interceda. O problema é que a reação de Sérgio teria sido contra uma medida do próprio Abelão, que o tirou para colocar Roger.
O que piora mesmo é o fato de o Guarani não perder no Moisés Lucarelli desde 1983. Para uma rivalidade, isso equivale a apagar incêncio com álcool.
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O Roger que brilhou
Enquanto o Flamengo faz tentativas de trazer Roger, ex-Flu, dispensado do Benfica, o Roger que já foi do Flamengo, o goleiro, brilhava de verdade no clássico São Paulo x Corinthians. Com a suspensão de Rogério Ceni, para variar, é Roger que se encarrega de entrar e resolver. A meu ver, o goleiro foi decisivo em dois lances: um chute certeiro de Lucas, depois de receber passe de Liédson, e no chute já previsível de Renato, meia corintiano, quase no fim do jogo. Renato é um cara que sempre, desde os tempos do Parreira, é colocado em campo para dar pauladas de fora da área. Às vezes funciona. Com Roger, não funcionou.
Triste mesmo é um clássico cujos gols foram marcados por Anderson, Fábio Simplício e Jean. Mas pelo menos deteve a subida corintiana.
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Deu sono
O 0 a 0 chôcho de Cruzeiro e Atlético Mineiro só teve um momento de emoção. Minto, teve dois. Um foi o gol feito que Alexandre perdeu, com o goleiro Gomes deitado, batido, depois de chute de Fábio Júnior. Alexandre conseguiu a proeza de chutar em cima do goleiro.
O outro foi o comentário do Dadá Maravilha sobre a forma física de Alex Alves. Instigado pelo locutor a dizer que Alex estava gordinho ou não, Dario desatou a tecer loas.
- O homem está parecendo gordo, mas não é nada disso. Vi de perto. É tudo massa muscular, que ele ganhou. Parece ser feito de aço – elogiou Dadá, ele mesmo chamado de Dario Peito de Aço nos tempos de jogador. E arrematou, em seguida:
- Agora, ele está precisando perder uns quatro quilos de massa muscular.
É, é dura a vida de comentarista...
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No Alto da Glória
Será o Coritiba o novo cavalo paraguaio? Disseram isso do Internacional, mas o clube até que soube se manter entre os primeiros até agora. O Colorado deve estar é lamentando o empate no Gre-nal, com um time estreando técnico, ainda de moral baixa com a eliminação na Libertadores, um time que sequer está disputando as finais do Campeonato Gaúcho. Não entendo mesmo como o Inter deixa de ganhar um Gre-nal desses.
Mas voltando ao Coxa, continuo mantendo o que eu disse: o que o Coritiba tem de sério é o trio Tcheco (meia ofensivo), e os dois centroavantes Lima e Marcel, este último mais trombador. Tem um volante, Reginaldo Nascimento, que é bom marcador.
Porém, permanece um mistério como um clube chega a terceiro colocado no Brasileirão com Maurinho na lateral direita e Odvan na zaga.
Nonato é fogo
O escritor e jornalista Bob Fernandes, da Carta Capital, me fez o grande favor de escrever um texto sobre o Bahia para o Guia do Campeonato Brasileiro – além de tricolor fanático, ele é autor do livro sobre o Bahia daquela série que começou com “O vermelho e o negro”, do Ruy Castro.
Batendo papo depois, ele me falou de sua (justificada) descrença no time. Quando perguntei por Nonato, ele se mostrou mais descrente ainda.
Pois este Nonato está se saindo cada vez melhor. Salvou o Bahia contra o São Paulo no Morumbi e no Ba-Vi garantiu o bicho, depois que a festa estava pendendo para o lado de Nadson. O atacante empatara o jogo (depois que Lino, ex-Figueirense, mandou um petardo no ângulo de Paulo Musse inflamando a torcida baiana), e quase virou, lá pelo início do segundo tempo.
Detalhe: um dos primeiros jogos de Nadson foi um Ba-Vi pelo Estadual deste ano, no qual ele entrou no segundo tempo com 2 a 0 para os tricolores. Em 30 minutos, Nadson fez três gols e virou o jogo.
Foi o que veio à mente de todos na Fonte Nova quando ele driblou Emerson e tocou para dentro. Mas Carlos Eugênio Simon anulou – e anulou errado. Minutos depois, Nonato deu um meio-carrinho escorando uma bola na pequena área e desempatou.
Gol típico de centroavante meio ruinzinho. Mas às vezes faz bem, acreditem.
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A vez dos hobbits
A boa atuação de Igor, o pequeno hobbit rubro-negro, mostra que o meio-campo do Flamengo pode se definir com ele de titular, se Fábio Baiano conseguir sair do clube para o exterior (o Japão, de preferência). Igor correu, lançou, deu dois chutaços, fez um pouco de tudo.
Mas continuo com a tese de que não dá para jogar no 4-3-3 com Igor – sua passada é muito curta, o meio-campo acaba ficando vulnerável demais.
Outra surpresa da vitória inesperada do Flamengo sobre esse time do Vasco? A atuação de Luciano Baiano, que se posicionou muito melhor. Valeu também a aplicação de Fabinho e Jônatas.
Eu prefiro não acreditar que Nelsinho Baptista ainda pense em André Gomes para o meio-campo do Flamengo.
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Estréia de Romário
Fez um gol de pênalti.. Eu não vi o jogo, por isso não vi a estréia de Romário. Mas dizem as más línguas que quem viu o jogo também não viu a estréia.
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Torcer pelo Cruzeiro
As derrotas de Botafogo (para o Ceará), Fluminense (para o Lanterna Verde Goiás) e Vasco (para o Flamengo) só levam a uma conclusão: bom mesmo é torcer para o Cruzeiro. Ainda bem que quarta-feira tem mais. O Rio é azul.

posted by Unknown at segunda-feira, junho 16, 2003


wsexta-feira, junho 13, 2003


O país em guerra - a festa bélica dos clássicos de norte a sul


Haja birita para o rubro-negro aguentar esse Flamengo x Vasco

Se somarmos a quantidade de pessoas que estarão, neste fim de semana, envolvidas em animosidades, rancores e raivas, certamente este número será muito maior do que a quantidade daquelas que lutam contra ou a favor da implantação de um estado palestino. Disparado.
Por vários estados do país, torcedores apaixonados estarão em guerra contra o seu maior rival. Em termos de rivalidade – veja bem, eu disse rivalidade, eu destaca de cara um clássico de sábado – Guarani x Ponte, em Campinas – e um clássico de domingo, Internacional x Grêmio, em Porto Alegre.
Tenho um amigo que, por coincidência, morou nas duas cidades. O cara é vascaíno, fanático, mas verificou in loco que nossas pretensas rivalidades cariocas, nossas guerras não chegam aos pés dessas duas batalhas sangrentas que dividem duas cidades.
Gremista não tem carro vermelho. Colorado evita o azul e o preto até na cor das meias. Bugrinos, quando filhos de pais fanáticos, dificilmente namoram pontepretanas (e vice-versa), e quando um jogador de um clube (como Sérgio Alves, ex-Guarani, atual Ponte) vai direto para o outro, é visto como traidor de guerra pelo time “traído”.
Não estou bem informado o suficiente para afirmar com segurança, mas acredito que jamais houve um Gre-Nal (eu prefiro chamar de Nal-Gre) ou um Derby campineiro que, sem valer nada, nem ponto nem classificação, despertasse menos interesse de seus torcedores.
Os torcedores dos quatro clubes, quando em seus clássicos, fazem questão de ganhar até campeonato de rouba-monte.
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O Inter jogando duas competições
Quarta-feira passada o Colorado venceu o São Gabriel (da cidade de mesmo nome, acredito que a uns 400km de Porto Alegre) por 1 a 0, mostrando ótimo preparo físico. A parte do ótimo preparo físico, acreditem, fica por conta do espião enviado por Daryo Pereira, técnico gremista que fará sua estréia justamente contra o maior rival.
Os principais problemas dos dois times estão nas zagas – na do Inter, um zagueiro que eu desconheço, Fernando Cardoso (bom, conheço o ex-presidente), fica de fora por causa de suspensão, e quem está mais à mão de Muricy Ramalho é André Cruz. É um risco, Cruz não joga desde o início do campeonato....gaúcho, que começou lá por fevereiro.
A maior reclamação dos torcedores do Inter, pelo que percebi, inclusive pelo colunista colorado do Blog Bola, é a falta de um centroavante. Daniel Carvalho é um meia ofensivo – mas jamais um homem de definição, de empurrar a bola para dentro. Esse era mesmo o cachaceiro André, dispensado recentemente, apesar de vários gols decisivos. Mandado embora por causa de seus exageros etílicos – no que fez o Inter muito bem.
Já o Grêmio vai barrar Luís Mário – autor dos gols nos dois últimos confrontos entre os rivais – e deve ir de Christian e Caio no ataque. Este último já jogou de volante, um mês atrás, em mais uma “inovação tática”de Tite.
Quis transformar Caio em um jogador polivalente. Eu o acho um polimedroso, apesar de sua atuação em 1999, no Flamengo x Palmeiras da final da Mercosul.
Para mim, dá Internacional, claro, nesse clássico.
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Equilíbrio e respeito
A guerra não chega ao banco de Guarani e Ponte no clássico deste sábado (que eu adoraria ver, mas como vou viajar com minha senhora, periga eu levar um esporro se eu propuser de sair da praia mais cedo por causa do Derby campineiro). Abel Braga tem enorme respeito por José Macia, o Pepe, em auto-definição “o maior artilheiro humano da história do Santos”. Abel pode ser intempestivo, polêmico, mas de bobo e de cínico não tem nada.
Recusou a proposta do Grêmio, e antes da recusa falou abertamente sobre ela. E nunca se furtou a elogiar Pepe, mesmo sabendo de toda a rivalidade campineira. “Pepe e Minelli são meus ídolos no futebol”, diz Abelão. “É bom ouvir isso de um grande técnico”, rebate Pepe.
Ambos, porém, perseguem a primeira vitória em um Derby. O que só aumenta o clima de rivalidade. Ainda há a motivação da Ponte para perseguir os números – são 62 vitórias bugrinas contra 55 da Ponte.
Sérgio Alves (ex-Guarani, hoje Ponte) e Marquinhos (aquele mesmo do Flamengo, ex-Ponte e hoje Guarani) são os principais personagens do Derby, pelo passado no inimigo. Marquinhos inclusive chegou a ser ameaçado de morte esse ano, ameaças anônimas, por ter dito que torceria para o rebaixamento da Ponte Preta no Campeonato Paulista (fato que, no Rebolo Paulista, acabou não acontecendo).
Um clássico cheio de motivações. Dificílimo arriscar um palpite. Acho Pepe melhor técnico (mais experiente) que Abel. Mas o elenco da Ponte vive um momento melhor – perdeu para o Atlético
Paranaense por causa de uma expulsão no mínimo estranha.
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A secada de Léo Lima
Léo Lima vem se tornando um dos jogadores-símbolo da essência cruzmaltina. Sempre provoca os adversários, faz lances geniais como o passe de letra na final contra o Fluminense, pinta os cabelos, e principalmente faz o que Eurico Miranda sempre procurou, para se manter eleitoralmente dentro do Vasco e fora dele: polarizar com o Flamengo.
“Se fosse o Vasco na decisão, eles torceriam contra nós”, diz Léo Lima, prenhe de razão, explicando o porquê de ter ficado feliz com a vitória do Cruzeiro.
Léo Lima deve estar em campo domingo, e vai comandar o meio-campo ao lado de Marcelinho, que retorna exatamente em um clássico no qual o adversário está moralmente arrasado. Tapas entre Luciano e Fabinho, técnico completamente indeciso, zaga horrível, três desfalques, enfim, está tudo a favor de Léo Lima e seu Vasco, neste clássico contra o Flamengo domingo.
Marques deve estar no jogo, que pode ser sua despedida, pois o Nagoya, do Japão, já teria feito proposta oficial por ele. O Vasco admite vender. Com Marcelinho e Marques em campo, o Vasco tem dois diferenciais, ambos motivados, enquanto o Flamengo hoje tem apenas Felipe como diferencial – e não acredito na motivação do meia para o jogo. Aliás, ele é dúvida, pois está gripado e com um problema muscular.
O Flamengo está todo desmontado, tem que passar por uma grande reforma em seu elenco – já começará com Athirson indo realmente embora. Fábio Baiano é outro que quer ir para o Japão há meses, e deve ser atendido.
É um time à beira do abismo. A morte na praia, na Copa do Brasil, já deixou o técnico Nelsinho Baptista sem o olhar dos que buscam vitórias – já é aquele olhar de quem se arrependeu um pouco do que fez.
Tudo leva a crer que a escrita que se arrasta desde 2000 (última vitória rubro-negra, 4 a 0, em Campeonatos Brasileiros) deve se manter.
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O clássico dos desfalques
São Paulo (com Rojas efetivado de técnico) e Corinthians fazem o clássico dos desfalques. É um desafio para qualquer analista apontar com certeza quem tem os desfalques mais graves no jogo. Tão difícil quanto entender a cabeça do cara que fez a tabela do Brasileiro, colocando exatamente para os dias 14 e 15 de junho a rodada dos clássicos, justamente no começo da preparação da Seleção Brasileira para a Copa das Confederações, na França.
O resultado disso é que teremos um São Paulo sem Ricardinho e Luís Fabiano, e um Corinthians sem Kleber e sem o craque Gil (que já fez gol logo na estréia pela Seleção Brasileira). E, last but not least, sem o “oposto de Luís Fabiano”, o zagueiro Fábio Luciano (essa é de autoria do Notas Toscas, blog da corintiana Michele Chaluppe e do santista André Amaral.
Quem conseguir descobrir que desfalques são piores, conseguirá descobrir quem vence o clássico. O São Paulo deve ter Kaká , de volta após uma torção em um dos tornozelos (não lembro se o direito ou o esquerdo). Kaká tem sido bastante vaiado, uma perseguição por parte das mesmas facções são-paulinas que derrubaram Oswaldo de Oliveira. A marcação em cima dele começou quando ele ficou de fora do segundo jogo da final contra o Corinthians.
Aliás, se vingar desses dois jogos é a grande motivação tricolor para este domingo. Só que eu acho, sinceramente, que dá Corinthians. Tem mais técnico e tem mais peças de reposição – para se ter uma idéia do drama tricolor paulista, o técnico Rojas pode improvisar Gustavo Nery (que já vem jogando improvisado, de zagueiro, há meses) no lugar de Ricardinho, no meio-campo.
A meu ver, improvisação mais perigosa que a de Fabiano Eller na zaga do Flamengo. Só não é mais perigosa do que escalar Igor no gol rubro-negro.
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Bota-faixas ou carimba-faixas?
O Atlético Mineiro, este irregular Atlético Mineiro, precisa dos três pontos de domingo, contra seu rival em festa, o Cruzeiro. Um rival que é favoritíssimo, se os jogadores não caíram na gandaia após a vitória sobre o Flamengo. Em 2000, o próprio Flamengo caiu nesse erro: venceu o Vasco no sábado, ganhou o bicampeonato, e quando o pessoal voltou a campo na quarta seguinte contra o Santos pela Copa do Brasil, foi um massacre no Maracanã: Santos 4 a 0.


Alex Alves, com 80 quilos a menos do que tem hoje, na época em que jogava pelo Hertha Berlim

É nisso que Celso Roth está se baseando, nisso e no retorno de Alexandre ao meio-campo, ao lado de Lúcio Flávio, e talvez na volta de Cicinho, na lateral direita – se conseguir recuperação rápida de uma fisgada na coxa sentida na quinta-feira.
Lá na frente, o gordo Alex Alves está com mais chances de jogar ao lado de Fábio Júnior do que o Marechal da Derrota, Guilherme.
Na zaga atleticana, Scheidt, ex-Corinthians, e Luiz Alberto, ex-Flamengo.
É, acho melhor para o torcedor atleticano que as comemorações da raposa tenha ido até de manhã.
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Mais desfalques absurdos
A falta de visão no calendário leva também o Furacão a enfrentar seu mais tradicional rival sem três titulares por causa da Seleção Brasileira: Ilan, Adriano e Kléberson estão na França, treinando. Para aumentar o problema, Dagoberto levou o terceiro cartão amarelo contra a Ponte Preta e está suspenso do clássico. O reserva mais solicitado é sempre Fernando, jovem promessa do Furacão, que está também com a Seleção Brasileira – só que a sub-20.
Selmir deve jogar, com toda certeza. Vadão pensa em colocar Jadílson, atacante que entrou ano passado contra o Juventude, já no final do Campeonato de 2002, e fez três gols. Depois, sumiu.
No lado do Coritiba, os “desfalques” (tem que ser entre aspas) são Roberto Brum (uia) e o volante Reginaldo Nascimento, mais uma vez às voltas com lesões. Pepo deve entrar em uma das vagas. A outra vaga será quebra-cabeça para o técnico Bonamigo – é tão grande o problema que se ele estivesse inscrito no Brasileirão, ele mesmo jogaria, já que foi meia razoável no Grêmio.
Apesar dos “desfalques”, estou mais inclinado a apostar no Coxa nesse clássico, por causa das atuações de Marcel, Tcheco e Lima. Os três podem decidir a favor.
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Evaristo x Joel Santana
O duelo entre os dois cariocas promete agitar muito a Bahia. De um lado, Joel terá que improvisar o volante Ramalho como lateral-direito, e de outro Evaristo continuará com Neto no lugar de Preto, lesionado e fora do time por um mês. E coloca o zagueirinho Luiz Fernando, prata da casa, no lugar de Valdomiro, suspenso. Vai faltar experiência na zaga tricolor – é o primeiro Campeonato Brasileiro de Luiz Fernando, de 20 anos de idade.
E não é bom faltar experiência na zaga quando se enfrenta Nadson, Allann Delon e Zé Roberto. É, Evaristo, acho que você vai até ficar com saudades do Fluminense 4 x 0 Flamengo.
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O Tigre é favorito
O Figueirense tem mudanças demais na zaga, e não sei se haverá tempo hábil para treinar posicionamento. Contra o Criciúma, na pressão do Heriberto Hulse, isso pode ser fatal, ainda mais com as jogadas de ataque partindo em excesso do lateral do Tigre, Paulo Baier – um pouco ao estilo de Maurinho, do Cruzeiro, fazendo aqueles lançamentos-cruzamentos em diagonal.
Claro, porra, guardadas as devidas proporções, afinal, Maurinho é muito melhor.
Para mim, dá Tigre, tranqüilamente, depois que Sandro Hiroshi já deu a entender que vai sair do Figueirense. Evair, sozinho e com dois palmos de língua para fora, não ajudará tanto assim.
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Maurílio de volta ao Paraná Clube
O atacante reestréia pelo Paraná fazendo dupla com Renaldo. Alguém ficará chateado se eu disse que não fazia a menor idéia de onde estava Maurílio antes de voltar ao Paraná Clube? Arriscaria um palpite de que ele estaria se recuperando de alguma lesão e só estreará agora. E pega logo uma teta pela frente, o Juventude em queda livre, dentro do Pinheirão lotado de paranistas.
Sobre a dupla que ele fará com Renaldo - e que deve ajudar sem dúvida o Paraná a vencer fácil o Juventude - eu não quero analisar nada. Coloco aqui apenas uma estranha declaração de Maurílio, dada à agência Lancepress (veja abaixo da foto):


Maurílio: sei que tu é facão, mas essa de que Deus te colocou ao lado do Renaldo pegou meio mal

”Acredito muito em Deus, e sei que ele não faz nada por acaso. Crescemos na mesma cidade, e agora, com 33 anos, depois de tanto tempo nos encontrarmos aqui no Paraná, não pode ser por acaso. É algo muito especial”
Sei não, sei não. “Foi Deus que nos colocou juntos’ “Não pode ser por acaso” e “É algo muito especial” são coisas que eu poderia tranqüilamente dizer para minha namorada, Marcele.
Não sei se é normal o Maurílio falar isso do Renaldo. Como diria Paulo Silvino, aí tem.
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O Papão pega o Fortaleza e prova do próprio remédio
Agora o Paysandu vai sentir o que seus adversários – menos o Boca Juniors, claro – costumam sentir no Mangueirão. Todos os ingressos para Fortaleza x Paysandu, no estádio Presidente Vargas (menor que o Castelão, mais caldeirão) já foram vendidos, o Fortaleza tem Alysson de volta e vai com tudo. Tem problemas no ataque, que não terá Calmon por causa de....conjuntivite! Esses boleiros estão ficando cada vez mais boiolas.
No Paysandu, o presidente do clube já garantiu a presença de Robson (que vinha sendo assediado pelo Palmeiras) até o fim do ano. Só que o atacante não garantiu ainda a presença contra o Fortaleza, já que vem sentindo a coxa.
E vamos mais uma vez, na 13a rodada, esperar por Clodoaldo. Será que é agora? Eu acho que é. Dá Fortaleza, apesar de eu achar o Paysandu superior tecnicamente.
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Eu não queria ser Goiás
Último colocado no Campeonato Brasileiro, com lista de dispensas enorme (Caíco, Alexandre e Hernani, entre estas), já desde agora lutando contra o rebaixamento, e o Goiás vem ao Rio encarar o Fluminense.


Romário, mostrando a disposição de sempre para os treinos, é a garantia de sacode do tricolor contra o Goiás neste sábado

É muito azar de Cuca ter que pegar o Fluminense logo na estréia de Romário. Pelo menos 35 mil tricolores devem ir ao Maracanã, depois que o Baixinho foi bem no coletivo de quinta-feira.
Acho que o Goiás vai continuar no fundo do poço. E que Sorato deve roubar um pouco a festa para Romário.
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Provável atraso
Vou para Arraial do Cabo (abaixo) com minha senhora, descansar das turbulências cardíacas e da decepção sofridas nesta quarta-feira.

Arraial do Cabo: por esta foto dá para ver se tem alguma televisão com Pay Per View para eu ver Guarani x Ponte Preta?

Espero poder atualizar o Nove Meses na segunda-feira à noite, se isso não for possível no domingo à noite. Até lá, então e bons clássicos para todo mundo, apesar de eu saber que é impossível ser bom para todo mundo.




posted by Unknown at sexta-feira, junho 13, 2003


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Um sacana incorrigível em uma ótima entrevista
Difícil perdoar Vampeta, não pelo que ele falou sobre a estrutura do Flamengo ("é uma bagunça"), e sim por ele ter dito que "fingia que jogava", admitindo um corpo mole quando na história do futebol brasileiro há centenas de exemplos de jogadores que mesmo com fome (vide Botafogo campeão da Conmebol em 1993) não deixavam de dar sangue na hora H.


Vampeta revela na Playboy: "Eu estava bêbado na rampa". Uau, que novidade...

O que Vampeta disse leva a um péssimo exemplo. Afinal, se está insatisfeito, se não pagam, é mais justo inventar outra forma de reclamar do que a simples e desleal (no caso do futebol) operação-tartaruga.
Agora, nada disso pode me impedir de rir das histórias de Vampeta, como a publicada na Playboy de junho, abrindo a entrevista do jogador. O cara realmente é muito escroto para colocar pilha nos outros.
Noite em São Paulo, alguns dias antes de começar a decisão do Campeonato Paulista de 2003, vencido no fim das contas pelo Corinthians. Vampeta está dirigindo seu BMW, com "alguns vinhos na cabeça" depois de sair da roda de dominó que mantém com os amigos.
De repente, ele passa em frente a uma sorveteria dessas de grife, de classe média alta, e vê na porta ninguém menos que Kaká e Júlio Baptista. Sacana como poucos, abre o vidro do carro, mete o carão para fora da janela e berra, sensacional:
- TOMANDO SORVETINHO, É? É ASSIM QUE VOCÊS QUEREM GANHAR DA GENTE? VÃO LEVAR UM FERRO NO DOMINGO!
A reação de Kaká e Júlio Baptista, putos da vida, com sorvetinhos na mão, foi simultânea: "Vai tomar no cu, Vampeta", berrado na noite de São Paulo.
Minha namorada ainda fez a observação: "É engraçado imaginar logo o Kaká mandando alguém tomar dentro"".
Bom, no final das contas, deu para ver que com sorvetinho não se ganha jogo...


posted by Unknown at sexta-feira, junho 13, 2003


wquinta-feira, junho 12, 2003


A tristeza que há na alegria de ser quinto
Em entrevista que fiz para o jornal no qual trabalho, Carlos Alberto Torres – o ouvidor da CBF – me disse que um dos temas mais abordados pelos torcedores que lhe mandam mensagens é quanto ao critério para a Libertadores – todos querem saber o que acontece se, por exemplo, o Santos for campeão da Libertadores e o campeão da Copa do Brasil (agora sabemos que é o Cruzeiro) for um dos três primeiros colocados do Campeonato Brasileiro.


Não há humor que resista a Jean, André Gomes, Edílson, Fernando, Athirson, Luciano Baiano, Igor e Nelsinho Baptista

Depois da tenebrosa comédia de erros do Flamengo ontem, é bom a CBF se apressar, porque o Cruzeiro campeão da Copa do Brasil vai ser um dos três primeiros colocados (senão o campeão). E o Santos vai ser campeão da Libertadores. Logo, será possível a um time se classificar para a Libertadores posicionando-se em quinto lugar, se a CBF definir logo o critério.
E isto é o máximo que esse time do Flamengo pode almejar no Campeonato Brasileiro de pontos corridos. A menos que seu técnico, Nelsinho Baptista, pare, reflita e reconheça que só tem errado nos últimos dois meses.
Ontem, Nelsinho já começou errando na escalação: se era para mudar do 3-5-2 para o 4-4-2, que se colocasse pelo menos o Fabiano Eller. Que fosse. Mas não. Preferiu a inacreditável escalação de André Gomes no meio-campo.
Ora, qualquer idiota preferiria deixar Valdson ali como volante, deixando Fabinho cobrindo Athirson, do que escalar André Gomes.
Técnico que escala André Gomes não quer ser campeão. E não merece.
Ao ver que o Cruzeiro abria três gols de diferença antes dos 30 minutos, obviamente tirou André Gomes – péssimo na marcação e obviamente ridículo na tentativa bisonha de armação – e colocou Igor. Outro erro. Em uma final, é necessário contar com passadas. E volto a repetir: Igor não é um jogador ruim, mas não tem passada. Corre muito, mas precisa dar três passos para igualar um do Alexotan, por exemplo.
A ‘tabelinha’ entre Fernando e André Bahia no lance do terceiro gol, na qual Fernando toca para a linha de fundo tentando achar o companheiro de zaga e cede incrível escanteio, mostrou como estava armado o Flamengo: jogando em função de seu craque. Só que o craque era o goleiro Júlio César (royalties aqui para Francinei Lucena), que evitou um desastre ainda maior no segundo tempo, com pelo menos três defesas espetaculares.
No segundo tempo, Nelsinho resolveu entregar logo mais esta decisão a Vanderlei Luxemburgo (já está 4 a 1 para o técnico cruzeirense, na história dos confrontos entre os dois) e sacou Fábio Baiano, colocando em campo o horroroso Jean, naquela que considero a pior substituição de todos os tempos no futebol, superando até mesmo Antônio Lopes, do Vasco, que já tirou Romário e Geovani para pôr dois brucutus em campo, lá pelos idos de 1987 ou 88. Tanto faz.
Desmontou completamente o time no meio-campo. Fábio Baiano, realmente, jogava um futebol que o deixaria de fora das peladas de garçons do Aterro do Flamengo (seria barrado fácil pelo Lacerda, do Bar Hipódromo). Um lixo. Mas era melhor que o meio-campo tivesse alguém para se juntar a Felipe e a Igor do que ter alguém como Jean – o único atacante do mundo que não sabe chutar – em campo. Resultado: nas três vezes em que tocou na bola, Jean proporcionou contra-ataques quase mortais ao Cruzeiro. Não conseguia dominar a bola, não conseguia passar, não conseguia correr.
Não se pode dizer que o Flamengo foi uma nulidade total o jogo inteiro. Durante uns 20 minutos, até rendeu alguma coisa, fez um gol, despertou a torcida. Mas um jogo de futebol dura 90 minutos, é necessário encontrar um modo de fazer os jogadores se ocuparem decentemente durante esse prazo, e não deixar as coisas chegarem a um ponto de eles se estapearem em campo, como Luciano Baiano e Fabinho.
Que o Flamengo queira jogar atacando somente 20 minutos por jogo, tudo bem. Mas Fernando tem que subir de produção e não pode fazer três faltas bisonhas seguidas que terminem em três gols, como ontem. Athirson (que provavelmente se despediu ontem, da mesma forma que Sávio, cujo último jogo pelo Flamengo foi a decepção dos 4 a 1 para o rival Vasco em 1997) teria que ser liberado para atacar e ter uma cobertura – não podem deixar Athirson fazer o que não sabe, que é marcar. Senão ele fica assistindo o Aristizábal cabecear.
E o treinador tem que pedir jogadores. Reforços para as laterais, mais três atacantes, e quem sabe mais um meio-campo (talvez Beto volte, se acertarem a dívida dele mesmo com o Sapporo, do Japão). Esse mesmo treinador tem que substituir melhor, definir um modo do time jogar.
Se é para atacar 20 minutos por jogo, tudo bem. Mas que nos outros 70 o time pelo menos saiba se defender, para poder disputar de forma honrosa o quinto lugar do Campeonato Brasileiro e obviamente fugir do rebaixamento (mais uma vez).
Afinal, foi graças aos 70 minutos ridículos do Flamengo que o Cruzeiro mal pôde mostrar por que mereceu sua conquista e por que é hoje o terceiro melhor clube do Brasil, atrás de Santos (time que tem Renato, Elano, Diego e Robinho) e Corinthians (time que tem Gil, Kléber, Liédson).



posted by Unknown at quinta-feira, junho 12, 2003